26 Novembro 2020
No dia de reflexão sobre a violência contra as mulheres gostaria de acender uma luz sobre a "não-violência das mulheres". Existem gestos de coragem e tomadas de posições determinadas, que só as mulheres conseguem cumprir. Nos últimos dias, Hallel Rabin, uma garota de 19 anos que por motivos de consciência se negou a cumprir o serviço militar em Israel, foi libertada após 56 dias de detenção em um programa de reeducação. Com seu gesto, ela pede que seu país ponha fim às violências cotidianas perpetradas contra as populações palestinas e reconheça o direito ao serviço alternativo ao militar para os objetores e objetoras de consciência.
O comentáro é de Tonio Dell'Olio, presidente da Pro Civitate Christiana, publicado por Mosaico di Pace, 25-11-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.
Hallel Rabin (Foto: reprodução de foto pública do Facebook)
Na carta de motivação enviada na época às autoridades israelenses, escreve entre outras coisas: “A matança, a violência e a destruição tornaram-se tão comuns que o coração se endurece e ignora. (...) O mal se tornou para nós parte da família, o defendemos, justificamos ou fechamos os olhos diante dele e evitamos a responsabilidade. (...) Não estou preparada para manter e alimentar uma realidade violenta. Não estou preparada para fazer parte de um exército sujeito à política de um governo que vai contra os meus valores (...)”. Digitem o nome dessa garota no YouTube e vocês encontrarão alguns vídeos que valem uma meditação sobre o que significa segurança, defesa, respeito e, acima de tudo, não violência. Hallel cresceu no Kibutz de Harduf e seus pais têm orgulho dela. Nós também.
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