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"Os EUA participam da guerra em Gaza. O plano de Trump é um projeto neocolonial". Entrevista com Rashid Khalidi

Foto: Anadolu Ajansi

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08 Outubro 2025

Rashid Khalidi é professor emérito de Estudos Árabes Modernos na Universidade de Columbia. Ele dedicou grande parte de sua carreira ao estudo das dinâmicas do colonialismo, da política dos EUA na região e da situação do povo palestino. Lecionou na Universidade Libanesa, na American University de Beirute e na Universidade de Chicago. É presidente do Conselho de Administração do Instituto de Estudos Palestinos EUA. Escreveu ou coeditou dez livros, entre os quais Identidade Palestina e Palestina: Cem Anos de Colonialismo, Guerra e Resistência. Após décadas lecionando na Universidade de Columbia, ele se demitiu em agosto em protesto contra o acordo entre a universidade e o governo Trump e a adoção da definição de antissemitismo da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), que equipara a crítica a Israel ao antissemitismo — o que Khalidi chama de renúncia à liberdade acadêmica e cumplicidade no genocídio.

A entrevista é de Francesca Mannocchi, publicada por La Stampa, 07-10-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis a entrevista.

Eu gostaria de começar por suas impressões sobre o plano de paz de 20 pontos proposto por Trump, que está sendo discutido no Egito.

Ainda não é um plano; é um alvo em movimento. A versão original apresentada aos mediadores e ao Hamas foi modificada e revisada por Ron Dermer, o mediador de Benjamin Netanyahu. Como sempre com tudo o que vem dos Estados Unidos: há uma negociação superior entre Israel e os Estados Unidos sobre qualquer coisa que os Estados Unidos proponham na área. Os mediadores agora, enquanto falamos, estão tentando modificá-la mais uma vez. Portanto, minha impressão geral é que, independentemente de conseguir ou não pôr um fim a essa guerra, algumas das coisas que tenta impor são completamente inaceitáveis. É essencialmente um projeto neocolonial, que separaria a Faixa de Gaza do restante dos territórios ocupados. E estabeleceria um controle externo sobre os palestinos, deixando-os com pouquíssima voz em relação ao autogoverno. Portanto, tem muitos, muitos defeitos, e não vejo como poderiam ser aceitáveis em quaisquer circunstâncias para a maioria dos palestinos.

Considera que o plano, a primeira versão do plano, como o conhecemos, representa uma mudança na política dos EUA na Palestina?

Acho que, se houve uma mudança, é que Trump e seus assessores entenderam que essa guerra é prejudicial aos Estados Unidos, prejudicial a Israel e à posição de Israel no mundo. Ou seja, que não há nada a ganhar, nada que o presidente Trump possa obter dessa guerra. É uma mudança porque parece que Trump esteja tentando forçar Israel a aceitar algumas coisas que Netanyahu tem evitado sistematicamente ao longo do último ano e meio, quando a guerra poderia facilmente ter terminado, mais ou menos nas mesmas condições de que estamos falando hoje. Mas é um plano que representa principalmente os desejos israelenses e ignora os palestinos. Nesse sentido, está absolutamente em linha com as propostas estadunidenses anteriores, que datam de muitos, muitos anos antes de Trump se tornar presidente.

O plano exclui formalmente o Hamas do futuro governo de Gaza. Acredita ser realista excluir completamente o Hamas da política palestina?

Eu faria uma distinção entre o Hamas que governa Gaza, o que já fez no passado e concordou em abandonar, e a exclusão do Hamas da política palestina. Acho que o primeiro ponto é algo que o Hamas entendeu e aceitou há muitos meses. Aceitou tal condição, ou seja, que haja uma administração palestina tecnocrática ou neutra. Mas excluir o Hamas da política palestina é impossível. É um movimento com extensões em toda a diáspora palestina em todas as partes da Palestina, e é impossível excluí-lo da política palestina.

Na sua opinião, a proposta de um governo de transição, como proposto no plano de paz de Trump, é coerente com o princípio de autodeterminação dos palestinos?

De forma alguma. Toda a proposta, tudo o que Trump disse sobre a Palestina, e tudo o que a maior parte dos governos estadunidenses sempre disseram sobre a Palestina, cheira a algum tipo de imposição neocolonial sobre os palestinos em colaboração com Israel. E essa tem sido a posição estadunidense desde a época de Woodrow Wilson até Richard Nixon e todos os outros presidentes estadunidenses. Esse é um tipo particularmente desagradável de neocolonialismo porque coloca um conselho de estrangeiros no comando da Palestina, mais ou menos como fez o Mandato Britânico.

