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11 Outubro 2025

Texto de autoria de Massimo Cacciari, publicado em La Passione secondo Maria. Cacciari, Massimo. La Passione secondo Maria (Voci) (Italian Edition) (p. 9). Società editrice il Mulino, Spa. Edição do Kindle. A tradução é de Ricardo Evandro S. Martins.

Eis o artigo.

Anúncio do Anjo: “Maria, o Pai está cansado de tanta solidão – e ainda mais de filhos de cabeça dura. Ele deseja gerar um Filho todo seu, de se transpassar nele. Mas para isto precisava de ti, Maria. Precisava que tu também o queira. Seja Sua herdeira junto ao Menino que tu darás a Ele. Dê esta bela morte, Maria”.

Maria consente, assim como seu Filho consentirá, com a mesma liberdade, no Jardim do Getsêmani. Um duplo e inseparável Sim.
Em toda parte, na sua época, havia imagens devotas da Mater Matuta [Mãe matuta]. Maria nunca se refletiu nelas. Ela não é a Mãe submetida ao ciclo perene de renascimentos como a Grande Mãe, mas a criadora de uma nova Era, a encarnação de um novo destino. O poder de sua imagem se eleva além "das mil virgens e mães do sincretismo, de Ísis, Tanit, Cibele e Deméter (...) Ao dar à luz o Redentor, é precisamente ela quem redimiu o mundo".

Maravilha-thauma [espanto maravilhoso]: o Pai depositou nas mãos desta pobre Puer [pobre Criança]. Tudo nas mãos daquele que se entrega, que bebe o cálice da sua vontade de se entregar, que recusa todo o poder. De kenosis a kenosis.E nesta sequência kenótica está, ao centro, Maria.

Maria cai aos pés da Cruz; somente esta queda eleva.

O Pai o escolheu herdeiro – mas como herdar se não se tornou, primeiro, órfão? Assim nos aparecem em tantas imagens, perfeitamente sós, Mãe e Filho. Abandonados. “Por que nos abandonaste, Senhor?” Todavia, nos ícones em que eles aparecem, a pergunta não se trata de um grito. O mais doloroso dos silêncios o diz. Assim, na Madonna [Nossa Senhora] com o Menino, a Madonna grega de Bellini, com o Menino quem quase não contém suas lágrimas, ou na extraordinária Lamentação, em que a Mãe, desgastada pelos anos e pelas dores, abraça o Filho, bochecha com bochecha, na mesma pose dos mais doces ícones.

Trindade é a relação entre os Dois [Mãe e Filho] e dentre ambos com o Espírito que a eles dá força para invocar o Ausente [Deus]. Porque vem em Seu nome, ninguém os escuta. Trazer o Céu para dentro dos muros da mais humilde igreja, esta é aspiração da arquitetura bizantina. Assim, o Beato Angelico introduz a figura de Maria na cela de São Marcos. Aurora consurgens [Aurora que se ergue] da perfeita humilitas [humildade].

A Encarnação é a realização do Amor divino (Baader). O Filho não é concebível se não em um com a Mulher. Por isto, ele é sempre o noivo dela. A Mulher o considera. A voz que os une é o Cântico dos Cânticos, em cada imagem deles, em cada momento da sua vida, até à própria Cruz e à deposição. Ouvimos o grande Coro das Mulheres na Deposição de Santa Felicidade, acompanhadas apenas por João, com Nicodemos, o velho, relegado a um canto escondido, ou, ainda, de Pontormo, a Visitação de Carmignano: o ventre das Mulheres, qualquer que seja a sua idade, é o único lugar onde se guarda o mistério. O seu ventre o matura [amadurece] em si, consciente, até o revelar.

A ligação entre Maria e o Filho é a Videira, a imagem da Árvore da Vida.

