06 Mai 2025
Uma sequência de falhas na informação e nos planos de ação emergencial contribuíram para a maior tragédia do Estado.
A reportagem é de Lidiane Blanco, publicada por Sul21, 05-05-2025.
Era fim de tarde de terça-feira, 30 de abril, quando Natasha Becker foi para a casa da sogra esperar o tempo melhorar. Era o terceiro dia de chuvas intensas no Vale do Taquari. Habituada às cheias, sugeriu fritar uns “enroladinhos” e preparar o chimarrão. Ela morava com o marido e o filho, Anthony Miguel, de cinco meses, na comunidade São Miguel, zona rural de Cruzeiro do Sul. “A gente já era acostumado com essas cheias. Começava a chover, dava as enchentes, a gente botava bota e ficava pra lá e pra cá”.
Naquela noite, a água entrou na rua da sogra de Natasha e os sogros, tio, tia e avó do marido decidiram ficar reunidos, pois era comum faltar luz e ficar sem internet. “Ali a água nunca tinha passado das canelas, nunca. A gente tava tranquilo porque a previsão era que o rio [Taquari] subisse 28 metros. Normalmente a água vinha num dia e no outro já baixava. Então vamos esperar a água subir e depois esperar a água baixar, como sempre foi”, relembra.
Distante 125 quilômetros de Porto Alegre, o município de cerca de 12 mil habitantes, ainda não tinha se recuperado das duas enchentes de 2023, ocorridas em setembro e novembro, quando foi atingido pela terceira vez por mais uma inundação. Dessa vez, no entanto, seria diferente. Não foi uma cheia qualquer: foi o volume de chuvas mais intenso já registrado em todo o território gaúcho.
No dia seguinte, começaram a receber telefonemas pedindo para que deixassem a casa. “A gente foi avisado por parentes, porque a prefeitura tava avisando pelo rádio, mas a gente não tem acesso, quando chove a gente sempre fica sem luz”.
Como as estradas já estavam bloqueadas, decidiram ficar. Foram poucas horas até a água alcançar o segundo piso da casa. “Quando a gente olhou pra estrada a água vinha como o mar, com ondas. Eu falei pro tio do meu marido, olha, tá vindo um bicho tão feio. Eu não sei o que vai ser da gente”. Em menos de 24 horas, a água atingiu o telhado. A família ficou refugiada no forro da casa na esperança de que no dia seguinte fossem resgatados, mas o socorro demorou 72 horas.
Depois de três dias de espera, cercados de água por todos os lados, Natasha diz que desanimou. “Naquela sexta, quando passou o primeiro helicóptero e não desceu, eu sentei em cima do telhado e chorei. A ficha caiu, que a gente não ia sair de lá. Eu pensei o que a gente vai fazer? O nenê tá aqui, não tem fralda, não tem roupa, não tem nada. Nós sem comer, sem água pra beber”. Logo ouviram mais uma aeronave e ela pediu ajuda da sogra: “Eu falei, Solange, pega a roupa do nenê e abana”. Assim que a equipe do Exército se aproximou, ela levantou o pequeno Anthony e o colocou para fora do telhado. “Se tu levar o nenê já está ótimo. Ele disse, nós vamos levar todos vocês”.
A pouco mais de 20 minutos de carro da comunidade São Miguel, ficava o bairro Passo de Estrela, na região central de Cruzeiro do Sul, onde nasceu Natália Richter. Ela reside em Porto Alegre há dois anos, mas toda a sua família vivia há pelo menos cinco décadas no bairro. Os pais da Natália aceitaram sair de casa depois que a filha do meio, Amanda Richter, os convenceu a ir para um lugar mais seguro, “sentia algo”. “Eles não queriam porque acreditavam que a água não chegaria ali”, mas acabaram cedendo.
