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17 Junho 2025

"A atenção a Agostinho aumentou muito nas últimas semanas, porque com muita frequência o novo Papa Leão, que é um padre agostiniano, cita frases de Agostinho. Neste caso, a autenticidade da fonte certamente não está em dúvida. E, no entanto, sendo Agostinho um autor prolífico e abundante, já aconteceu que nos textos oficiais dos discursos papais fosse relatada uma fonte diferente da autêntica, ou mais curta do que no original", escreve Andrea Grillo, teólogo italiano, em artigo publicado por Come Se Non, 16-06-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Há algum tempo, venho reparando que o uso dos textos de Agostinho deve ser sempre cuidadosamente controlado: não apenas suas palavras são lidas fora de contexto, mas até mesmo textos que ele nunca escreveu são atribuídos a ele.

Isso, para dizer a verdade, não é apenas um vício moderno. A força da palavra agostiniana o tornou uma "autoridade" tão poderosa, sob a qual podiam ser transmitidas ideias que não eram suas. O caso mais famoso é o tratado De vera et falsa poenitentia, que circulou como um texto agostiniano por quase 400 anos, antes que Erasmo e Lutero, quase simultaneamente, revelassem sua inautenticidade.

Mas mesmo os contemporâneos não brincam em serviço. Para mim, tudo começa com um breve vídeo a que assisti na TV, onde o psicólogo Crepet cita enfaticamente uma frase de Agostinho assim formulada: “A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem; a indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las”.

Algum tempo depois, percebo que até a presidente Meloni, no passado, havia citado a mesma frase, que aparecia em destaque em seu perfil do Facebook. Ao navegar no Google, encontraremos muitas repetições da mesma frase, sempre atribuídas a Agostinho. A frase, no entanto, parece ter sido concebida não no mundo de Agostinho e, de qualquer forma, nunca é acompanhada de citações.

Decidi fazer uma pesquisa. Em toda a obra de Agostinho, há apenas algumas passagens em que esperança e filhos estão conectados, mas em nenhuma delas aparece a frase citada. Portanto, tenho certeza: a frase não é de Agostinho. Uma alternativa possível (pelo menos conceitualmente) é que seja uma frase de Pablo Neruda. Mas, mesmo aqui, falta a fonte. Não consegui encontrá-la. Talvez seja uma frase anônima, à qual, no entanto, se tentou conferir maior autoridade atribuindo-a a um grande retórico e teólogo da antiguidade, ou a um grande poeta do século XX.

Um papa agostiniano

A atenção a Agostinho aumentou muito nas últimas semanas, porque com muita frequência o novo Papa Leão, que é um "padre agostiniano", cita frases de Agostinho. Neste caso, a autenticidade da fonte certamente não está em dúvida. E, no entanto, sendo Agostinho um autor prolífico e abundante, já aconteceu que nos textos oficiais dos discursos papais fosse relatada uma fonte diferente da autêntica, ou mais curta do que no original.

a) O papado como serviço, mas também como perigo

Em seu primeiro discurso, o Papa Leão citou a famosa frase de Agostinho, tirada do Sermão 340, que ele escreveu para o aniversário de sua própria ordenação. A frase citada é apenas a primeira proposição, que é apenas o começo de uma típica concatenação agostiniana, que se desenvolve de forma surpreendente: “Vobis enim sum episcopus, vobiscum sum Christianus. Illud est nomen suscepti officii, hoc gratiae; illud periculi est, hoc salutis” “Para vós sou Bispo; convosco sou cristão. Aquele é nome de ofício, este o da graça.; aquele é ocasião de perigo, este de salvação”. Estar “convosco” e “para vós” em Agostinho é apenas a premissa de uma consequência surpreendente.

b) A citação “correta”, mas do discurso errado

No primeiro discurso que o Papa Leão fez aos jornalistas, ele propôs uma bela citação de Agostinho sobre os “mala tempora”. Aqui está a passagem, conforme relatado na edição oficial em italiano no site do Vaticano: “Vivemos tempos difíceis de atravessar e narrar, que representam um desafio para todos nós, do qual não devemos fugir. Pelo contrário, estes tempos pedem a cada um de nós, nas nossas diferentes funções e serviços, que nunca cedamos à mediocridade. A Igreja deve aceitar o desafio do tempo e, do mesmo modo, não pode haver comunicação e jornalismo fora do tempo e da história. Como nos recorda Santo Agostinho, que dizia: ‘Vivamos bem e os tempos serão bons! (cf. Discurso 311). Nós somos os tempos’”. (NdT - Na versão em português a referência é o Sermão 80,8)

