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Em Gaza, os jornalistas são alvos: centenas de mortos para não testemunhar. Artigo de Rula Jebreal

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30 Julho 2025

"Se nossa profissão ainda tem algum sentido, nós, jornalistas, temos o dever de honrar o sacrifício dos colegas palestinos, romper o apagão midiático e colaborar com eles, engajando-os no debate público antes que seja tarde demais".

O artigo é de Rula Jebreal, jornalista, publicado por La Stampa, 28-07-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Defender a liberdade de expressão, documentar e contar as verdades incômodas significa reconhecer o valor e a dignidade de cada vida humana.

Em 22 meses de genocídio em Gaza, Israel matou centenas de jornalistas palestinos. Mais jornalistas foram mortos em Gaza do que em todas as principais guerras do século XX e dos primeiros anos de 2000 juntos. Esses guardiões e guardiãs da verdade foram e são as testemunhas incômodas do extermínio em curso em Gaza. São trabalhadores da informação que documentaram de modo sistemático os massacres e os atos terroristas israelenses. Eles contaram as histórias das vítimas inocentes e mostraram ao mundo as verdades que Israel acreditava poder enterrar sob centenas de toneladas de mísseis e bombas, no que as Nações Unidas chamou de um cemitério a céu aberto. É isso que Gaza se tornou hoje, após ter sido por anos uma prisão a céu aberto.

Os mortos entre os jornalistas palestinos não são "danos colaterais". São alvos, vítimas de ações direcionadas e, em alguns casos, anunciadas, contra eles bem como contra as suas famílias. Nos últimos dias, Israel tomou como alvo o cinegrafista Adam Abu Harbid, bombardeando sua tenda. Além dele, matou sua esposa e sua filha de três anos. Mas, pela primeira vez na história, nossos colegas palestinos não estão mais apenas arriscando suas vidas sob as bombas israelenses; eles também estão morrendo de fome. A fome planejada e deliberada como técnica de genocídio, com o bloqueio total das ajudas humanitárias, do alimento, da água e até mesmo do leite em pó, faz parte de uma estratégia de militarização cuidadosamente planejada pelo governo israelense. Os ministros israelenses se gabam dessas suas invenções. Amihai Eliyahu, ministro do Patrimônio de Jerusalém, disse que o exército precisa encontrar as maneiras mais dolorosas de matar os civis de Gaza. "Matá-los não é suficiente". Ele acrescentou: "O governo está se mobilizando para garantir que Gaza seja cancelada; estamos cancelando esse mal; toda Gaza se tornará judaica". O general Eiland Giora, num artigo publicado por um jornal israelense em dezembro de 2023, defendeu o uso da fome, das infecções e das doenças como armas para reduzir a população.

Há um motivo para Israel proibir a entrada de jornalistas internacionais em Gaza: não quer testemunhas que possam permanecer vivas. O plano é que os jornalistas palestinos morram, como o resto da população. Todos, um de cada vez, por bombas direcionadas, ou desaparecendo em grupos, por causa da fome e da sede. São testemunhas que prevê sejam eliminadas, de uma forma ou de outra, com um pouco de paciência — uma questão de meses, no máximo. O mesmo vale para os profissionais de saúde, médicos,

cozinheiros e professores. Toda a sociedade civil de Gaza está prestes a ser dizimada pela carestia. O processo já está em sua fase mais letal, tendo passado o ponto crítico, o ponto após o qual mesmo a reintrodução dos alimentos não é mais suficiente para impedir a falha do sistema imunológico, porque o organismo não é mais capaz de absorver nutrientes. As imagens que vemos agora, as imagens devastadoras de crianças catatônicas, com barrigas inchadas e membros esqueléticos, as vemos graças aos jornalistas palestinos. À medida que eles gradualmente desaparecerem, não receberemos mais notícias de Gaza.

Israel não quer que vejamos nada de Gaza. É seguro presumir que, na visão de Netanyahu, os jornalistas internacionais retornarão a Gaza somente quando puderem reportar os grandes investimentos e as obras de construção em curso na Riviera de Gaza. Naquele ponto, como diligentes relações públicas, quando todos os coletes marcados “imprensa” encharcados de sangue dos colegas palestinos tiverem sido sepultados, os jornalistas ocidentais retornarão a Gaza. E se hospedarão em hotéis cinco estrelas, construídos sobre os escombros e as valas comuns das crianças palestinas. O sistema midiático tem cuidadosamente fabricado o consenso para esse genocídio, ao longo de todos os últimos meses. E com a cumplicidade de muitos.

