“Efeitos colaterais” da guerra de Putin: o bloqueio no Mar Negro atrasa a disponibilidade e entrega de ajuda alimentar ao Iêmen e à Etiópia

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21 Março 2022

 

O bloqueio russo no Mar Negro, consequência imediata e direta da guerra da Rússia de Putin contra a Ucrânia, além dos efeitos horrendos que foram vistos nas últimas três semanas - mortos, feridos, refugiados, deslocados, destruição - começa a produzir outros efeitos igualmente repugnantes que, porém, não se veem, em particular em dois países, Iêmen e Etiópia, mas também noutras zonas e regiões do planeta. O Papa Francisco, condenando a guerra russa - sem mencionar o nome do país agressor e de seu governante -, citou essas duas nações que vivem uma crise alimentar extrema há anos. Como denuncia o The Guardian: "as Nações Unidas alertaram que a invasão russa da Ucrânia poderia desencadear uma fome global".

 

A reportagem é publicada por Il sismografo, 19-03-2022. A tradução é de Luisa Rabolini

 

Imagem: região do Mar Negro | Foto: reprodução

 

Imagem: geolocalização do Iêmen e da Etiópia | Foto: reprodução

O bloqueio de Moscou ao Mar Negro atrasa as exportações de grãos e alimenta temores de um maior agravamento da crise alimentar em países como o Iêmen e a Etiópia. "O relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Michael Fakhri, alertou na sexta-feira sobre o agravamento da fome. A ONU destacou: os índices globais da fome e da carestia aumentaram e certamente a situação geral irá piorar com a continuação da guerra.

 

Enquanto isso, Fakhri quis especificar que "com a invasão russa, estamos agora diante do risco de carestia-fome em vários lugares do mundo. Tudo vai piorar se a interrupção for prolongada devido aos combates em andamento, o que compromete a temporada de plantio na Ucrânia e na Rússia".

 

De acordo com o The Guardian, Michael Fakhri observou que as exportações de grãos da Ucrânia através do Mar Negro estariam completamente interrompidas. A mídia alemã também noticiou isso, citando Jörg-Simon Immerz, chefe do comércio de grãos do maior comerciante agrícola da Alemanha, BayWa, segundo o qual pelo menos 100 navios ficaram bloqueados no mar Negro e no Mar de Azov.

 

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