Quando o acesso ao município foi interrompido, Natália diz que precisou acompanhar os parentes à distância por duas semanas. “As informações que chegaram antes do feriado do dia do trabalhador, eram de que o rio ia baixar, porque a água tinha recuado, mas, no dia seguinte, voltou a subir. A régua que media a cota de inundação do Taquari quebrou e ninguém mais sabia qual era o tamanho da enchente”, relata.
Para ter notícias do bairro, manteve contato com uma vizinha, a essa altura nem mesmo os telefones funcionavam em Cruzeiro do Sul. “O sinal vinha e voltava, mas, no segundo telefonema, ela me disse que tinha conseguido subir em uma casa alta da rua. ‘Eu não tenho certeza do que eu vou te falar agora, mas eu não vejo mais nada. Eu não vejo mais a casa de ninguém, até poucas horas eu via o telhado da casa de vocês e agora eu não vejo mais nada. Eu acho que as nossas casas foram embora. Nati, eu acho que não tem mais nada’.”
As três casas, dos pais, avó e tio da Natália – que ficavam lado a lado na rua Rubens Feldens – foram levadas pela enxurrada. Hoje, o que ainda se vê são partes do chão e uma pilha de tijolos e lajotas.
Passo de Estrela ficava no local que ficou conhecido como “a curva do rio Taquari” – com o volume de chuvas acumulado, o rio não fez a curva natural e passou por cima do bairro. A forte correnteza levou tudo que encontrou pela frente. “90% do meu bairro não existe mais. Árvores, postes de luz de concreto, foi tudo embora. O aviso do governo municipal foi de que os moradores não precisavam se preocupar porque a água não ia subir tanto”, diz Natália. Só ali, a força da água destruiu cerca de 600 casas. Em todo o município, aproximadamente 1.109 residências foram completamente destruídas ou interditadas por apresentarem riscos estruturais. Treze pessoas morreram e outras cinco ainda estão desaparecidas, de acordo com a Defesa Civil do Estado.
Informações da Defesa Civil municipal indicam que o rio Taquari atingiu 33,35 metros no pico da cheia, mas esse dado pode ser ainda maior. O prefeito Cesar Leandro Marmitt – que assumiu a prefeitura em janeiro deste ano –, morava no bairro Glucostark, na região central da cidade, e também foi atingido. Da sua casa não sobrou nem o piso. “Na enchente de setembro [2023], o rio alcançou 29,53 metros e entrou 65 centímetros dentro da minha casa. Então, acredito que tenha sido de 34 metros pra cima”, diz. O município guiava-se pelo monitoramento feito em Lajeado, onde o pico máximo histórico registrado foi de 33,67 metros no dia 2 de maio. “Nós não estávamos preparados para o que aconteceu. Não sabíamos, por exemplo, ah, choveu tantos milímetros na cabeceira então a água vai chegar em tal ponto. Se vinha na projeção de que não chegaria a isso”.
Para Marmitt, a falta de informações sobre o cenário real da cheia do Taquari em Cruzeiro do Sul não é apenas uma sensação das pessoas. “Perdeu-se o controle da régua quando ela ficou submersa pela água, então, o que fazíamos era verificar pelos prédios que altura estava o rio. O sentimento de que os cruzeirenses foram pegos de surpresa é real e é fato”.
Segundo o prefeito, para resolver a questão da falha na comunicação, a Defesa Civil municipal elaborou um projeto para instalação de seis pontos de sirene e seis torres de rádio de comunicação dentro de Cruzeiro do Sul. “Agora, está sendo realizado o levantamento financeiro de quanto custará ao município implementar esse sistema”, explica. “A gente também já está conversando com a comunidade, com as igrejas, quem sabe usar os sinos, e pensando em como utilizar outros sistemas simples para divulgar esses alertas”, afirma. A ideia, diz Marmitt, é conseguir avisar tanto quem vive na região central, quanto quem está na zona rural, que fica incomunicável quando chove e falta luz.
Essa já era uma recomendação do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, em 2023. Logo após a inundação de setembro, os pesquisadores divulgaram nota com diversas sugestões de iniciativas com necessidade de “ações urgentes e prioritárias”, entre elas, melhorias no sistema de alerta à população.