Programas de televisão que, durante anos, nunca deram voz aos seus colegas palestinos. Nunca mostraram o seu ponto de vista. Nunca realmente trataram as mulheres, os homens e as crianças palestinas como sujeitos e como seres humanos, mas simplesmente como o "cenário de guerra" no qual Israel jogava as suas cartas: isto é, fazia o "trabalho sujo" em nome da civilização ocidental.

O genocídio começou com a mentira sobre os 40 bebês israelenses decapitados, com a mentira sobre o quartel general do Hamas sob o hospital Al-Shifa e, depois disso, sob todos os hospitais destruídos, com os massacres não definidos como massacres, mas como "erros técnicos", com os bombardeios das igrejas, com a execução de 14 socorristas, com as crianças mortas na fila para receber água e pão. As mentiras foram repetidas como papagaios pelos apologistas e estenógrafos de Israel, e a admissão da verdade sempre chegou com grande atraso, uma vez que o objetivo já havia sido alcançado: permitir as execuções em massa por Israel.

Pouquíssimos leram as palavras de colegas como Hossam Shabat, morto em março deste ano. Confiadas a uma carta de despedida, escrita com apenas 23 anos, porque sabia que um míssil estava apontado para seu colete. Naquela carta, fala de sua missão: documentar o que estava acontecendo em Gaza. Escreve que foi uma honra para ele dedicar cada minuto de sua vida, nos últimos dois anos, ao povo palestino. De ter dormido nas calçadas, de ter passado fome para contar ao mundo as atrocidades cometidas pelo exército israelense.

Antes de executá-lo, Israel o ameaçou. Faz o mesmo com todos.

Ameaçou o colega Mohammed Baalousha, que documentou, no início da campanha genocida, como os recém-nascidos haviam sido deixados para morrer nas incubadoras sem energia pelo exército israelense (e não pelo pessoal do hospital, como o exército havia inicialmente alegado). Está agora ameaçando o colega Anas Al Sharif, pelo crime de ter documentado o assassinato de civis famintos em filas por um punhado de farinha.

São mais de mil palestinos mortos entre maio e julho em frente a centros de distribuição de alimentos americano-israelenses. Anas mostrou ao mundo a imagem das crianças esqueléticas, de seus corpos reduzidos a pele e ossos. Essas imagens começaram a circular pelo mundo e desencadearam as ameaças do exército israelense. Quantos jornalistas italianos mencionaram seu nome? Quantos programas de televisão italianos falaram dele? Ignorar e excluir as vozes dos jornalistas palestinos do debate público contribui para apagar e desumanizar toda a população palestina, precisamente enquanto ela está sofrendo um extermínio.

Os líderes europeus sabem com certeza que o governo israelense continuará a usar a fome como arma de extermínio até que os Estados Unidos interrompam os subsídios militares e eles próprios suspendam o acordo de associação com Israel. Apesar disso, limitam-se a meras declarações circunstanciais, um faz de conta, para conter a raiva da opinião pública.

A missão das mídias, em meio a essa ignávia política, não é manter a equidistância. Pode haver equidistância entre permitir um genocídio e impedi-lo? A missão é dizer aos cidadãos todas as verdades, mesmo as mais inconvenientes desde que sejam verdade, para que a opinião pública possa formar sua própria consciência e agir para salvar vidas humanas, pressionando a política. Se as mídias fingem ser equidistantes, então estão encobrindo o genocídio.

Israel está tentando destruir as provas do maior crime deste século e eliminar todas as testemunhas, as verdadeiras guardiãs de uma enorme quantidade de informações e testemunhos. Eles foram os primeiros a visitar os locais do massacre, a reconstruir as identidades das vítimas dos ataques. Todos esses são testemunhos sobre os quais Israel quer impor um apagão midiático.

Se nossa profissão ainda tem algum sentido, nós, jornalistas, temos o dever de honrar o sacrifício dos colegas palestinos, romper o apagão midiático e colaborar com eles, engajando-os no debate público antes que seja tarde demais.

Leia mais

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