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Miserabilismo e submissão: neomovimentos pelagianos. Artigo de Fernando Vidal

Foto: Pexels

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15 Abril 2025

  • A Nova Era autoritária tem expandido um novo fundamentalismo cristão: a retórica da humilhação mais extrema e a reivindicação mais supremacista da cristandade.

  • A exaltação e exposição da submissão e da prostração é uma das faces desse pelagianismo, que costuma aparecer quando cresce a impotência social. A impotência das pessoas comuns cresceu até níveis insuportáveis.

O artigo é de Fernando Vidal, diretor do Centro de Impacto Social da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais de Comillas, publicado por Religión Digital, 12-04-2025.

Eis o artigo.

A Nova Era autoritária tem expandido um novo fundamentalismo cristão no qual coexistem duas coisas: a retórica da humilhação mais extrema e a reivindicação mais supremacista da cristandade. E isso tem acontecido por meio de duas expressões do pelagianismo: o poder da miséria e a exaltação da submissão. Enquanto a ascese do poder da miséria tem surgido nas classes precárias, entre a alta burguesia prospera a ascese da submissão.

A exaltação e exposição da submissão e da prostração é uma das faces desse pelagianismo, que costuma aparecer quando cresce a impotência social. No mundo, a impotência das pessoas comuns diante da desigualdade, da solidão, do militarismo, da tirania, do populismo, etc., cresceu até níveis insuportáveis. Ao mesmo tempo, devido à aliança entre ultradireita e religião — e Trump é o maior expoente atual como autoproclamado rei divino — o ateísmo no planeta quintuplicou desde a década de 1980. E as pessoas exigem sinodalidade, superar o clericalismo, respeito à liberdade, personalização. A reação do fundamentalismo religioso tem sido a ascese da submissão.

Precisamos nos ajoelhar e adorar somente a Deus, mas após algumas práticas de prostração que se tornaram mais populares, pode estar surgindo uma nostalgia do clericalismo, nostalgia da ordem autoritária e exaltação da humilhação da dignidade humana. Quanto mais a alta burguesia perde a união com o povo de Deus, mais reivindica a ascese da submissão e mais desconfia da sinodalidade. O problema é que a espiritualidade se despopularizou e uma Igreja na qual as classes não compartilham a mesa eucarística acaba sendo uma Igreja classista. E essa desvinculação é proporcional ao auge e poder dos neomovimentos, e ao abandono e desprestígio da comunidade, pluralidade e sinodalidade paroquial e diocesana.

Não é casualidade que essa ascese da submissão venha acompanhada da liderança suprema do fundador, líder perpétuo, e do culto à sua personalidade. Se o grau de prostração das pessoas é proporcional à exaltação de seu líder, é preciso temer. A adoração a Deus nos liberta de qualquer idolatria, e se, em vez disso, produz idolatria do clero e seu alzacuellos, da pátria, da ideologia, do poder, do orgulho identitário ou do dólar, há uma armadilha dentro que é necessário libertar.

O poder da miséria

O pelagianismo também se expressa nos discursos do poder e da riqueza como caminho da esperança: "se quero, posso", "se sonho, consigo", "se encontro meu talento, triunfo", "Cristo vai me fazer conseguir tudo", "tenho sucesso, Deus está comigo". Há anos, em Kibera, o maior subúrbio pobre da África, me impressionou ver o nome de uma igreja erguida em meio a toda aquela miséria: Os vencedores de Deus. Não era irônico.

A ascese miserabilista busca levar o sujeito o mais baixo possível, para depois levantá-lo ao mais alto. Insiste na aniquilação da pessoa: "você não é nada", "você é apenas pecado", "você é mau", "o ser humano é uma miséria", "você é um ser nas mãos do demônio". O mecanismo busca deprimir o sujeito, fazendo-o reconhecer que é um miserável pedaço de mal e nada, para depois, invocando a força do Espírito, prometer-lhe o ouro e o trono: "mas com Deus você é tudo, você conseguirá tudo, poderá tudo, terá o poder de Deus".

Não ter sucesso e riqueza dever-se-ia, então, ao fato de que alguém não se humilhou o suficiente para receber o poder divino. É uma ascese do poder da miséria e a miséria do poder: quanto mais você se tiver humilhado, mais provável é que receba os poderes de ser como Deus. O sujeito se deixa cair em um antiéxtase da miséria, se lança embriagado na desvalorização de si mesmo, há uma mortificação masoquista: o desprezo de si mesmo, que produz um sucedâneo de consolação. Já não é a economia nem a política que te faz inferior, mas sim você mesmo como via de santificação, e se impulsiona para que radicalize essa denigração. O sistema social sai não só ileso, mas reforçado. Nesse mecanismo de depressão e exaltação, há muito de embriaguez dionisíaca, na qual o ser humano aceita ser animalizado e despedaçado, para poder depois conquistar o mérito da salvação. É o negativo da teologia da prosperidade, o reverso do mesmo fenômeno. Se você já não tem o sucesso para proclamar a riqueza como sinal de santidade, faça de sua miséria e precariedade o caminho da salvação.

No fundo, é um recurso mágico: quanto mais você sacrificar a autoestima, automaticamente o vazio será preenchido com poder divino. É um pelagianismo inverso: você não conseguirá a salvação com as conquistas do seu poder, mas sim com o poder de se humilhar e se submeter. Paradoxalmente, usa-se a miséria como poder.

E o que sempre acompanha essa hiper-humilhação é a exaltação do poder do pastor. Quanto mais empobrece moralmente as pessoas, mais poder (e dólares) se coloca em suas mãos como mediador de Deus. Uma pessoa deve infamar-se mais e submeter-se mais ao poder não apenas de Deus, mas também do líder, do clérigo ou do pregador.

Nos Estados Unidos, se generalizou entre as populações afro-americanas mais deprimidas como sublimação de sua miséria social, e depois se espalhou como um modo de consolo e legitimação da desigualdade mais obscena do mundo. Sob a capa de humildade, busca-se levar as pessoas ao poder que psicologicamente compense tanta precariedade. Em vez de levar as pessoas à luta social, converte a miséria em culpa do indivíduo, que aprende a indefesa, se humilha ainda mais, tem ainda mais desprezado o que nele há de criação divina, dada, inata, permanente, inquebrantável.

Nunca o miserabilismo nem a submissão trouxeram justiça e paz. Nos tempos em que vivemos, é necessário estar vigilantes porque uma nova cultura autoritária está em posse dos maiores poderes do mundo, sejam telas, modelos educativos ou tentadoras espiritualidades a serviço do cru poder. E sinto, após escrever isso, que a única via para nos curarmos e permanecermos atentos é aprofundar na espiritualidade eucarística da mesa comum estendida e aberta na praça do povo.

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