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BB, Bradesco e Itaú lideram ranking global de financiamento antiambiental

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22 Outubro 2024

Maior parte do crédito liberado é destinada para as indústrias da soja e da pecuária bovina, setores com amplo histórico de violações socioambientais na Amazônia e no Cerrado brasileiro.

A reportagem é de Igor Ojeda, publicada por Repórter Brasil, 21-10-2024.

Banco do Brasil (BB), Bradesco e Itaú Unibanco lideram um ranking global das 30 instituições bancárias que mais concederam créditos para 159 empresas de produção de commodities com risco de desmatamento que operam na América do Sul, Sudeste Asiático e África Central e Ocidental entre janeiro de 2018 e junho de 2024.

Disparado na liderança, o BB destinou, nesse período, mais de 95 bilhões de dólares, especialmente para os setores de soja (47 bilhões de dólares) e carne bovina (45 bilhões). Em seguida, vem o Bradesco (um total de mais de 14,5 bilhões de dólares) e o Itaú Unibanco (12 bilhões de dólares no total).

Os dados estão presentes no relatório “Financiando o colapso da biodiversidade. Rastreamento de bancos e investidores que impulsionam o desmatamento tropical”, divulgado na última quarta-feira (16) pela Coalizão Florestas & Finanças, aliança global de organizações da sociedade civil da qual a Repórter Brasil faz parte.

O estudo analisou fluxos de créditos e participações em financiamentos a 300 empresas de seis setores de commodities – soja, carne, óleo de palma, papel e celulose, borracha, soja e madeira – cuja produção representa altos riscos de desmatamento de florestas tropicais, perda de biodiversidade e violações de direitos humanos. Um levantamento inicial foi publicado em dezembro de 2023.

“A grande maioria dos créditos – 70% – vai para a América do Sul, com as indústrias da soja e da pecuária bovina recebendo a maior fatia. Esse financiamento alimenta diretamente a destruição da floresta amazônica, um dos ecossistemas mais importantes da Terra”, afirmou à Repórter Brasil Merel van der Mark, coordenadora da Coalizão Florestas & Finanças.

Para Christian Poirier, diretor de Programas da Amazon Watch, uma das organizações que integram a Coalizão Florestas e Finanças, “os bancos brasileiros estão particularmente expostos a esses riscos ao possibilitarem que algumas das indústrias mais destrutivas que existem operem na Amazônia e em outros locais de grande biodiversidade”. “Essas instituições precisam ser rigorosamente reguladas e responsabilizadas por ameaçarem nosso futuro coletivo”, defende.

À Repórter Brasil, o BB afirmou que não financia empresas responsáveis por “dano doloso” ao meio ambiente e que possui “um framework de finanças sustentáveis totalmente alinhado ao Acordo de Paris e aos principais standards de sustentabilidade internacionais”. Diz também que “todas as operações de Custeio e Investimento contratadas pelo Banco passam por rigoroso processo de verificação Socioambiental”.

Já o Bradesco respondeu que todas as operações do programa de crédito rural do banco passam por um rigoroso processo de análise que contempla aspectos socioambientais e que cumpre integralmente todas as regras de concessão do programa. “A metodologia utiliza restritivos cadastrais para sinalizar riscos identificados a partir do cruzamento dos dados com listas públicas que dispõe sobre prática de crimes/danos socioambientais, monitoramento das áreas financiadas por satélite e visitas prévias de campo por engenheiros agrônomos para avaliação de financiamentos concedidos em áreas localizadas na região Amazônica, entre outras ferramentas de análise”, afirmou a instituição em nota enviada à reportagem.

O Itaú Unibanco, por sua vez, respondeu que segue “rigorosamente” o Código Florestal e que reafirma o compromisso com o cumprimento das leis e práticas socioambientais. “O banco mantém uma governança bastante criteriosa para a concessão de crédito para seus clientes corporativos, em especial aqueles com classificação prévia de alto risco, que passam por análises mais aprofundadas, com foco no risco socioambiental e climático”, afirma. A íntegra das respostas dos três bancos pode ser lida aqui.

Soja e carne

Segundo o levantamento da Coalizão Florestas & Finanças, desde a aprovação do Acordo de Paris, em 2015, as maiores instituições bancárias do mundo financiaram em mais de 395 bilhões de dólares os seis setores pesquisados. Mais de um quinto desse total (77 bilhões de dólares) foi desembolsado apenas entre janeiro de 2023 e junho de 2024.

Em relação à produção de soja no Brasil, o estudo menciona os problemas socioambientais causados por gigantes do setor como Cargill e Bunge, empresas ligadas ao desmatamento e à expulsão de comunidades tradicionais na Amazônia e no Cerrado em razão da expansão de suas operações.

Um dos conflitos lembrados pelo relatório é a luta do povo indígina Munduruku em defesa de seu território no Pará contra a construção da ferrovia conhecida como Ferrogrão – promovida por ambas as empresas –, o que, segundo o relatório, poderia resultar em desmatamento em grande escala e em violações dos direitos de indígenas e comunidades locais.

