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O impacto do fogo nos animais do Pantanal

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04 Setembro 2024

Incêndios no bioma causam mortes de onças e outros bichos e devem provocar impactos a longo prazo sobre diversas espécies, muitas delas ameaçadas de extinção.

A reportagem é de Maurício Frighetto, publicada por DW, 03-09-2024.

Após a onda de incêndios que atingiu o Pantanal no início de agosto, profissionais do Onçafari encontraram a onça Gaia, de 11 anos, carbonizada.

"Foi uma das cenas mais difíceis e cruéis que presenciei na vida, arrasando não só meu coração como de toda a equipe", descreveu o biólogo e guia Marcos Ávila.

A preocupação então recaiu sobre o paradeiro da filhote dela, Malala. No dia 21 de agosto, ela foi avistada. Havia sobrevivido e brincava solitária com um peixe em uma pequena poça de água enlameada.

Os incêndios no Pantanal estão causando a morte de onças, como a Gaia, além de inúmeros outros animais.

Especialistas alertam que será muito difícil estimar a quantidade de macacos, cotias, tamanduás, cobras, jacarés, lagartos, entre tantos outros, que foram mortos queimados.

Os que sobrevivem, como Malala, devem enfrentar um cenário com menos recursos, tanto da flora quanto da fauna, além dos reflexos de uma seca severa. Tudo isso coloca em risco indivíduos e espécies, muitas delas ameaçadas de extinção.

Em 2020, quando a pior tragédia causada pelo fogo atingiu o Pantanal, um estudo calculou que cerca de 17 milhões de vertebrados morreram. Neste ano, os incêndios, que começaram mais cedo, podem atingir uma área ainda maior devido à seca e às mudanças climáticas.

Até agora, de acordo com dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), a área queimada é de cerca de 2,4 milhões de hectares, aproximadamente 16% do bioma.

Estudo constatou um quadro de falta de água em diversos pontos da Transpantaneira, no Mato Grosso. Foto: André Bittar/Onçafari

"O bicho que você imaginar, nós achamos carbonizados"

No fim de julho, um caminhão atolou na areia em Nhecolândia (MS), a cerca de 90 km de Corumbá (MS), e pegou fogo. As chamas logo se alastraram devido à seca. Com os ventos, desceu ao sul, atingindo 80% da Caiman, uma propriedade de 53 mil hectares que abriga organizações de conservação da biodiversidade como o Onçafari e o Instituto Arara Azul.

Quando o ex-piloto Mario Haberfeld fundou o Onçafari, há 13 anos, o fogo não era um problema. Em 2019, no entanto, o cenário mudou. Um grande incêndio atingiu a propriedade e gerou preocupação. Desde então, empresários e moradores da região passaram a se preparar para combater o evento extremo.

Nada adiantou desta vez. "Nos outros incêndios, achávamos, infelizmente, cobras, lagartos e alguns jacarés que não conseguiram fugir. Mas desta vez foi impressionante. Até onça, macaco, tamanduá não conseguiu fugir. O bicho que você imaginar, nós achamos carbonizados", contou Haberfeld.

Mesmo sendo um bicho ágil e rápido, pelo menos três onças morreram carbonizadas: Gaia e dois filhotes que foram encontrados em uma fazenda vizinha.

Outros três felinos da mesma espécie foram resgatados com patas queimadas e problemas pulmonares: Miranda e Antã estão sendo tratadas no Hospital Veterinário Ayty, em Campo Grande (MS); e Itapira, no Instituto Nex, em Corumbá de Goiás (GO).

Até agora, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, 577 animais silvestres foram resgatados no Pantanal.

Recinto das onças destruído

O fogo também atingiu um recinto de 10 mil metros quadrados onde foi realizado, há oito anos, o primeiro processo bem sucedido do mundo de reintrodução de onças na natureza. Na época, duas filhotes, chamadas Isa e Fera, perderam a mãe e estavam destinadas a passar a vida em cativeiro.

Isso porque as onças aprendem a caçar com a mãe até cerca de dois anos de idade. "Tivemos que criar protocolos, métodos para ensiná-las a caçar. E, para complicar um pouco, sem que elas vissem os seres humanos", explicou Haberfeld. Após um ano de treinamento, elas retornaram à natureza, onde procriaram e tiveram filhotes.

O Onçafari, que conta com outras três bases no Pantanal, teve um prejuízo de R$ 2,5 milhões. Para reconstruir o que foi perdido, lançou a campanha Recupera Pantanal. Além do impacto financeiro e na vida dos animais, Haberfeld prevê outras consequências de longo prazo.

Com a morte de tantos animais que são alimento para as onças, é possível que falte comida aos felinos. "Dessa vez o fogo atingiu tanto outros animais que não sei como isso vai afetar a cadeia alimentar das onças", falou. Se isso acontecer, elas podem caçar o gado da região, criando conflito com produtores rurais.

