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Conhecer o divino torna as sociedades fortes: se falta a religião, falta a humanidade. Artigo de Vito Mancuso

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19 Agosto 2024

"Para Hegel, e antes disso para Plutarco, o declínio da religião acompanha o declínio da política. Ambos sinalizam o estado de saúde do espírito humano em relação à história: quando o espírito está saudável, produz uma religião e uma política que fazem evoluir a história e a natureza; quando, por outro lado, o espírito está fraco e doente, é a história e ainda mais a natureza que assumem o controle, reduzindo tudo a uma luta cruel pela sobrevivência de um contra o outro", escreve Vito Mancuso, ex-professor da Universidade San Raffaele, de Milão, e da Universidade de Pádua, em artigo publicado por La Stampa, 15-08-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O arcebispo de Turim, Roberto Repole, disse há alguns dias neste jornal: “A baixa adesão dos jovens à experiência cristã me faz pensar que a Igreja hoje não é mais percebida como um recurso espiritual”. Há dois mil anos, Plutarco, historiador, filósofo e sacerdote do templo de Delfos, se perguntava: “Por que os templos dos deuses estão desertos?”. Em palavras diferentes, é a mesma constatação. Em outro lugar, Plutarco relatou o grito de desespero que anunciava ao mundo a morte do deus Pã, o mais pagão dos deuses e, portanto, a morte do paganismo, observando o declínio lento, mas imparável, da civilização clássica: ele tinha percebido corretamente, porque quatro séculos depois o declínio culminaria nas invasões bárbaras e na instauração de outra civilização. Hoje, essa civilização que se estabeleceu e que com uma palavra podemos chamar de europeia, ou seja, a nossa civilização, por sua vez está mostrando sinais de um declínio que talvez seja igualmente imparável.

Um dos primeiros atestados do declínio da Europa cristã data de dois séculos atrás, quando Hegel, em suas palestras na Universidade de Berlim, afirmava “Poderíamos ter a ideia de estabelecer uma comparação com a época do Império Romano, quando o racional e o necessário se refugiavam apenas na forma do direito e do bem-estar privado, porque a unidade geral da religião havia desaparecido, assim como a vida política geral, e o indivíduo, perplexo, inativo e descrente, preocupava-se apenas consigo mesmo e não com o que é em si e para si, que era abandonado até mesmo no pensamento.” Para Hegel, e antes disso para Plutarco, o declínio da religião acompanha o declínio da política. Ambos sinalizam o estado de saúde do espírito humano em relação à história: quando o espírito está saudável, produz uma religião e uma política que fazem evoluir a história e a natureza; quando, por outro lado, o espírito está fraco e doente, é a história e ainda mais a natureza que assumem o controle, reduzindo tudo a uma luta cruel pela sobrevivência de um contra o outro. “Bellum omnium contra omnes”, para usar a célebre expressão de Thomas Hobbes: “Guerra de todos contra todos”.

Hegel continuava: “Assim como Pilatos perguntava: ‘o que é a verdade?’, hoje em dia as pessoas buscam bem-estar e prazer privados. É hoje comum um ponto de vista moral, uma forma de agir, opiniões e convicções absolutamente particulares, sem veracidade, sem verdade objetiva. Tem valor o oposto: eu só reconheço o que é uma minha opinião subjetiva”. E concluía: “Não sabemos, não conhecemos nada sobre Deus”. Não é verdade? Acredito que cada um de nós tem evidências diárias desse estado de coisas para o qual vale apenas a vontade subjetiva, na completa ausência de um cânone objetivo que regule a ética, a estética, a educação e as outras expressões da subjetividade humana. Só ficou o direito para nos manter unidos, mas só o pode fazer e o faz graças à força. O resultado é que nossa civilização é atravessada por uma crescente litigiosidade e conflitualidade, estamos nas garras da raiva e da ira, de uma agressividade sem limites que gera intermináveis querelas, causas, sentenças, recursos e apelos, e um estado geral de ansiedade, medo, pânico (um termo derivado de Pan, para significar que o antigo deus, na realidade, de forma alguma está morto). Faltando a religião, falta a humanidade; e faltando a humanidade, faltam as condições para nos entendermos, a partir das palavras e das boas maneiras, e assim viver juntos, se não como sócios, pelo menos como bons vizinhos. Mas nós não somos bons vizinhos uns dos outros, somos estranhos: estranhos morais, o mais alto grau de estranheza. E estamos reduzidos a isso porque, como dizia Hegel, “não sabemos mais nada sobre Deus”.