Maria não promete salvar, mas acolhe sob o seu manto quem é peregrino in hoc saeculo [neste tempo mundano], para que lhe seja dado mais tempo para ouvir a voz que o chama. Ela guarda o tempo que resta e não se questiona sobre quanto tempo isso será. Ela é uma figura de paciência. Enquanto isso, ela dá abrigo; é um porto para o “navio dos loucos” . Não retém, não obriga a ficar. Consola? Talvez também, mas não é essa a sua característica essencial. O olhar da Nossa Senhora da Misericórdia é severo. Ela conhece bem a natureza daqueles que protege sob a sua tenda, sabe que a oração que agora lhe dirigem dura apenas um suspiro. Iria protegê-los mesmo que não houvesse esperança de que fossem salvos.

Ela intercede por todos? Ela quer salvar todos? E isso não é possível? São Bernardo aposta que sim, ela tem esse poder. Que o seu amor tenha valido tanto no caso de Dante, antecipando o mesmo “pedido” (Paraíso, XXXIII, 18), significa que ela sempre pode fazer o que quer, ou apenas que ela sempre gostaria de salvar todos os miseráveis? A ideia de predestinação é, de qualquer forma, radictus [radicalmente] posta em dúvida, se não negada, por todas as imagens de Maria.

Mas não como a de Michelangelo no Giudizo [Juízo Final]. É claro que o Cristo juiz, em seu corpo glorioso e com seu gesto, também acolhe – mas, ao mesmo tempo, rejeita, separa. É um verdadeiro Juiz: ele de-cide. A Mãe, aos seus pés mais do que ao seu lado, está recolhida numa pose de silenciosa contenção. Até o seu simples papel de intercessão parece se empalidecer. Impossível, porém, imaginá-la com a mão direita estendida para cima, impondo o fatal “deixai toda a esperança”.

Porta Caeli [Porta do Céu] – fechada também para ela, então, mesmo para a sua oração? Nem mesmo Maria sabe se a ela será aberta? Ou será que a sua eloquência silenciosa quer nos dizer que a Porta está sempre aberta, e que ela apenas ignora se seremos pacientes o suficiente para esperar o tempo necessário – cuja medida ninguém conhece, pois não existe medida – para atravessar o seu limiar [soglia]?

Nenhuma palavra do Evangelho conseguiu descrever a Assunção em seu aspecto mais dramático. Os apócrifos falaram do Transitus [trânsito da ascensão], com os apóstolos reunidos à sua volta numa nuvem, vindos de todos os lugares onde pregavam. Os anjos entoam o Cântico dos Cânticos e os apóstolos caem diante da claritas [brilho] do corpo de Maria assumido ao Paraíso, como quando Cristo se transfigurou no Monte Tabor.

O Amor a leva para lá, como ela o acolheu aqui embaixo. Mas o que acontece na terra? Uma agitação tremenda toma conta dos que ficam. Se fosse abandono? Será que o grito da nona hora se repetirá para nós? Quem pode excluir essa possibilidade? Ela se eleva, certamente, diante dos nossos olhos. Agitamos os braços em direção a ela, seguimos com o olhar o seu voo, mas não podemos detê-la. Ela vai ad sidera [para o alto, às estrelas], e a nós resta apenas de-siderá-la. Somos obrigados a de-sistir de con-siderá-la, de poder vê-la aqui entre nós, presente. O desejo e o arrependimento abalam as figuras daqueles que terão de viver o tempo que resta, como se o momento supremo da Assunção lançasse uma sombra de dúvida e de angústia sobre a imagem daquela Misericordiosa que nos guardava sob o seu manto. O Ticiano da Assunção dos Frari viu este drama – e, no entanto, é precisamente ele que nos remete mais uma vez para todos os rostos de Maria: meditativa, in dubio [em dúvida], lacrimosa e, no entanto, sempre hilaris [alegre], como não pode deixar de ser o céu do amor perfeitamente gratuito.

Silenciosa eloquência de Maria. Os sumos não falam. Nem Francisco nem Domenico falam em Dante. E Maria também não fala. A eloquência da escuta. Por que não falam? Porque sabem que o lógos não é a Arché; Princípio do lógos não é o lógos, mas algo maior (Aristóteles, Ética a Eudemos). A eloquência silenciosa é também a do “corte” da vestimenta sobre a qual repousa, indicando-o e protegendo-o, ao mesmo tempo, a sua mão direita. Talvez fosse precisamente isso que a atenção profana de um artista contemporâneo quis recordar?

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