Incêndio na TI Arariboia aumenta e se aproxima de região dos Awá-Guajá isolados; Ibama se reúne com os Guajajara

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22 Agosto 2016

O incêndio que há pouco mais de 30 dias consome a Terra Indígena Arariboia, na região central do Maranhão, não diminuiu: segue crescendo. Indígenas Tenetehar/Guajajara lutam contra o fogo, mas afirmam que precisam de mais brigadas e apoio do Ibama. A situação se torna ainda mais dramática porque desde quarta-feira, 17, o incêndio “está descendo rumo aos isolados” - os Awá-Guajá em situação de isolamento voluntário.

A reportagem foi publicada por Conselho Indigenista Missionário - Cimi, 18-08-2016.

“A cada dia o incêndio aumenta mais. São muitos animais mortos, árvores antigas destruídas e a mata se acabando em cinzas”, informa Silvio Guajajara. Na terça-feira, 16, o Ibama enviou duas viaturas da PrevFogo, um departamento do órgão ambiental estatal destinado ao combate a incêndios em terras indígenas e áreas de proteção socioambiental. “Ainda é muito pouco. Pra combater esse fogaréu aqui precisa de mais apoio”, explica o Guajajara.

Nesta quarta o Ibama esteve reunido com os Tenetehar/Guajajara na aldeia Zutiwa. Conforme as lideranças indígenas informaram o objetivo seria o de fazer um levantamento do que será preciso para combater o fogo e traçar um planejamento de ação das brigadas. O incêndio segue concentrado nas regiões das aldeias Angico Torto e Zutiwa, agora se espraiando para parte da área de perambulação dos Awá isolados. “Nos preocupa porque eles não tem como combater o fogo e só fazem fugir. Precisam de nossa ajuda porque é incêndio, madeireiro… tudo danando neles”, diz Silvio Guajajara.

Em outubro de 2015, conforme monitoramento do Greenpeace, o incêndio florestal já tinha consumido cerca de 190 mil (45%) dos 413 mil hectares que constituem a TI Arariboia. “Tá queimando nos mesmos lugares e em lugares novos. Se ano passado perdemos praticamente a metade da terra pro fogo, esse ano vamos perder ainda mais se nada for feito pelo Ibama”, afirma o indígena. Uma campanha nas redes sociais organizada pelos Guajajara tenta alertar a sociedade para o que está acontecendo.

Ao menos duas outras terras indígenas estão com focos de incêndio em outros pontos do país: a Terra Indígena Rio Formoso, do povo Chiquitano, em Tangará da Serra (MT), onde brigadistas indígenas lutam contra as chamas ao lado do Corpo de Bombeiros, e na Terra Indígena Xerente, município de Tocantinia (TO). O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) registrou mais de 53 mil focos de queimadas e incêndios florestais no país até o último dia 5.

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