No entanto, o projeto ainda vai demorar a sair do papel, “esse é um trabalho de longo prazo, e deve entrar dentro do Plano de Contingência, pois faltam recursos. Em casa, se você não quer gastar dinheiro em um certo lugar, você pode gastar em outro, mas o poder público não pode fazer isso. Não podemos pegar o recurso e gastar em outro ponto. Então isso dificulta mais, e a falta de recurso é muito grande. Se eu montar um sistema desses, se custar 100 mil reais ou mais, eu não tenho como pagar”.
Hoje, o prefeito vive de aluguel e a nova casa também está em uma área de risco, diz. Um levantamento foi iniciado para identificar as regiões que deverão ficar “inabitáveis”, ou seja, sem construções, para evitar novas tragédias. O Governo do Estado contratou a Universidade do Vale do Taquari (Univates) para fazer o mapeamento das áreas afetadas por inundações, enxurradas e movimentos de massa para identificar as chamadas “zonas de arraste”.
A professora e doutora em arquitetura Jamile Weizenmann é a coordenadora do escritório modelo de arquitetura e urbanismo da Univates e a coordenadora institucional da equipe dos planos diretores que está trabalhando na reconstrução do Vale do Taquari – que engloba os municípios de Arroio do Meio, Colinas, Encantado, Estrela, Muçum, Roca Sales e Cruzeiro do Sul. O projeto que mapeou as zonas de risco agora está na segunda fase, que é elaborar os Planos Diretores dos municípios. Todo esse diagnóstico, que deve ficar pronto até o final do ano, irá classificar também os riscos futuros para que os municípios saibam onde é mais seguro construir.
Enquanto nada é definitivo, Cruzeiro do Sul enfrenta outro problema na hora de remover as famílias das áreas vulneráveis, que é o déficit habitacional. Não há muitos imóveis para vender ou até mesmo alugar e as regiões disponíveis ficam longe da estrutura municipal, como escolas e postos de saúde.
Natasha não mora mais na comunidade São Miguel, foi viver em uma parte alta na região central da cidade. “Aqui a água não vem”, acredita. Diz que a maioria foi pega de surpresa, mas que as pessoas “tomaram um susto e estão mais preocupadas”, e confessa que evita lembrar do que aconteceu porque é muito doloroso. “Hoje em dia, a gente quase não toca mais no assunto. Tenta deixar pra trás”. Já a sogra preferiu reformar a casa e retomar a vida no mesmo lugar.
Os pais da Natália foram viver em Lajeado em agosto. “Tudo ficou pra trás. Os almoços de domingo, as conversas com os amigos, laços que se perderam. Nossos vizinhos eram nossa família também”, lamenta. Há alguns meses, um vizinho encontrou nos escombros o álbum de casamento dos pais dela, essa é a única lembrança recuperada. Eles se emocionaram. Tinha uma foto do avô que já faleceu, a única que restou.
A chuva que começou no fim de abril na Região dos Vales, sem parar, se estendeu por mais de 10 dias, sobrecarregando as bacias dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí e Sinos, chegando ao Gravataí na primeira semana de maio. Depois de inundar vários municípios, a água seguiu seu curso, e no dia em que Natasha foi resgatada com o bebê de cinco meses e a família, Roseli Dias deixava a sua casa no bairro Fátima, em Canoas.
O município, que faz parte da região metropolitana de Porto Alegre, fica a mais de cem quilômetros de Cruzeiro do Sul. “Na noite do dia 2 de maio, depois de receber vídeos de amigos relatando que bairros vizinhos estavam alagando, eu coloquei o meu relógio para despertar de uma hora e meia em uma hora e meia pra ver se a água já tinha chegado na minha rua. Eu sabia que o meu bairro seria o próximo”. No dia seguinte, o carro de som da prefeitura de Canoas passou com os alertas pedindo a evacuação dos moradores. Roseli foi para a casa de parentes com o marido, mas muitos vizinhos se recusaram a sair, diz. “Eles diziam que a água não ia chegar ali”.
