31 Julho 2025
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), o IBAMA e o ICMBio apresentaram na última 3ª feira (29/7) os resultados do primeiro ano de implementação da Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo (PNMIF). Entre os destaques estão os investimentos em equipamentos e o número de brigadistas, além da queda de 66% das áreas atingidas pelo fogo.
A reportagem é publicada por ClimaInfo, 31-07-2025.
Com base na Lei nº 14.944/2024, o MMA coordena ações dos três níveis de governo, do setor privado e da sociedade civil, para fortalecer as medidas de prevenção, preparação e controle de incêndios, reconhecendo o papel ecológico do fogo em determinados ecossistemas e valorizando os saberes tradicionais de manejo.
Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA/UFRJ) mostram que o conjunto de medidas tomadas associado a condições climáticas menos severas colaboraram para a queda de 66% nas áreas queimadas no país no 1º semestre de 2025. Já o INPE mostra uma queda de 47% no número de focos de calor registrados no mesmo período, segundo Correio Braziliense, EBC e BNC Amazonas.
Como ((o)) eco lembrou, a aprovação do decreto nº 12.189/2024 aumentou as punições por incêndios florestais no país e também reforçou o resultado positivo do primeiro ano da PNMIF.
Segundo o diretor de proteção ambiental do IBAMA, Jair Schmitt, entre 2023 e 2025 as ações aumentaram em 14% no número de brigadistas florestais, reforçaram a frota aérea e dobraram o número de veículos operacionais – sendo boa parte deles especializados em áreas de difícil acesso. Já o investimento em equipamentos individuais de proteção e motorizados somou R$76 milhões.
R$405 milhões do Fundo Amazônia foram destinados aos corpos de bombeiros dos nove estados da Amazônia Legal, sendo que desses R$370 milhões já foram contratados. Pela primeira vez, o Fundo Amazônia também apoiará ações em estados do Cerrado e Pantanal.
De acordo com a Agência Brasil e O Pantaneiro, ainda em 2025 serão instaladas duas vilas operacionais, uma no Pará e outra na região do Pantanal, para atuarem diretamente no monitoramento de incêndios. Ainda são planejadas cinco bases logísticas.
Apesar dos ganhos, a Revista Cenarium alerta que, dos estados da Amazônia Legal e do Pantanal, apenas Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão publicaram decretos de emergência pelo fogo. Enquanto os planos de prevenção e combate a incêndios foram finalizados para Cerrado e Pantanal e ainda estão em fase final de elaboração para a Amazônia. A estação de seca que favorece o fogo na região começa em agosto e permanece até dezembro.