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A Igreja e as terapias para curar a homossexualidade: “Eu queria morrer, depois os denunciei”

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30 Agosto 2024

Luca Bocchi havia iniciado o caminho da “cura” com um psicólogo ligado ao seminário de Modena. Ele apresentou uma denúncia no departamento de abusos da Cúria. Aguarda por justiça, mas o direito canônico é um obstáculo

A reportagem é de Alessia Arcolaci, publicada por Domani, 28-08-2024. Tradução de Luisa Rabolini.

“Pensei em suicídio várias vezes”. Luca Bocchi diz isso enquanto segura em suas mãos um caderno com páginas cheias de seus pensamentos escritos com caneta azul. De vez em quando, ele procura palavras, coloca as frases em ordem. Nós o encontramos enquanto Bolonha transpira pelo calor do verão. Subimos pelos pórticos vermelhos que levam ao santuário da Santíssima Virgem de San Luca, paramos sob as árvores da Villa San Giuseppe, a casa dos jesuítas em Bolonha. Luca está lá com outros jovens do projeto Cristãos Lgbt+, do qual ele é um dos fundadores.

Quando pensou em tirar a própria vida, Luca havia parado há algum tempo de seguir um tratamento de psicoterapia, para o qual havia sido encaminhado por um amigo que, como ele, havia crescido na Ação Católica em Mirandola e que dizia estar “curado” da homossexualidade.

“O psicólogo que me acompanhava exercia sua profissão e era ligado ao seminário de Modena. Ele chamava sua terapia de 'superação' porque sustentava que a homossexualidade era um bloqueio, uma forma adolescente de sexualidade. Depois da masturbação e antes da heterossexualidade, havia a homossexualidade. Essas eram as teorias defendidas pelo autor e sacerdote Amedeo Cencini'. Este último, depois de ter afirmado durante anos que a homossexualidade é uma patologia, recentemente revisou um pouco suas posições. Talvez também motivado pelas pressões e pelas denúncias recebidas pela Ordem dos Psicólogos do Vêneto, à qual ele pertence.

Luca começou a fazer terapia em resposta à necessidade de se sentir aceito. “Eu tinha 20 anos e não havia me assumido para minha família. A vida que eu levava em Ferrara, onde estava estudando e tinha um namorado, era quase clandestina. Eu havia crescido entre a paróquia e a escola dominical, dentro da Ação Católica, onde também havia ocupado cargos de responsabilidade. Dentro de mim, eu esperava que talvez pudesse realmente me curar e levar uma vida que estivesse de acordo com a educação que havia recebido, normal, pode-se dizer?”.

“Procure uma prostituta”

A terapia a que Luca foi submetido tinha como centro a técnica do treinamento autogênico. “Trabalhamos sobre as fantasias, sobre a erotização. O psicólogo me fazia falar sobre meus impulsos e usava o treinamento para criar em mim um sentimento de aversão à figura masculina. Ele me disse para fazer exames de sangue para verificar meu nível de testosterona e também me aconselhou a procurar uma prostituta. Felizmente, eu não tinha dinheiro e não fui”.

Depois de cinco meses, o terapeuta de Luca morreu repentinamente. Assim, eu me vi convencido de que era heterossexual, no meio de uma psicoterapia que eu não sabia como continuar”. Quando Luca foi ao centro de aconselhamento familiar de Ferrara para explicar sua situação e encontrar um terapeuta substituto, ele se deparou com o primeiro verdadeiro impacto com a realidade.

“Eles me disseram que não faziam esse tipo de terapia e que não era reconhecida cientificamente de forma alguma. Decidi então que não queria mais saber nada sobre o tratamento e voltei a viver meu relacionamento, mas com efeitos colaterais pesados: culpa, desprezo por mim mesmo a ponto de sabotar meu corpo, comportamento sexual de risco, falta de autoestima, depressão, distúrbios alimentares, ideias suicidas”. Por cerca de nove anos, Luca viveu uma vida suspensa sem realmente entender o motivo, sem falar sobre isso com sua família, perdendo muitas amizades.

