17 Novembro 2022
No segundo dia de visita ad limina, os párocos alemães apresentaram ao cardeal prefeito para o Clero, Heung-sik, a decisão do Caminho Sinodal apoiada em setembro passado em Frankfurt por 92% dos delegados e 83% dos bispos. Também recebido na Congregação para os Bispos, acredita-se que o cardeal Ouellet discutiu a grave situação da Arquidiocese de Colônia, cujo pároco, Rainer Maria Woelki, renunciou devido a uma grave crise de confiança por parte de seus diocesanos.
A reportagem é de José Lourenzo, publicada por Religión Digital, 16-11-2022.
Em sua segunda visita ad limina, os bispos alemães foram "examinados" na Congregação para os Bispos, presidida pelo cardeal canadense Marc Ouellet, e no Clero, perante cujo presidente, o cardeal sul-coreano, Lazarus You Heung-sik, apresentaram, como haviam anunciado, as decisões adotadas em outubro passado na quarta assembleia do Caminho Sinodal sobre a admissão dos homossexuais ao sacerdócio, algo que hoje não são considerados os homens com uma "inclinação homossexual profundamente arraigada".
No entanto, na mencionada assembleia daquele processo de reforma eclesiástica na Alemanha após o escândalo dos abusos sexuais, esse pedido foi amplamente apoiado pelos delegados episcopais, sacerdotais, religiosos e leigos.
De fato, o documento "Reavaliação magistral da homossexualidade", que contempla o pedido de ordenação de gays, foi aprovado por 92% dos delegados e 83% dos bispos, o que indica que a maioria dos bispos que visitaram os escritórios da O Departamento para o Clero ontem teve sua posição bem estabelecida. Até agora, nada saiu da reunião de ontem.
Encontro com Ouellet: o caso Woelki em cima da mesa
O encontro com Ouellet também não foi revelado, embora, como coleta o portal, acredita-se que entre os temas do debate esteja a grave situação pela qual passa a Arquidiocese de Colônia, cujo pároco, o cardeal de Colônia, Rainer Maria Woelki, "ele ofereceu sua renúncia na primavera devido a uma profunda crise de confiança na arquidiocese, mas o Papa ainda não se decidiu.
“A crise na maior diocese da Alemanha também se estende a outras dioceses devido à sua forte presença na mídia, razão pela qual a Conferência Episcopal não a considera um mero ‘assunto interno da Arquidiocese de Colônia’, acrescenta o portal digital alemão.
Precisamente o polêmico Woelki é um dos dois bispos (dos 27 que compõem a Conferência Episcopal Alemã) que votaram contra em segunda leitura (onde o voto dos párocos é obrigatório) dos quatro documentos apresentados na quarta assembleia do Sinodal Path, realizada em meados de setembro em Frankfurt. O outro era Florian Wörner, bispo de Augsburg.
Os bispos alemães permanecerão em audiência ad limina até sexta-feira, 18 de novembro, durante a qual também se encontrarão com o Papa Francisco.
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Alemanha: bispos apresentam no Vaticano a admissão de homossexuais ao sacerdócio - Instituto Humanitas Unisinos - IHU