Amazonas e a Covid-19. Toda a equipe do barco-hospital Francisco foi infectada

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02 Março 2021

Dois barcos-hospitais enviados para comunidades remotas da região amazônica no Brasil para tratar pacientes da covid-19 tiveram operações suspensas depois de suas equipes inteiras testarem positivo para o coronavírus em 11 de fevereiro.

A reportagem Eduardo Campos Lima é publicada por Crux, 01-03-2021. A tradução é de Wagner Fernandes de Azevedo.

Operado pela “Associação e Fraternidade Lar São Francisco de Assis na Providência de Deus”, um instituto de inspiração franciscana o qual administra 74 instituições de saúde no Brasil, os barcos, nomeados Papa Francisco e Papa João Paulo II originalmente provém todos os tipos de cuidados médicos às comunidades ribeirinhas, mas iniciou o foco na covid-19 desde o começo de 2021.


O padre Nicolau Castro, coordenador da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis no hospital Providência de Deus em Juruti, deixa o hospital depois de lutar contra a covid-19. Foto: Cortesia da Associação Associação e Fraternidade São Francisco de Assis.

O epicentro de uma segunda onda da pandemia no Brasil, a região da Amazônia viu surgir novos casos ao passar dos últimos meses, e o sistema de saúde local virtualmente colapsou. Uma nova cepa do vírus foi identificada na cidade de Manaus, Amazonas, e é apontada por ser a causa do surto.

Mais contagiosa, a cepa é provavelmente a que afeta a equipe do barco-hospital, disse o técnico de enfermagem Marcelo Costa.

“Eu acredito que nós fomos infectados pela nova variante, porque tivemos sintomas atípicos, como vômito e nariz sangrando”, afirmou ao Crux.

Costa foi um dos mais afetados na equipe, que conta com 26 pessoas. Ele teve 30% dos seus pulmões atingidos pela doença e sofreu com uma forte dor de cabeça, febre alta e fadiga.

Ele explicou que o barco teve uma importante missão em janeiro depois que um rigoroso lockdown foi decretado pelo governo do estado do Pará. Eles visitaram comunidades ribeirinhas devastadas no Amazonas, tratando e transportando pacientes graves.

Em 30 de janeiro, a equipe médica e as tripulações dos barcos receberam a vacina da covid-19.

“Eu acredito que nós já estávamos infectados naquele momento. Cinco dias depois, os primeiros sintomas começaram a aparecer”, afirmou Costa.

Os médicos trataram os sintomas de seus colegas e as missões continuaram.

“Alguns de nós pensamos que foi um tipo de reação psicológica. Nós tínhamos de ser fortes, as comunidades precisam de nós”, acrescentou.

Em 11 de fevereiro, toda a equipe estava em quarentena pela doença e a missão foi suspensa. Os barcos foram à cidade de Juruti, onde a associação administra a clínica, e todos a bordo foram hospitalizados.

“Lá tivemos sete casos críticos. Eu fui desses. Eu passei sete dias no hospital”, afirmou Costa.

A íntegra desta reportagem, em inglês, pode ser lida neste link.

 

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