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Querer viver espiritualmente é típico do homem, mesmo ateu. Artigo de Enzo Bianchi

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11 Junho 2025

"Sim, a vida espiritual é uma experiência que pertence a cada homem e a cada mulher. Não é monopólio de crentes ou cristãos: cada homem, cada mulher vive uma dimensão interior, vive "espiritualmente", isto é, vive com uma conscientização, com uma consciência, uma forma de pensar, uma busca que é própria do ser humano e que transcende a natureza animal", escreve Enzo Bianchi, monge italiano e fundador da Comunidade de Bose, em artigo publicado por La Stampa-Tuttolibri, 07-06-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

É possível viver uma vida espiritual sem crer em Deus? Existe vida interior fora de uma crença religiosa? Existe uma espiritualidade “laica”? Nos últimos anos, essas questões têm atravessado as reflexões de muitos pensadores, filósofos, escritores, artistas. Basta pensar em um fenômeno como a “Turim espiritualidade”, um evento que, fora de qualquer Igreja ou religião, desde 2005, graças à Fondazione Circolo dei Lettori de Turim, é um espaço de encontros, diálogos, palestras e leituras para crescer juntos por meio do confronto de consciências, da intersecção de crenças, culturas e religiões vindas de todas as partes do mundo e envolve milhares de pessoas todos os anos.

Sim, a vida espiritual é uma experiência que pertence a cada homem e a cada mulher. Não é monopólio de crentes ou cristãos: cada homem, cada mulher vive uma dimensão interior, vive "espiritualmente", isto é, vive com uma conscientização, com uma consciência, uma forma de pensar, uma busca que é própria do ser humano e que transcende a natureza animal. A vida interior ou espiritual é uma dimensão da experiência humana como tal, na qual o sentido da vida é decidido e buscado.

Todo ser humano sabe que veio ao mundo, cresceu, tornou-se humano questionando a quem já estava no mundo, fazendo perguntas, "por quês", e depois fazendo essas mesmas perguntas a si mesmo, no curso de seu próprio crescimento.

Cada um de nós, como se possuísse uma confiança original na vida, cresceu buscando, formando-se também fazendo perguntas. É perguntando e fazendo perguntas a si mesmo, desde a infância, que um ser humano vem ao mundo, se coloca no mundo e encontra referências para saber o que é e quer ser. Eis como nasceu em cada um de nós a vida espiritual ou interior, que pudemos desenvolver conscientemente ou deixar numa dimensão mínima, sem cuidado, esmagada por "aquela homogeneização do íntimo a que tendem as sociedades conformistas" (Umberto Galimberti), fenômeno social que contagia a atmosfera em que vivemos.

Há vida espiritual quando não apenas vai-se vivendo, quando não se permite que outros decidam e pensem por nós, quando não nos contentamos com certezas prontas, mas somos capazes de nos abrir às questões postas pela vida, à questão do sentido, e estamos dispostos, mesmo com dificuldade, a tentar dar uma resposta pessoal. Uma verdadeira vida humana deve, de fato, acontecer na comunicação com os outros, mas não deve estar em dívida com soluções que os outros encontram para nós: não, cada um é chamado a encontrar dentro de si mesmo, num caminho de vida interior, a fonte do sentido.

É preciso afirmar com clareza que a vida espiritual ou interior não é uma vida contraposta à nossa vida material, à nossa existência cotidiana; pelo contrário, é uma vida vivida no corpo, na história, na humanidade, sem possíveis escapatórias ou isenções: é um modo concreto de pensar, sentir e agir, com os outros e entre os outros. Em suma, sem a vida interior não há caminho de humanização: somente proporcionalmente ao desenvolvimento da vida interior há a possibilidade de construir a própria personalidade, de encontrar sentido e significado na vida, de alcançar uma subjetividade responsável e autônoma.

Romano Màdera também se questionou se é possível viver a vida espiritual fora de uma religião. Responde com um ensaio que merece ser lido, ou melhor, meditado lentamente: Una spiritualità laica: la vocazione a essere finalmente umani (Uma espiritualidade laica: a vocação de ser finalmente humanos). Màdera, ex-professor titular de Filosofia Moral e Práticas Filosóficas na Universidade de Milão Bicocca, é filósofo e psicanalista de formação junguiana e ensaísta. Os escritos de Màdera são uma contribuição significativa para o caminho de humanização, para o aprendizado da difícil arte de viver.

Em Spiritualità laica, Màdera mostra como, em cada ser humano, a dimensão espiritual, entendida sobretudo como busca de sentido, tem raízes profundas na experiência humana e, por isso, “a espiritualidade não é nem pode ser monopólio de nenhuma Igreja e de nenhuma religião”. Para compreender isso, precisamos superar a oposição estéril, tipicamente italiana, entre "laicismo" e "catolicismo", que resulta num enorme equívoco sobre o significado de laicidade. Com o adjetivo "laico", Màdera indica uma espiritualidade que atravessa as religiões e todos os caminhos de sentido, de profunda orientação da vida por parte de quem não é religioso, de quem é agnóstico e ateu: “quero, portanto, falar — afirma Màdera — também da espiritualidade dos ateus: a espiritualidade de todos os humanos que buscam o bem e que, por isso, se colocam à escuta do sopro do espírito”.

Nos passos do Evangelho de João, “O vento sopra onde quer, mas não sabes de onde vem nem para onde vai”, assim como de Buda, “Se querem conhecer o divino, sintam o vento no rosto e o sol quente na sua mão”, Màdera escolhe a metáfora do vento como imagem de uma força que arrasta, que avassala sem poder ser criada e controlada, mas que se manifesta como força vital, dinâmica, como um modo de estar no mundo, como um modo de escutar e de se escutar. “Por isso, considero poder chamar de ‘Espírito’ também a potência dinâmica da busca do sentido da vida”. Isso leva Màdera a argumentar que a espiritualidade é laica em sua essência, pertence a todos, aliás, é "laica" segundo a etimologia grega, é do laós, pertence ao povo. “Eis então, a proposta de inverter o senso comum: a espiritualidade das religiões não é a figura mais adequada da espiritualidade em si; pelo contrário, é a espiritualidade ‘laica’ em seu fundamento experiencial e conceitual que gera as diferenciações religiosas”.

Aplicando o método biográfico, Màdera propõe alguns "modelos exemplares": de Nietzsche a Jung, passando por Ernst Bernhard e Roberto Calasso, continuando pelo monge budista Thich Nhat Hanh, o monge cristão Thomas Merton e Martin Luther King. Mas também Adriana Zarri, Giovanni Vannucci, Raimon Panikkar, até a ousada mistura de ateísmo e misticismo de Rosa Luxemburgo.

Por meio dessas figuras, Màdera demonstra que a busca de sentido, a busca do bem, a busca da felicidade, sempre presentes em toda jornada espiritual, não podem consistir apenas no cuidado e na realização de si mesmos: uma vida espiritual vivida individualmente, de forma intimista, não pode contribuir para a humanização! Somente quem se sente em relação com os outros, quem busca a comunhão com os outros, quem não se vergonha de chamar todos de irmãos é capaz de trilhar frutuosamente o caminho espiritual, que é sempre um caminho humano, isto é, de um homem, de uma mulher, pertencente à humanidade.

Se alguém quisesse trilhar um caminho espiritual fugindo dos outros, ou mesmo desprezando-os, estaria condenado a um autismo psicológico no qual não há espaço para a criatividade nem para o verdadeiro crescimento humano e, assim, realizar "a vocação de ser finalmente humanos".

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