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Mujica e a excepcionalidade do comum. Artigo de Marcelo Aguilar

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15 Mai 2025

Ele chocou as elites uruguaias: um presidente feirante? Essa humildade aliada a sua capacidade reflexivo-filosófica inspirou o povo – o seu e o de outros países. Teve suas controvérsias, claro. Mas seu legado é uma trincheira de humanidade num mundo cada vez mais individualista

O artigo é de Marcelo Aguiar, publicado por Revista Artefacto e reproduzido por Outras Palavras, 14-05-2025. A tradução é de Rôney Rodrigues.

Marcelo Aguilar é um jornalista uruguaio. Correspondente da revista Brecha no Brasil.

Eis o artigo.

Eu o conheci e lembro dele assim: um cara excepcionalmente comum. Na foto que tenho de criança com ele, ele era um senador, ou algo do tipo, mas recordo dele como só mais um.

Chegou em seu Fusca a Canelones e juntou-se à assembleia que os trabalhadores da antiga fábrica de arames e cabos Alur, entre eles meu pai, realizavam para evitar o fechamento. Foi, até onde sei, sempre assim. Como presidente de alpargatas, produtor rural, floricultor, filósofo, guerrilheiro, ministro ou senador. No início dos anos sessenta, empunhou as armas, quis fazer uma revolução, escapou da prisão numa fuga cinematográfica, foi recapturado e passou quase 14 anos como refém nas masmorras da ditadura uruguaia.

Ao recuperar sua liberdade e o país sua democracia, dedicou-se à militância. Sua capacidade de expressar ideias políticas complexas em linguagem simples, assim como sua conexão com as pessoas, o transformaram em uma figura popular. O movimento político que liderou tornou-se majoritário dentro da Frente Ampla — que reúne as forças progressistas do Uruguai — e ele se tornou presidente. O Uruguai elitista se contorcia diante da possibilidade de ter um presidente mais parecido com um feirante do que com um banqueiro. Imagine o que diriam os altos escalões da política mundial.

Paradoxalmente, foram sua humildade e simplicidade, aliadas à sua inegável capacidade reflexivo-filosófica, que o projetaram ao mundo como uma figura política imprescindível. Seus cinco anos à frente da presidência (2010-2015) representaram avanços na conquista de direitos sociais. Foi durante seu governo que foram aprovadas leis de vanguarda, como a regulamentação estatal da produção, venda, distribuição e consumo de maconha, no marco de uma das leis mais avançadas do mundo nesse sentido, que inclui a criação de clubes canábicos, a venda em farmácias e o autocultivo.

Em 2012, Mujica promulgou a lei que descriminalizou o aborto e estabeleceu sua regulamentação. Em maio de 2013, a norma que legalizou o casamento igualitário. Tudo isso, claro, foi conquistado graças à incansável mobilização social e política de diversos setores da sociedade uruguaia e às maiorias parlamentares que o partido de Pepe detinha nas câmaras, mas sua habilidade para defender esses avanços perante a opinião pública e sua capacidade de comunicá-los ao mundo foram fundamentais para sua consolidação.

Seu governo também deixou lastros. Parte dessa força popular também lutou contra alguns dos projetos impulsionados pelo governo de Mujica, principalmente o lamentável projeto Aratirí, de mineração de ferro a céu aberto, com escassíssimas garantias ambientais e duvidosos benefícios econômicos. Aratirí era o preço que o ex-presidente estava disposto a pagar para concretizar uma de suas obsessões: a instalação de um novo porto de águas profundas. Após grande insistência e urgência por parte do governo, muita resistência social, idas e vindas, e com a queda do preço do ferro, o projeto naufragou.

Um parágrafo à parte merecem seus posicionamentos sobre o passado recente, que o tiveram como protagonista. Sua visão foi enquadrada em lentes militares, em termos de guerra, e na guerra há vencedores e vencidos, códigos, pactos e silêncios. Muitos de seus comentários despertaram críticas de organismos de direitos humanos e associações de familiares de desaparecidos. Mas, para além dessas e outras contradições, ali estava um ser político que inspirava e continuará inspirando pessoas em todo o mundo, um político que viveu como pensou, com simplicidade e dignidade. Como ele costumava dizer: “Ligeiro de bagagem”.

Em um mundo que avança a passos gigantescos no culto à ignorância, na trivialização da violência genocida e no individualismo, a filosofia e o legado de Mujica são uma trincheira de humanidade. Na sua simplicidade genuína reside sua maior peculiaridade; em sua capacidade de inspirar, seu maior potencial.

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