Uma civilização é tanto mais forte quanto mais conhece o divino, e tanto mais fraca quanto mais o ignora.

Obviamente, não se trata de uma questão de conhecimento catequético e doutrinário; trata-se mais daquela experiência concreta e existencial que leva o ser humano a ter no centro de seu coração um altar, um espaço ideal que o faz reconhecer e venerar algo mais importante do que seu próprio interesse particular ou “prazer privado”. O compartilhamento comum desse altar transforma uma massa anônima de indivíduos em um conjunto de sócios, uma sociedade; e os indivíduos, dessa forma, transcendem seu próprio interesse particular e dão origem a uma civilização, um termo que em latim, significativamente, é humanitas.

Hoje, porém, a ausência de religio acompanha a ausência de societas e de humanitas. O mundo inteiro sofre com isso, mas particularmente o Ocidente, o território mais secularizado e, portanto, o mais desenraizado.

O problema levantado pelo arcebispo de Turim tem, portanto, uma dimensão que vai muito além da dimensão religiosa: ou seja, não se trata da sobrevivência de uma religião em particular e da instituição que a representa; trata-se, muito mais profundamente, da sobrevivência de uma civilização, a nossa civilização, e da saúde psíquica e existencial de cada um de nós, a começar pelos nossos jovens, que são as primeiras vítimas dessa falta de ideais, de esperança, de visões, de confiança. Houve um tempo em que o cristianismo pensava que poderia se propor como um remédio para os males do mundo, mas hoje ele é parte do problema. Tinha constatado isso o Cardeal Carlo Maria Martini há quase vinte anos: “No passado eu tinha sonhos para a Igreja. Uma Igreja que segue seu próprio caminho na pobreza e humildade... que dá espaço a pessoas capazes de pensar mais abertamente. Uma Igreja que infunde coragem, especialmente naqueles que se sentem pequenos ou pecadores. Eu sonhava com uma Igreja jovem. Hoje não tenho mais esses sonhos” (de Diálogos noturnos em Jerusalém). A gravidade da crise se manifesta pelo fato de que na Igreja parecem faltar as mentes capazes de perceber as dimensões do problema. Ainda acreditam que alguns ajustes aqui e ali, algumas meias-aberturas mais de fachada do que de substância, como as propostas pelo pontificado do Papa Francisco, sejam suficientes. A situação, no entanto, é aquela fotografada pelo arcebispo de Turim: “Vivemos um cristianismo que não oferece verdadeiros caminhos de espiritualidade”. Mas se uma religião não oferece verdadeiros caminhos de espiritualidade, para que serve? É como manter aberto um restaurante que não oferece comida.

Concluirei citando novamente o pensamento do Cardeal Martini: “Sempre me entusiasmou Teilhard de Chardin, que vê o mundo caminhando em direção à grande meta, onde Deus é tudo em tudo... A utopia é importante: somente quando você tem uma visão é que o Espírito eleva acima dos conflitos mesquinhos”. A última coisa que estou interessado são os conflitos mesquinhos. Se tomei a liberdade de retomar e comentar as afirmações do arcebispo de Turim, foi para contribuir para tentar encontrar uma nova utopia, já que a que governou as mentes cristãs durante séculos, ou seja, a cristianização do mundo, acabou. Hoje, ninguém mais pode licitamente esperar que o mundo inteiro se torne cristão. É por isso que não é mais sustentável afirmar que “não há outro nome em que haja salvação exceto Jesus Cristo”. Não está ultrapassado apenas o axioma “extra Ecclesiam nulla salus” (não há salvação fora da Igreja), mas também o axioma ainda mais decisivo “extra Christum nulla salus”. A salvação (do pecado, do niilismo, do mal, da iniquidade, da guerra interior que devora os nossos corações) chega a todos aqueles que a buscam invocando os nomes que cada um conhece e vivendo de acordo com o espírito de amor e da justiça.

É o Espírito que assim o deseja, aquele Espírito que guia o mundo e sempre fala por meio de seus grandes profetas, de Joaquim de Fiore a Teilhard de Chardin e Carlo Maria Martini e muitos outros nomes abençoados.

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