Araras azuis em risco

A bióloga Neiva Guedes descreveu o fogo que atingiu a Caiman como o pior em três décadas de Pantanal. A presidente do Instituto Arara Azul acredita que a espécie pode voltar à categoria ameaçada de extinção, da qual havia saído em 1994.

Na década de 1990, os pesquisadores identificaram 60 ninhos naturais e instalaram outros 60 artificiais. "Nós duplicamos a capacidade de reprodução das araras, tornando o local um centro de reprodução. Araras de outras áreas acabam vindo para a Caiman para se reproduzirem", explicou.

A população de araras-azuis começou a aumentar e se espalhar para outras regiões. Até que, em setembro de 2019, um incêndio que durou 17 dias chegou a queimar ovos e filhotes recém-nascidos. Nos anos seguintes, outros episódios com fogo impactaram a vida das aves, com efeitos sentidos até hoje.

"As araras ficam com baixa imunidade e um desenvolvimento mais lento. Ocorre um maior aumento de lesões na pele, afeta os locais de alimentação, diminui a oferta de alimentos, cresce a disputa por cavidades [onde são feitos os ninhos]. Enfim, os incêndios afetam todas as relações", avaliou. Na região, atualmente, há cerca de 700 aves.

Neste ano, o fogo chegou mais cedo, no início de agosto, quando 21 ovos tinham sido colocados pelas aves, sendo que quatro foram queimados.

"Quando o fogo chega, as araras-azuis voam. Se a ave está com um ovo, ela tenta ficar o máximo que aguenta no ninho. Mas na hora que vem mesmo o fogo, ela sai. A gente nunca encontrou aves adultas mortas", relatou.

Devido ao incêndio de 2024, somado com os eventos extremos dos anos recentes, Guedes acredita que as aves voltem à categoria ameaçada de extinção – atualmente são consideradas vulneráveis.

O pior problema neste ano foi o impacto nas fontes de alimentação desta espécie. As araras-azuis comem a castanha de duas palmeiras, a Acuri e a Bocaiúva. Com a maioria destas árvores queimadas, Guedes disse que o instituto terá que oferecer a alimentação por cerca de um ano e meio.

Onça-pintada é uma das espécies brasileiras quase ameaçada de extinção. Foto: André Bittar/Onçafari

"Já chorei muito, mas acho que sou forte e resiliente igual as araras", afirmou. "A gente vem numa batalha para salvar, às vezes, um indivíduo, um filhote. É muito dolorido quando acontece essa destruição em um ambiente que é um verdadeiro oásis."

"Mas tenho que agir o máximo que posso. Como as araras só sabem gritar, eu quero levantar a voz por elas. Porque sei que ajudando elas eu estou ajudando a biodiversidade e as pessoas que vivem no local ou mesmo nas cidades."

Sede desafia a região transpantaneira

Além do fogo, os animais convivem com a sede e a desidratação. Uma análise do grupo de Resposta a Animais em Desastres (GRAD-Brasill) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) constatou um quadro de falta de água em diversos pontos da Transpantaneira, no Mato Grosso (MT).

O relatório, divulgado em 6 de agosto, usou armadilhas fotográficas e monitoramento por helicóptero para identificar possíveis fontes de água nas proximidades. O estudo mostrou espécies endêmicas e ameaçadas de extinção como antas, macacos-prego-de-azara, cervos-do-Pantanal, tamanduás-bandeiras e onças-pintadas disputando água em locais com pouco líquido e muita lama.

"A gente propôs fazer o fornecimento de água nesses pontos específicos onde tinha muitos animais procurando água, ficando atolado na lama", disse Enderson Barreto, médico-veterinário e diretor do GRAD-Brasil.

Em nota enviada à DW, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) afirmou que "monitora a Transpantaneira diariamente e até o momento não identificou a necessidade de fazer a suplementação hídrica dos animais no local".

"A secretaria se baseia em estudo técnico que evidencia que ao colocar água em locais mais secos, neste período de fogo iminente, acaba criando possíveis armadilhas que oferecem risco por serem áreas de maior probabilidade de incêndio florestal."

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso, que mediou uma reunião entre as duas visões antagônicas, notificou à Sema "para que realize ações preventivas a fim de minimizar os danos já suportados pela fauna silvestre local e garantir a sua sobrevivência". Recomendou ainda o abastecimento de pontos sem água na Transpantaneira.

"A situação está alarmante e se agravando, e o governo do estado tem o entendimento de que não é necessário fazer nenhum tipo de intervenção porque a seca é normal", frisou o médico-veterinário e diretor do GRAD-Brasil. "A própria comunidade local está ficando bem revoltada com a situação."

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