28 Mai 2025
- Apelamos ao fim dos bombardeios e à chegada da ajuda necessária à população. Acredito que a comunidade internacional deve fazer todo o possível para pôr fim a esta tragédia. Ao mesmo tempo, reiteramos veementemente o nosso apelo ao Hamas para que liberte imediatamente todos os reféns.
- "Devemos estar vigilantes e garantir que o câncer do antissemitismo, nunca definitivamente derrotado, não reapareça."
- Não importa onde as negociações entre russos e ucranianos, que todos aguardamos, aconteçam. O que realmente importa é que essas negociações possam finalmente começar, porque é urgente parar a guerra.
A informação é publicada por Religión Digital, 27-05-2025.
O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, disse na terça-feira que" o que está acontecendo em Gaza é inaceitável " e que " o direito internacional humanitário deve sempre ser aplicado a todos", ao mesmo tempo em que pediu uma trégua na Ucrânia.
"Pedimos o fim dos bombardeios e que a ajuda necessária chegue à população. Acredito que a comunidade internacional deve fazer todo o possível para pôr fim a esta tragédia. Ao mesmo tempo, reiteramos veementemente nosso apelo ao Hamas para que liberte imediatamente todos os reféns", disse Parolin em entrevista publicada na terça-feira na mídia do Vaticano.
Após o assassinato de dois israelenses do lado de fora da embaixada israelense em Washington, ele também declarou que "devemos estar vigilantes e garantir que o câncer do antissemitismo, nunca definitivamente derrotado, não reapareça".
Sobre a oferta do Vaticano de sediar novas negociações entre a Ucrânia e a Rússia, que a parte russa já rejeitou, Parolin especificou que "não se tratou de uma mediação, porque a mediação deve ser solicitada pelas partes" e que houve apenas "uma oferta de disponibilidade para sediar um possível encontro".
"De qualquer forma, não importa onde as negociações entre russos e ucranianos, que todos nós desejamos, aconteçam. O que realmente importa é que essas negociações possam finalmente começar, porque é urgente parar a guerra", disse ele.
"Antes de mais nada, uma trégua é urgentemente necessária para pôr fim à devastação, às cidades destruídas e à perda de vidas civis. E, então, é urgente alcançar uma paz estável, justa e duradoura, portanto aceita e acordada por ambas as partes", acrescentou.
Ele também destacou as primeiras palavras de Leão XIV sobre a paz: "O Papa e toda a Santa Sé estão comprometidos em construir a paz e promover toda iniciativa de diálogo e negociação".
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