Ainda de acordo com o documento, comunidades tradicionais do Pará acionaram judicialmente a Cargill diante de sua intenção de construir um porto em suas terras tradicionais. Além disso, a companhia é objeto de uma queixa apresentada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no ano passado por conta de violações ambientais e de direitos humanos.

Em resposta encaminhada à Repórter Brasil, a Bunge afirma estar comprometida em desenvolver práticas agrícolas sustentáveis em todas suas cadeias de suprimentos e “apoiar projetos que protejam o meio ambiente, respeitem os direitos humanos e melhorem o bem-estar econômico de agricultores, colaboradores e comunidades locais”. “Usamos recursos disponíveis para garantir que cumpramos nossos compromissos, incluindo tecnologia de satélite de ponta para monitorar áreas prioritárias na América do Sul”, diz. A íntegra do posicionamento pode ser lida aqui.

A reportagem também enviou questionamentos à assessoria de imprensa da Cargill, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Outro exemplo “gritante” destacado pelo estudo é o da JBS, maior processadora de carnes do mundo. Entre 2018 e junho de 2024, a empresa recebeu mais de 1,1 bilhão de dólares em créditos, e em julho de 2024 contava com 719 milhões de dólares em investimentos. “O fracasso da empresa em rastrear suas cadeias de fornecimento de gado contribuiu para a pecuária ilegal em terras indígenas, incluindo a destruição de 477 quilômetros quadrados da Terra Indígena Parakanã, no Pará”, diz o relatório.

A JBS respondeu que desde 2009 avalia, por meio de monitoramento geoespacial, “milhares de potenciais fazendas fornecedoras de bovinos diariamente”. “A Política de Compras de Matéria-Prima da JBS proíbe a compra de propriedades com desmatamento ilegal, áreas de embargo ambiental, unidades de conservação e terras indígenas ou quilombolas, entre outros requisitos, como estar na Lista Suja do Trabalho Escravo”, afirma a nota à reportagem.

Marco Global da Biodiversidade

Para a Coalizão Florestas & Finanças, os números revelam como, sob a inação dos governos, as finanças globais têm impulsionado a degradação de ecossistemas tropicais e, assim, contribuído para a aceleração da crise global de biodiversidade, apesar da existência de acordos internacionais como o Marco Global da Biodiversidade (GBF, na sigla em inglês), aprovado em 2022 durante a 15ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP15), realizada em Montreal, no Canadá.

De acordo com o relatório, o “financiamento atual está alimentando a crise que está levando as florestas tropicais na Amazônia, na Bacia do Congo e no Sudeste Asiático ao colapso ecológico”. “As evidências indicam que, desde a adoção do GBF em 2022, a Meta 14 – que exige o alinhamento dos fluxos financeiros com as metas de biodiversidade – tem sido amplamente ignorada”.

A Coalizão Florestas e Finanças defende que é preciso alterar o fluxo de financiamentos de atividades ambientalmente destrutivas para soluções sustentáveis. “Os povos indígenas, guardiões de longa data da biodiversidade, são fundamentais nesses esforços, e devem ser apoiados por proteções legais e financeiras mais fortes.”

‘Greenwashing’

O relatório chama a atenção, ainda, para o que classifica como “uma falsa narrativa de sustentabilidade” das instituições financeiras, cujas práticas apresentam uma lacuna crescente entre compromissos e ações. De acordo com o documento, mais da metade dos 30 principais bancos que financiam setores ligados ao desmatamento integram iniciativas voluntárias voltadas para uma atuação que leve em conta a preservação ambiental.

No entanto, segundo os pesquisadores, não foi possível encontrar evidências que sugiram que essas iniciativas tenham restringido fluxos financeiros prejudiciais. Assim, “tais estruturas voluntárias permitem que as empresas pareçam sustentáveis enquanto continuam com práticas destrutivas”.

A Bunge é citada pelo estudo como um exemplo desta situação. Líder no comércio de soja no Cerrado brasileiro, ela integra a “Força-Tarefa sobre Divulgações Financeiras Relacionadas à Natureza” (TNFD, na sigla em inglês). “Apesar de estar ligada a mais de 60 mil hectares de desmatamento e abusos de direitos humanos, a Bunge usa a estrutura da TNFD para relatar de forma seletiva sobre os riscos relacionados à natureza, mascarando seus danos ambientais”, alerta a Coalizão Florestas e Finanças.

O relatório critica também sistemas de certificação que não garantem exigências básicas, como a de que empresas excluam de sua cadeia produtiva qualquer elo que promova desmatamento ou violações de direitos humanos. “As instituições financeiras que dependem dessas certificações são cúmplices dessa lavagem verde (greenwashing), que perpetua ainda mais os danos ambientais”, afirma o documento.

“As instituições financeiras e seus clientes corporativos têm bastante experiência na fraude do ‘greenwashing’. Ao promoverem falsas soluções, como, por exemplo, créditos de carbono e de biodiversidade, aparentam estar promovendo ações relacionadas a questões climáticas e de biodiversidade, quando, na realidade, apenas encontraram uma nova forma de continuarem lucrando com a destruição”, critica Merel van der Mark.

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