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08 Agosto 2025

Crise atual é, também, da capacidade de entrever outros mundos. E se houvesse limites à riqueza extrema e taxação de grandes fortunas em nome do “luxo” público e coletivo? Alternativas surgem quando se desnaturaliza o capitalismo

O artigo é de George Monbiot, publicado por Outras Palavras, 13-06-2025.

George Monbiot é jornalista, escritor, acadêmico e ambientalista do Reino Unido.

Eis o artigo.

Um dos maiores êxitos do capitalismo é desligar nossa imaginação. Com a ajuda de suas ferramentas preferidas — o neoliberalismo e o fascismo —, ele nos convence de que “não há alternativa”. Nossa primeira tarefa é reacender nossa imaginação moral e nomear nossas alternativas.

Não consigo contar quantas vezes me disseram: “se você é contra o capitalismo, deve ser comunista” ou “deve ser feudalista”. Na verdade, como no meu caso, é possível ser ferrenhamente contra o capitalismo, o comunismo e o feudalismo.

Ajuda entender o que é o capitalismo. Isso significa reconhecer que sua verdadeira natureza é infinitamente disfarçada. É um sistema econômico distinto que surgiu há cerca de 600 anos. Em The Invisible Doctrine, damos esta definição:

“O capitalismo é um sistema econômico fundado no saque colonial. Ele opera em uma fronteira constantemente mutável e autodestrutiva, na qual tanto o Estado quanto poderosos interesses privados usam suas leis, respaldadas pela ameaça de violência, para transformar recursos comuns em propriedade exclusiva e converter riqueza natural, trabalho e dinheiro em commodities acumuláveis.”

Capitalismo não é o mesmo que comércio. A Companhia Holandesa das Índias Orientais (VOC) e a Companhia Britânica das Índias Orientais não estavam negociando com as pessoas cujas terras, trabalho e recursos eles tomaram. Nem os traficantes de escravos no Caribe e nas Américas.

Também não é comércio a resolução de disputas entre investidores e Estados (ISDS): nações são forçadas a ceder recursos a corporações ou pagar indenizações. Nem a conversão de florestas tropicais em pastagens ou a extração de minerais do fundo do mar. Ninguém está negociando livremente ou sendo devidamente remunerado nesses casos.

Sim, saqueadores coloniais podem depois negociar a riqueza que roubam: o capitalismo pode se cruzar com o comércio e até dominá-lo. Mas não é a mesma coisa. O comércio existe há milhares de anos. Pode haver capitalismo sem comércio e comércio sem capitalismo.

Comércio sem capitalismo — uma troca entre iguais, sem coerção e com escolha genuína — é um objetivo muito bom. Pense em uma feira livre, onde vendedores e compradores estão em pé de igualdade, há escolha real entre as barracas e ninguém é obrigado a vender ou comprar de alguém.

Agora imagine que tudo o que a feira vende seja negociado de forma justa com as pessoas de cujas terras vêm os produtos ou suas partes. Imagine que quaisquer custos ou danos causados em sua produção sejam totalmente compensados e reparados. Imagine que não haja coerção ou violência em nenhum ponto da cadeia.

Imagine algo como o comércio de noz-moscada quando pertencia aos bandaneses, antes que as potências europeias buscassem monopolizar o produto e depois tomassem as terras e o trabalho necessários para produzi-lo. Entende? Não é difícil começar a imaginar algo diferente.

Agora vamos olhar pelo outro lado. A promessa do capitalismo é que todos podemos aspirar ao luxo privado. Não importa que o sistema seja construído sobre alguns explorando outros, que precisam permanecer pobres para que a exploração funcione. Não importa que nem mesmo haja espaço físico (muito menos ecológico) para luxo privado universal.

Um dia, diz a promessa, você também terá cinco mansões, um iate gigante, um jato particular etc. Assim como os escravos infantis que extraem coltan na República Democrática do Congo e os uigures que fabricam componentes em campos de trabalho chineses. Como alguém foi convencido a acreditar nessa promessa — de que os ganhos seriam universalmente desfrutados? Isso é, e sempre foi, uma mentira.

Agora imagine que ninguém possa continuar acumulando até o ponto em que possa exercer poder sobre os outros. Por poder, quero dizer tanto poder econômico quanto — porque um compra o outro — poder político, levando à oligarquia, que vemos surgir novamente ao redor do mundo.

Imagine, como propõe a filósofa belga Ingrid Robeyns, que, assim como há uma linha de pobreza abaixo da qual ninguém deve cair, há uma linha de riqueza acima da qual ninguém deve subir, estabelecida por impostos sobre fortunas. Isso quebraria a espiral patrimonial de acumulação que Thomas Piketty identificou. Um dos maiores êxitos do capitalismo é desligar nossa imaginação. Com a ajuda de suas ferramentas preferidas — o neoliberalismo e o fascismo —, ele nos convence de que “não há alternativa”. Nossa primeira tarefa é reacender nossa imaginação moral e nomear nossas alternativas.

Agora imagine que esses impostos fossem usados para criar algo bem diferente do luxo privado: serviços públicos muito melhores e… luxo público. Parques e edifícios públicos magníficos, piscinas, campos esportivos, teatro e ópera gratuitos e outras coisas que os ultrarricos desfrutam, mas para todos.

Imagine que todos tivéssemos nosso próprio espaço privado modesto, uma casa decente e os componentes essenciais para uma vida digna, mas, quando quiséssemos nos expandir, pudéssemos fazê-lo de formas que todos possam compartilhar, com um custo ecológico muito menor. Luxo público significa criar espaço para os outros, não tomá-lo. Assim, temos outro componente de uma nova economia — “suficiência privada, luxo público”.

Poderia continuar, mas você entendeu a essência: essas coisas não são difíceis de imaginar. Passei a detestar a afirmação, atribuída a vários autores e repetida à exaustão, de que “é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo”. É ignorante e derrotista. Claro que você não consegue imaginar o fim do capitalismo se não sabe o que ele é! Mas, assim que você o define claramente, consegue ver como ele acaba.

Alternativas ao capitalismo estão ali, esperando por nós. Mas não podemos tê-las se não as imaginarmos. E imaginá-las é muito mais fácil do que, bem, você pode imaginar. O fracasso político é, no fundo, um fracasso da imaginação.

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