Existe razão para duvidar de uma citação explicitamente indicada? É sempre melhor verificar a fonte. A citação indicada no texto não é retirada do Sermão 311, como mostra o parêntese, mas do Sermão 80. Anexo aqui os dois textos, que parecem semelhantes, mas não há dúvida de que o texto citado não é o primeiro, mas o segundo: Sermo 311 "8. ... Molesta tempora, gravia tempora, misera tempora sunt. Viver bem, et mutatis tempora viver bem: tempora mutatis, et non habetis unde murmuretis. Quid sunt enim tempora, fratres mei?”

Sermo 80 "8. ... Mala tempora, laboriosa tempora, hoc dicunt homines. Bene vivamus, et bona sunt tempora. Nos sumus tempora: quales sumus, talia sunt tempora”.

Talvez o mal-entendido tenha sido facilitado não apenas pela semelhança textual, mas também pelo fato de ambos serem retirados do parágrafo 8, mas de discursos diferentes.

O contexto removido, além de Agostinho

Ainda há uma terceira questão: mesmo quando a frase é de Agostinho e é citada de sua verdadeira fonte, é evidente que uma frase, tirada do contexto, facilmente assume um significado diferente.

Como exemplo de remoção do contexto, gostaria de mencionar uma curiosidade com que me deparei por acaso, há algum tempo: independentemente da fonte, podemos usar “frases que tenham autoridade”, que não precisam ser “atribuídas” para exercer sua autoridade. Não raramente, no entanto, se lermos seu contexto original, descobrimos que elas não têm o significado que consideramos “óbvio”.

Vamos tomar uma frase como: mens sana in corpore sano. A descoberta moderna de uma correlação estrutural entre bem-estar físico e bem-estar mental-psicológico parece ser expressa em latim com aquela “brevitas”, na qual o latim tem poucos rivais. No entanto, se formos à fonte da expressão, ficamos sem palavras. A fonte é uma Sátira de Juvenal, n. X, que no verso 356 diz: “Orandum est ut sit mens sana in corpore sano”. Em Juvenal, não se trata da constatação de uma relação causal, mas da oração para que Deus conceda as duas únicas coisas que importam: uma mente sã em um corpo são. A descontextualização do texto de Juvenal propicia uma leitura até mesmo invertida.

Já que Agostinho foi “reduzido a frases memoráveis” (como, por exemplo, “ama e faze o que quiseres”), ele sofreu, como poucos outros autores antigos, uma espécie de descontextualização radical, que garantiu tanto sua fortuna quanto sua incompreensão. Grande parte do conhecimento medieval e moderno nasceu dos tijolos de frases antigas, reconstruídos em muros e edifícios com uma intenção completamente diferente. Quase se poderia estabelecer uma regra: quanto maior a fortuna de uma frase, maior o risco de não a entender. A surpreendente capacidade de Agostinho de construir frases perfeitamente ritmadas e sintéticas alimentou esse "abuso de citações".

Agostinho ou H. Arendt?

Uma última e breve curiosidade. Como Agostinho se propaga muito mais por meio de "citações alheias" do que pela leitura direta de seus textos, em caso de erro de citação por parte de uma "testemunha", todos acabam citando incorretamente, pois não partem do original, mas da citação de segunda mão. A famosíssima frase Initium ut esset, creatus est homo, que Arendt cita no fim de Origens do totalitarismo, é atribuída por quase todos ao cap. 20 do livro XII de De civitate Dei (como também aparece no original em inglês). No entanto, ao verificar diretamente o cap. 20, fica claro que a frase não consta. Em vez disso, é encontrada no fim do cap. 21. Mas todos usam Arendt como a fonte agostiniana, não Agostinho. Portanto, todos citam a frase como se viesse do cap. 20, onde não é encontrada.

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