A menos de quatro quilômetros dali, no loteamento Porto Belo, no bairro Harmonia, Priscila Castro passou o dia monitorando a rua. Instalou o aplicativo do Instagram no celular e criou uma conta para acompanhar as informações da prefeitura. Ela lembra que não havia ordem de evacuação para o lugar onde morava, mesmo assim, preparou a filha, de dez anos, e os animais de estimação, caso precisassem deixar a casa. “A única coisa que tinham dito era pra evacuar até o colégio Thiago Würth. Eu coloquei meus três gatos trancados dentro do quarto. Os cachorros já deixei com a coleira e a minha filha eu deixei com as coisas prontas. Como se fosse dar fuga. Jamais ia imaginar que a água ia sair de tudo que é canto e a gente fosse ficar preso”.
O marido só chegou em casa por volta das sete da noite. Cansado do trabalho, foi dormir, disse que não sairia, que a água não ia avançar – ela continuou monitorando. Apesar de não conhecer Roseli, teve a mesma iniciativa e ia até a frente de casa de hora em hora. “Oito da noite faltou luz e só se via os celulares das pessoas na rua, como se tivessem fazendo uma procissão, sabe? Tipo uma novena”.
Na madrugada de sábado, 4 de maio, quando a água transbordou pelos bueiros da rua Coronel Medeiros, Priscila decidiu que era hora de sair. “Eu falei pro meu marido, se tu quiser ficar, tu fica, mas eu vou dar no pé. Isso já era duas horas da manhã, uma escuridão, a rua lotada de pessoas desesperadas, pessoas com cavalo, bichos, cobertor. Nossa senhora! Parecia um carnaval, que tava todo mundo na rua, só que sem luz e fugindo”. Em cada via que entravam precisavam fazer o retorno porque a enxurrada avançava muito rápido. Encurralados, o marido de Priscila sugeriu que voltassem para casa, mas a água já estava na altura dos joelhos, “o carro estragou e ficou ali mesmo, tivemos que seguir a pé”, lembra.
Por algumas horas, usaram como abrigo a Escola Municipal de Ensino Fundamental David Canabarro, no bairro Mathias Velho. “Quando começou a clarear, umas 6 da manhã, só dava pra ouvir o barulho da água vindo e, quando a água veio, ela veio dos dois lados e se encontrou, não tinha pra onde ir. Eu fiquei desesperada porque a gente tinha que ir pra outro lugar. Daí o dono de uma madeireira começou a dar caixa d’água pras pessoas e a gente começou a usar, como se fosse um barco. A gente jogou os bichos e a minha filha pra dentro. Alagava um lugar e a gente ia pra outro”. Além da escola, usaram uma madeireira e uma fruteira para se proteger.
O desespero, diz Priscila, se estendeu até domingo, quando ela, a filha, os três gatos, um dos cães e mais algumas pessoas foram resgatados. “A gente já tinha desistido de pedir ajuda quando um bombeiro de São Paulo apareceu. Ele tava com os olhos pegando fogo de vermelho, de exausto, sei lá quantas horas tava resgatando gente”. O marido iria mais tarde com o outro cachorro da família. “Não sai daí sem ele”, ordenou.
No caminho, outro susto. O barco parou de funcionar. “Ele [o bombeiro] ficava fazendo pegar e não pegava. Tava caindo um toró, daqueles que não dava nem pra abrir os olhos. Quando a gente chegou perto do HPS tinha que se abaixar dentro do barco pra não pegar nos fios da rua, do poste. Ali o barco parou e nunca mais funcionou e a gente ficou à deriva. Naquele breu. A gente só via o que a lanterna dele apontava”. Contaram com a ajuda de outro barco para fazer o reboque, mas só chegaram em terra firme na tarde de domingo.
