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A história de São João Batista e sua relação com a fogueira, a água, o rosto de criança e sua ação profética (Lc 1,57-66). Artigo de Jacir de Freitas Faria

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25 Junho 2025

"O nascimento de João Batista significa um novo tempo de fecundidade para a comunidade de Lucas e para nós hoje. Não há mais como ficarmos estéreis, surdos e mudos. Chegou o tempo do anúncio da palavra de misericórdia e de libertação de Deus".

O artigo é de frei Jacir de Freitas Faria. 

Jacir de Freitas Faria é doutor em Teologia Bíblica pela FAJE (BH). Mestre em Ciências Bíblicas (Exegese) pelo Pontifício Instituto Bíblico de Roma. Professor de Exegese Bíblica. Presidente da Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica (ABIB). Sacerdote Franciscano. Autor de treze livros e coautor de quinze. Publicou recentemente Bíblia Apócrifa: Segundo Testamento (Vozes, 2025). São 784 páginas com a tradução de 67 apócrifos do Novo Testamento sobre a infância de Jesus, Maria, José, Pilatos, apocalipses, cartas, atos etc. Canal no YouTube: Frei Jacir Bíblia e Apócrifos.

Eis o artigo.

No dia 24 de junho, a cada ano, a Igreja Católica celebra o nascimento de João Batista. Esse dia, o primeiro depois do solstício de verão, no hemisfério norte. Solstício é o momento auge de brilho do sol em uma parte do hemisfério, sendo o dia mais longo. Noutra parte, temos a noite mais longa, como é o nosso caso, em junho. Conhecendo esse fenômeno, eu entendo o porquê de meus pais, na minha infância, exigirem que as crianças se levantassem no raiar do dia de João para lavar o rosto numa bacia de água. Caso víssemos o rosto espelhado n'água, seria sinal de vida, caso contrário, de morte que se aproximava.

Por que São João é tão popular, sobretudo, no nordeste brasileiro? Qual é a origem da fogueira de São João? Por que São João Batista é apresentado como criança?

História de São João Batista

O nascimento de João Batista foi testemunhado pela tradição como um evento importante (Lc 1,5-25.57-80). Seu pai, Zacarias, estando a exercer suas funções sacerdotais no templo, recebe o anúncio de um anjo de que a sua mulher Isabel, idosa e estéril, conceberia e daria à luz um filho, a quem ele poria o nome de João. Deus promete alegria com o nascimento de João, pois o menino seria um consagrado – um nazireu, daí a proibição de dar-lhe vinho ou bebida embriagante -; estaria sempre cheio do Espírito Santo; converteria os filhos de Israel e teria o espírito e o poder de Elias, o profeta que subiu ao céu em um carro de fogo e que, segunda a tradição, voltaria antes da visita de Deus (Eclo 48,9-11). Zacarias, tendo duvidado de tudo isso, tornou-se, naquele instante, mudo e surdo. João nasceu em um lugarejo chamado Ain Karim, naquele tempo, distante oito quilômetros de Jerusalém, hoje, bairro desta cidade.

A natividade de João Batista só pode ser entendida no ciclo dos evangelhos da infância de Jesus. As histórias são parecidas: um anjo também aparece para Maria, que não era estéril, mas virgem. Assim como Zacarias, Maria duvida. Deus promete o seu Espírito. Bem como Zacarias, Maria teria a obrigação de colocar um nome em seu filho.

O Evangelho de Lucas 1,57-80 diz que, João, ao ser circuncidado, recebeu o nome predito e a missão de profeta e precursor. O evangelho inicia dizendo que chegara o tempo de Isabel dar à luz. Parentes e vizinhos se alegram ao ouviram dizer que Deus a havia cumulado de misericórdia. Para Deus nada é impossível (Lc 1, 36-37). Em tempos bíblicos, a esterilidade era considerada uma desonra e um castigo (Gn 30,23; 1Sm 1,5-8; 2Sm 6,23). Várias mulheres estéreis dão à luz para demonstrar que Deus “abriu a sua madre”, de modo que ela voltasse a ser fecunda, assim como a terra que faz germinar a semente. Isabel é uma dessas mulheres, tal como Sara, a esposa de Abraão (Gn 21,6), que riu ao receber o anúncio divino e gerou um filho, Isaac, que significa “aquele que ri’.

Oito dias após o seu nascimento, João teria de ser circuncidado. A comunidade de Lucas valoriza muito o rito da circuncisão de João. Em relação a Jesus, ele apenas diz que foi circuncidado e recebeu o nome de Jesus (Lc 1,21), pois o mais importante seria ressaltar o seu nascimento em Belém (Lc 2, 1-20). Já em relação a João, é relatada a dificuldade em decidir pelo nome do menino. Muitos queriam que ele recebesse o nome do pai, Zacarias – Deus se lembrou –, pois esse já era velho e não haveria motivo de confusão das pessoas. Nesse momento, sem saber, o anjo já havia revelado o nome do menino para seu marido, Isabel toma a palavra e diz que o seu filho se chamaria João, Yohanan, que significa: Deus (Y de Yavé) tem misericórdia (hanan). A bem da verdade, Deus teve misericórdia com o velho casal e lhe deu um dom, um presente, chamado João.