Em 2018, ele foi expulso da Ação Católica por ser homossexual.

“Dez anos após o término das terapias, durante uma reunião de escoteiros para a qual eu havia sido chamado para dar meu testemunho, me fizeram uma pergunta relacionada ao período em que eu estava em terapia. Desatei a chorar, estava tremendo, não conseguia mais falar e, naquele instante, revivi tudo e percebi que havia sofrido um abuso e não havia elaborado isso. Até aquele momento”. Depois de alguns dias, Luca conheceu uma sexóloga e, iniciando um caminho com ela, percebeu que seus traumas e se desprezo por si mesmo estavam ligados às terapias reparadoras a que havia se submetido dez anos antes. E ele denunciou.

“Liguei para o departamento de abusos da minha diocese e contei tudo. Agora meu caso passou para os advogados da Cúria, mas está bloqueado por causa do direito canônico. Para me proteger, contei sobre as terapias no confessionário porque sabia que era uma situação protegida. O sacerdote que me encaminhou ao terapeuta foi interrogado, mas, segundo o direito canônico, aquele segredo é inviolável. Tenho uma testemunha que poderia me ajudar, mas é um ex-seminarista, com um tio que é padre. Não se sente preparado para isso”.

Tentamos falar com os advogados que estão acompanhando o caso de Luca, mas até agora não recebemos respostas. “Minha vida agora já está marcada, para mim basta que, ao ler minha história, outros garotos e garotas tenham a coragem de falar e pedir ajuda”. Enquanto isso, nos últimos meses, foi lançada uma coleta de assinaturas pelas principais associações LGBT+, no site meglioacolori.it, para um projeto de lei contra as terapias reparadoras.

Edoardo e os Focolares

As histórias escondidas ligadas às terapias reparadoras na Itália são muitas. “Quando tratamos do tema em nossas redes sociais, acontece de alguém nos escrever e começar a contar”, fala Edoardo Zenone, responsável do grupo Cristãos Lgbt+. “Estamos à disposição para isso e abrimos um balcão on-line com o objetivo de dar apoio àqueles que possam precisar. Também de forma anônima”. 

Edoardo fazia parte do Movimento dos Focolares e, quando decidiu falar sobre sua homossexualidade, também foi aconselhado a iniciar um percurso de psicoterapia. Mas ele saiu antes. “Acreditamos que não é papel do Movimento dos Focolares, como tal, validar ou não, apoiar ou não, qualquer tipo de terapia ou linha terapêutica, inclusive as terapias reparadoras”, responde Stefania Tanesini, porta-voz do Movimento dos Focolares.

“De fato, o Movimento está ciente de que até mesmo a escolha da terapia psicológica e do terapeuta são da alçada privada de cada pessoa. Tal decisão exige a máxima liberdade pessoal e a consciência da responsabilidade que a acompanha”.

Ao longo dos anos, seguiram-se testemunhos de ex-membros, mas também de membros do Movimento que denunciaram abusos e terapias reparadoras. O próprio Movimento esteve no centro de uma investigação interna que revelou abusos contra menores e adultos vulneráveis. “No passado, ou mesmo recentemente, pode ter havido indivíduos ligados ao Movimento que operam ou operaram profissionalmente no campo do acompanhamento psicológico, que, sob sua própria responsabilidade profissional e pessoal, sugeriram terapeutas ou terapias a algumas pessoas, ou deram conselhos a esse respeito”.

E sobre os abusos, especifica: “Acrescento também que há alguns anos o Movimento está em um caminho de discernimento, principalmente em relação à grave praga dos abusos sexuais de menores e dos abusos de consciência, espirituais e de poder, que o afetaram. É certamente uma jornada difícil, dolorosa, mas necessária. Como já admitimos em várias ocasiões, reconhecemos que foram cometidos erros graves que não queremos repetir”. 

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