O vizinho de Priscila, Willian Renato de Oliveira, diz que conseguiu sair de casa porque ouviu o carro de som pedindo a evacuação do bairro Harmonia quando foi na casa dos pais. “Mas ele só passou na avenida principal. Não entrou pra dentro do bairro aqui”. Ele foi com a família para o litoral e só retornou um mês depois. Hoje, a casa dele e da esposa está à venda, querem ir embora do Estado. “Não quero mais ficar. Eu passo pelos lugares e é muita tristeza relembrar”.
Roseli só retornou para casa, no bairro Fátima, seis meses depois da água baixar. “Hoje fizemos todos os móveis que podíamos de ferro porque, se acontecer de novo, talvez a gente não perca tudo”. A história de Priscila precisou recomeçar em outro bairro, pois a casa dela era de madeira e sofreu danos na estrutura. “Está inseguro, precisa de uma reforma, mas não temos dinheiro. Eu morria de orgulho da minha casinha”.
Canoas teve 60% dos 131 quilômetros quadrados de área da cidade atingidos. Os bairros mais afetados foram Harmonia, Mathias Velho, Rio Branco, Fátima, Guajuviras e parte do centro da cidade. Segundo informações da Defesa Civil e prefeitura, cerca de 150 mil pessoas – metade da população da cidade – foram impactadas de alguma forma. A Prefeitura de Canoas reconheceu a necessidade de aprimorar os sistemas de alerta, conforme apurou o Sul21 em maio passado.
A quantidade de água que caiu entre o fim de abril e início de maio de 2024 no Rio Grande do Sul foi extrema e, as consequências, ainda incalculáveis. O desastre climático representa um dos “eventos hidrológicos mais devastadores já registrados no Brasil, com chuvas de intensidade, duração e abrangência sem precedentes”, revela o diagnóstico técnico-científico publicado na semana passada pela Agência Nacional de Águas (ANA). Mas o relatório também enfatiza que a tragédia não foi apenas um desastre natural, foi também “um reflexo de fragilidades estruturais e falhas na gestão do risco”.
Com a força da água, grande parte dos sensores de níveis nos rios e das Plataformas de Coleta de Dados foi perdida. A interrupção do monitoramento das estações prejudicou a capacidade de resposta dos municípios. O diagnóstico deixou claro que “a falta de dados em tempo real em algumas áreas críticas pode ter contribuído para a subestimação dos riscos e para a demora na mobilização de recursos de emergência”. A rápida elevação do nível dos rios não foi acompanhada por um sistema de alerta eficiente e, como consequência, a população sofreu severamente os impactos da inundação.
“As medidas para retirada das pessoas das áreas de risco foram lentas e descoordenadas, resultando em alto número de mortos e desalojados, em especial em cidades como Canoas, São Leopoldo, Eldorado do Sul e Roca Sales, onde a população foi exposta ao pior momento da cheia”, diz o documento. O relatório também revela que as vazões dos rios no Rio Grande do Sul devem aumentar 20%. “Isso pode significar um acréscimo de três metros no nível d’água. Pessoas que se salvariam buscando abrigo em um segundo pavimento ou telhado não teriam essa alternativa no caso desse acréscimo”.
Passado um ano das enchentes, o monitoramento hidrológico na região ainda enfrenta graves problemas, como a “falta de recursos financeiros e humanos para a manutenção das estações”. O estudo feito em colaboração com instituições que participam do Grupo Técnico de Assessoramento para Estudos Hidrológicos e de Segurança de Infraestruturas de Reservação e de Proteção das Cheias no Estado do Rio Grande do Sul (GTA RS) e universidades gaúchas, aponta, além das falhas e vulnerabilidades, um caminho de enfrentamento para as mudanças climáticas, que passa por um monitoramento mais robusto e inteligente, protocolos claros de evacuação para reduzir o número de vítimas, manutenção preventiva, a fim de evitar falhas em sistemas de proteção, e a preservação de áreas verdes.