O nome significava a essência e a missão da pessoa. Ele até podia mudar. Abrão (pai elevado) torna-se Abraão (pai de muitos). Não por menos, ao nome de João foi acrescentado Batista, aquele que batiza. João batizou Jesus, que mais tarde também se chamaria Cristo, o ungido. João, mais tarde, seria testemunha da misericórdia de Deus, ao chamar o seu povo para a conversão, de modo que Deus pudesse agir com misericórdia. Misericórdia não teve, no entanto, o impiedoso Herodes Antipas que mandou decapitá-lo (Mc 6, 17-29).           

O episódio do nome termina com Zacarias dando a palavra final, escrevendo em uma tabuleta: “seu nome é João”. Logo em seguida, Zacarias voltou a falar e todos se maravilhavam com o ocorrido. Da boca de Zacarias veio o anúncio da ação de Deus em João, o protegido e símbolo da gratuidade de Deus para com seu povo, por meio de um canto de ação de graças chamado de “Benedictus” (v. 68-79). Como a jovem Maria que, inspirando-se no canto de Ana (1Sm 2,1-10), louva a Deus, o velho Zacarias rende louvores a Deus pelo nascimento de seu filho, e acrescenta: “E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo; pois irás à frente do Senhor, para preparar-lhe os caminhos, para transmitir ao seu povo o conhecimento da salvação, pela remissão de seus pecados” (vv. 76-77). O canto, parte final desse evangelho, termina dizendo que o menino, fazendo forte alusão a outro menino, Jesus, crescia e se fortalecia em espírito. Além disso, ele moraria no deserto até o dia em que se manifestou a Israel (v. 80).

Essa manifestação, como cumprimento da profecia, aconteceu por volta do ano 20 E.C., no chamado movimento batista, que ele mesmo começou no deserto da Judeia e à beira do rio Jordão. João anunciava o batismo e a conversão dos pecados para obter o perdão. O batismo na água colocava as pessoas em relação direta com Deus. Não eram mais necessárias as práticas rituais do templo de Jerusalém. Assim, os batistas se tornaram perigosos para a ordem judaica estabelecida a partir do templo. João conclamava o povo a ir ao deserto, o que, simbolicamente, retomava a figura de Moisés e o êxodo. E do deserto, de novo, o povo entraria na terra da promessa, perdoados e batizados, para destruir o império romano. Assim, o movimento de João Batista tornou-se perigoso também para o império romano. A destruição romana viria por mãos de Deus, Aquele que vem. Herodes Antipas, prevendo uma rebelião de João contra Roma, mandou prendê-lo na fortaleza Maquerontes e decapitá-lo, por volta do ano 30 E.C. João foi um crítico do poder e por isso foi assassinado, não necessariamente por questões morais, ao criticar o relacionamento amoroso de Herodes Antipas e Herodíades, a mulher de seu irmão Filipe (Mc 6, 17-29), mas porque ele foi um crítico das políticas de Herodes Antipas, que imaginou que ele poderia fazer insurreição no seu governo.

Tradições

A tradição de festejos para São João, muito popular na Europa, chegou ao Brasil no período colonial, com os portugueses. A festa era chamada de joanina, mas no Brasil, ela passou a ser junina. Ela foi adaptada aos costumes locais de danças para celebrar as colheitas e as comidas típicas de inverno, com destaque para o milho, de origem indígena. A quadrilha, de origem francesa, foi acrescentada os festejos, bem como o forró. A fogueira acessa é sinal de luz, que é Jesus, anunciada por João Batista.

A imagem mais conhecida de São João Batista é a de uma criança com um cordeiro e um cajado, em forma de cruz, com uma flamula com um escrito em latim “Eis o cordeiro de Deus”. O que motivou essa imagem foi o fato de João Batista ter nascido antes de Jesus para ser o anunciador definitivo da chegada do Messias, seu primo Jesus. A cruz representa a morte de Jesus e o seu martírio.

O rosto de criança somente para São João Batista chama a atenção, pois a Idade Média criou muitas imagens de santos com Jesus criança no colo, mas com rosto de adulto. Isso se deveu ao fato de a desvalorização das crianças ser norma naquela época. Pensava-se que as crianças não se salvariam, caso não comportasse como adulto. A esse movimento foi dado o nome de homúnculo, homem pequeno.  

A fogueira de São João tem relação com a tradição de que Isabel havia combinado com Maria, sua prima e que também grávida, que no dia do nascimento de João, ela acenderia uma fogueira para anunciar o nascimento do filho, de modo que Maria pudesse ser informada de tão grande acontecimento.

Nas tradições antigas, no hemisfério norte, a fogueira é acessa no dia do solstício com o objetivo de espantar os maus espíritos e os demônios, de modo que eles não pudessem interferir na fertilidade da terra e da mulher. Os foguetes servem para recordar o fato de Zacarias ter voltado a falar com o nascimento de seu filho. Há também os que dizem o foguete acorda São João que estava dormindo.

Conclusão

O nascimento de João Batista significa um novo tempo de fecundidade para a comunidade de Lucas e para nós, hoje. Não há mais como ficarmos estéreis, surdos e mudos. Chegou o tempo do anúncio da palavra de misericórdia e de libertação de Deus.

Ainda hoje, “os caminhos do Senhor devem ser abertos” por todos nós, quais outros Joões Batistas, que nascem para anunciar a vida nova. Para que isso se concretize, só nos resta a constante conversão, o rompimento com o erro, de modo que possamos renascer e aderir ao projeto de Jesus.

 João somos todos nós quando nascemos para o reino. Somente assim tem sentido celebrar a natividade de João, o nascimento de uma igreja voltada para a justiça social.

Leia mais

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