A Liga das Nações colocou os britânicos no comando da Palestina desde a Primeira Guerra Mundial até 1947. Novamente, há a ideia de que os palestinos não podem se autogovernar, a ideia de que não estão autorizados a se autogovernar, a ideia de que não podem ser representados: todas as negociações até hoje ocorreram entre estadunidenses e israelenses, e os planos propostos são planos estadunidense-israelenses. Ou seja, não refletem uma perspectiva palestina. O plano menciona a ‘aspiração’ palestina à autodeterminação. Mas este é um direito nacional. Ninguém diria que o povo israelense tem ‘uma aspiração’ à autodeterminação. Em outras palavras, o que todos os outros têm como direito, não é concedido aos palestinos.

O senhor falou de uma "cumplicidade estrutural" dos Estados Unidos na guerra contra Gaza. Como essa cumplicidade se manifesta? Acredita que se possa falar de corresponsabilidade moral? E como tudo isso se encaixa na longa história de apoio estadunidense a Israel?

Os Estados Unidos participam dessa guerra. Quando a história julgar esses crimes de guerra e esse genocídio, a participação estadunidense, mais que a cumplicidade, e o apoio estadunidense essencial, serão julgados da mesma forma que as pessoas que realmente ordenaram os bombardeios e as mortes dos civis. Os Estados Unidos violaram suas próprias leis, que estipulam que as armas vendidas pelos Estados Unidos só podem ser usadas para a autodefesa. Não há nenhum elemento de autodefesa no massacre de 65.000 ou 70.000 palestinos; quase 83%, segundo as estatísticas israelenses, são civis. A responsabilidade estadunidense é muito clara. Os Estados Unidos não se limitam a fornecer armas e proteção diplomática para o que Israel faz; eles compartilham seus objetivos e aprovam seus métodos. As críticas superficiais e as falsas preocupações pelas questões humanitárias e as vítimas civis foram pura hipocrisia. Os Estados Unidos consentiram ao massacre de civis para obter mudanças, entre as quais a eliminação do Hamas e do Hezbollah do mapa político. São objetivos compartilhados, realizados em coordenação.

Em seu editorial no jornal The Guardian, explicando por que deixou a Universidade de Columbia, o senhor argumenta que esta universidade "quase não merece o nome de universidade" porque disciplinas-chave, particularmente os estudos sobre o Oriente Médio, estão agora sujeitas ao escrutínio de um "vice-reitor sênior para pedagogia inclusiva". Vê alguma conexão entre a integridade universitária nos Estados Unidos e a responsabilidade moral que mencionou anteriormente?

Veja bem, uma das coisas mais surpreendentes nos Estados Unidos foi a mudança na opinião pública. A maioria dos estadunidenses agora apoia mais os palestinos do que Israel. É um fenômeno sem precedentes. A maioria dos estadunidenses se opõe a essa guerra; 60% das pessoas na comunidade judaica acreditam que Israel está cometendo crimes de guerra em Gaza. Essa mudança já aconteceu. Ao mesmo tempo, porém, o governo, as universidades e as instituições estão reprimindo aqueles que protestam contra esse genocídio, aqueles que protestam contra esses crimes de guerra. E é isso que vimos nas universidades estadunidenses, onde as elites — as elites ricas que controlam essas universidades, os políticos que controlam as universidades estatais — se colocaram contra a opinião pública, mas a curto prazo, a política não será mais influenciada por isso: qualquer governo permanecerá fiel aos objetivos de Israel. Mas o abismo entre as elites e os cidadãos comuns aumentará, porque os verdadeiros poderes (doadores, grandes empresas, mídias e universidades) continuam a ditar as regras aos políticos.

O que torna uma democracia uma democracia?

Todas as democracias têm defeitos. A democracia estadunidense aceitou a escravidão de 1776 até a Guerra Civil na década de 1860. Mesmo depois, a instituição da lei Jim Crow privou os afro-americanos de qualquer direito até o Civil Rights Act da década de 1960. Era uma democracia imperfeita, como a maioria das democracias. A democracia romana tinha escravos. A democracia ateniense tinha escravos. Portanto, toda democracia tem distintos defeitos.

Israel é descrito como a única democracia no Oriente Médio. Na realidade, há décadas, Israel governa uma população inteira de 5 milhões de pessoas sem nenhum direito. Que tipo de democracia é essa? É uma democracia que funciona perfeitamente para os cidadãos judeus israelenses. Não para os cidadãos árabes israelenses. De forma alguma para os 5 milhões de pessoas sob o jugo da ocupação militar há três gerações. Nesse caso, estamos falando de um estado que controla militarmente metade da população, que não tem direitos, mas, ao mesmo tempo, esse estado se define como uma democracia. Que tipo de democracia é quando metade de seus cidadãos não tem absolutamente nenhum direito?

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