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Não há médicos para animais como você. Artigo de Paco Cano

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07 Outubro 2025

Israel não apenas assassina palestinos; ele, junto com os EUA, institui uma ordem mundial onde os palestinos, ou qualquer um que defenda uma vida na qual eles não sejam submetidos, deixa de ser considerado humano.

O artigo é de Paco Cano, fotojornalista espanhol, publicado por Ctxt, 06-10-2025.

Eis o artigo.

"Eles nos espancaram, nos arrastaram pelo chão, nos vendaram, amarraram nossas mãos e pés, nos colocaram em gaiolas, nos insultaram." Este não é um fragmento de um romance distópico ou um testemunho dos campos de concentração de oitenta anos atrás. É o relato dos membros da flotilha humanitária sequestrados por Israel há poucos dias. Pessoas carregando farinha eram tratadas como se estivessem transportando bombas. Não lhes era permitido chegar a Gaza, é claro. É proibido entrar lá com qualquer coisa que possa sustentar a vida.

Em 1948, o mundo assinou a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Nesse mesmo ano, nasceu o Estado de Israel. Dois nascimentos simultâneos: um afirmou que todo ser humano tem direitos simplesmente por ser humano; o outro passou mais de sete décadas nos lembrando que algumas vidas não têm o mesmo valor. Que nem todos os seres humanos são, de fato, humanos. Entre essas datas gêmeas, encontra-se o paradoxo mais obsceno do nosso tempo: a coexistência entre a utopia moral da humanidade e sua negação prática.

Vale a pena esclarecer. A desumanização consiste em representar um grupo como um animal, um inseto ou uma ameaça. O anti-humanismo, por outro lado, vai além; é a abolição do próprio princípio da humanidade como valor universal. Não se trata mais de dizer "os palestinos não são humanos", mas de decretar que toda a humanidade é dispensável se se opuser ao poder. O filósofo camaronês Achille Mbembe chamou isso de necropolítica: o poder de decidir quem vive, quem morre e quem pode ser deixado para morrer. Gaza é hoje um laboratório que testa o mundo inteiro.

Em Gaza, testemunhamos essa transição da desumanização para o anti-humanismo. O objetivo não é apenas destruir um inimigo, mas apagar a ideia de que toda vida merece respeito. Israel não apenas assassina palestinos; institui, juntamente com os Estados Unidos, uma ordem mundial em que palestinos, ou qualquer pessoa que defenda uma vida na qual não sejam subjugados, deixam de ser considerados humanos. E o mais perturbador é que grande parte do mundo olha para o outro lado ou aplaude de fora. O mesmo mundo que se indigna com um cachorro abandonado no TikTok testemunha o extermínio de um povo inteiro, vive com a serenidade de quem assiste a outro programa de TV.

A União Europeia, outrora tão adepta dos direitos humanos, assina declarações às segundas-feiras e contratos de armas às terças-feiras. Os Estados Unidos, cúmplices e principais beneficiários do genocídio, propõem planos de paz enganosos enquanto financiam drones. Durante décadas, o Ocidente aperfeiçoou a técnica de fechar os olhos com lágrimas diplomáticas. Jean-Paul Sartre chamou de má-fé a atitude de alguém que age como se não tivesse escolha, como se sua liberdade não existisse; Eichmann é um exemplo. A má-fé tornou-se doutrina de Estado, e o Ocidente, seu cúmplice complacente.

Aqueles que já retornaram da flotilha contam como, quando pediram insulina e atendimento médico para um companheiro diabético que não tomava injeção há três dias, os sequestradores israelenses responderam: "Não há médicos para animais como você", e não podemos deixar de lembrar alguns artigos da Declaração Universal : "Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamentos ou castigos cruéis, desumanos ou degradantes." "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos." "Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado." Que coisas lindas somos capazes de escrever.

Não sei se ainda resta algum gesto humano eficaz diante da barbárie. Talvez tudo o que possamos fazer seja não nos acostumar com isso. Não aceitar que existam gaiolas para quem traz pão. Não olhar para o outro lado, não ficar em silêncio. Porque enquanto permanecermos em silêncio, enquanto aceitarmos que alguns corpos valem mais que outros, que algumas crianças merecem ser lamentadas e outras não, não é apenas a Palestina que está desaparecendo, mas a própria ideia de humanidade. Humanidade, esse clube exclusivo e essa coisa dispensável.

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