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Soldados moçambicanos contratados pela TotalEnergies para proteger um campo de gás mataram pelo menos 97 pessoas em 2021

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03 Outubro 2024

O jornalista Alex Perry revela no Politico as “atrocidades” supostamente cometidas por militares a serviço da gigante francesa dos hidrocarbonetos em Moçambique: sequestros, violações, torturas e assassinatos.

A reportagem é publicada por La Marea/Climática, 27-09-2024. A tradução é do Cepat.

A companhia francesa de combustíveis fósseis TotalEnergies contratou soldados moçambicanos para proteger um campo de gás fóssil na península de Afungi. Durante esta missão, teriam assassinado 97 pessoas no verão de 2021, segundo o relato do massacre publicado no Politico, assinado pelo jornalista estadunidense Alex Perry. Este número corresponde às vítimas confirmadas, mas há entre 80 e 150 outras vítimas que não puderam ser identificadas.

Todas pertenciam à população local e se encontravam no meio do fogo cruzado entre as Forças Armadas moçambicanas e os milicianos do ISIS. Quando fugiram de suas casas em busca de refúgio junto aos soldados, foram considerados como fazendo parte da insurreição islâmica.

“Eles separaram os homens – um grupo de 180 a 250 pessoas – das mulheres e crianças. Depois, meteram os prisioneiros em contêineres, espancando-os, chutando-os e dando-lhes coronhadas”, diz Perry no seu relatório. “Os soldados mantiveram os homens nos contêineres durante três meses. Eles foram espancados, sufocados, privados de alimentação, torturados e finalmente assassinados. No final, apenas 26 prisioneiros sobreviveram”, acrescenta.

Perry reuniu essas informações entrevistando sobreviventes e testemunhas do massacre. A reconstrução dos acontecimentos aponta para a culpa de um comando liderado por um oficial que afirmava agir para “proteger o projeto da Total”.

Zona de conflito

Tanto a TotalEnergies como a ExxonMobil investiram em campos de exploração de gás naquela região de Moçambique. Estima-se que tenha sido o maior investimento privado já feito na África: 50 bilhões de dólares. Os seus projetos, no entanto, foram interrompidos em 2021 devido a ataques de rebeldes islâmicos. Mais de 1.000 pessoas morreram, incluindo alguns empreiteiros.

Como denunciaram recentemente 124 organizações de Moçambique e do resto do mundo numa carta aberta, aquele massacre foi consequência de um desequilíbrio produzido pela “pressão” que a TotalEnergies colocou sobre o governo moçambicano para proteger o seu investimento: “Mais de 800 soldados protegiam a área da TotalEnergies em Afungi, enquanto pouquíssimas forças de segurança protegiam a cidade [Cidade Delgado] e os civis”.

“O segundo banho de sangue – revela Alex Perry – não foi perpetrado pelos islamistas, mas por uma unidade militar moçambicana que operava a partir do posto de controle da TotalEnergies”.

A multinacional francesa nega qualquer responsabilidade pelo massacre. Perry fez contato com altos funcionários da TotalEnergies, que lhe disseram que não tinham conhecimento dos fatos. Mesmo que, “dada a gravidade das alegações, tenhamos levado a sua mensagem muito a sério”, responderam.

A TotalEnergies controlava uma área equivalente ao tamanho da ilha de Manhattan, onde foram construídos uma fábrica de liquefação de gás, um porto, um aeroporto e alojamentos para 15 mil trabalhadores. Cercaram-na com uma cerca dupla de segurança de quatro metros de altura, com diversas torres de vigilância. Sua proteção ficava a cargo de soldados e agentes paramilitares moçambicanos pagos pela TotalEnergies. “Rapidamente, esta vasta fortaleza secreta levantada no fim do mundo foi apelidada de ‘Totalândia’”, explica Perry.

Os números do massacre

Acompanhado por uma equipe de pesquisadores, o jornalista americano conseguiu reunir números sobre o massacre, embora apenas de forma aproximada. “Sabíamos que não poderia ser mais do que um relato parcial do que ali acontecia”, confessa.

Contabilizaram 97 pessoas assassinadas, entre as quais 75 homens e 22 mulheres. Eles tinham entre 18 e 58 anos. Os militares espancaram nove pessoas até a morte, atiraram em 10, asfixiaram 12 em contêineres e desapareceram com outros 26. Das restantes 40 vítimas não há vestígios e são dadas como mortas “após terem sido vistas pela última vez sob a custódia do exército”. Além disso, a equipe de Perry identificou uma mulher que foi estuprada por seis soldados e que conseguiu sobreviver.

Os crimes cometidos nas dependências da TotalEnergies e por pessoas a serviço da TotalEnergies atingem não só o presidente da empresa, Patrick Pouyanné, mas também diversas entidades públicas que participaram do financiamento do projeto. Para começar, o Banco Público de Investimento (Bpifrance), mas também, agora, o EXIM (Estados Unidos), o Banco Japonês de Cooperação Internacional, o UK Export Finance (Reino Unido) e o Grupo SACE (vinculado ao Ministério da Economia da Itália). Todas são empresas de crédito público que investiram dinheiro (cerca de 15 bilhões de dólares) na retomada do projeto de Moçambique. Um projeto que mergulhará mais uma vez o país na insegurança, como explica o biólogo Daniel Ribeiro, da Ong Justiça Ambiental, em entrevista ao Reporterre.

“A simples presença da TotalEnergies na região coloca as pessoas em perigo”, afirma Ribeiro, e não só porque grande parte das forças de segurança moçambicanas seja colocada a serviço da empresa francesa em detrimento da população local. “Mais de 80% da população de Cabo Delgado é constituída por pescadores ou agricultores. Dependem do acesso que possam ter à terra e aos ecossistemas. Se quebrarmos esta ligação, torna-se um fator social de instabilidade”.

Mas nada disto parece preocupar o capitalismo fóssil, ainda preso à dinâmica empresarial mais típica do século XIX. Como explicou Mickaël Correia no seu livro Criminosos Climáticos, “os atuais megaprojetos da Total de extração de gás na costa de Moçambique ou de exploração de campos petrolíferos em Uganda, na região dos Grandes Lagos, inserem-se perfeitamente na lógica e nas estruturas da dominação colonial da civilização ocidental”.

Leia mais

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