Alemanha e o Caminho Sinodal. Do cardeal Marx a D.Bätzing: quem lidera a virada

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19 Outubro 2020

O Caminho Sinodal que se abriu em janeiro passado na Alemanha vê a maioria dos bispos alemães (cerca de sessenta ao todo) a favor de aberturas mais incisivas no que diz respeito à práxis que a Igreja Católica tem seguido até agora: o sim às mulheres sacerdotisas e a bênção às uniões entre pessoas homossexuais. Não há um líder dessa vertente, mas é evidente que entre os nomes mais significativos se destacam os do cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique e Freising e membro do Conselho de Cardeais que auxilia o Papa no governo da Igreja, e o presidente dos prelados alemães, monsenhor Georg Bätzing, que em recente entrevista ao Repubblica declarou: “Entre o povo de Deus, as razões para o 'não' à ordenação de mulheres muitas vezes não são mais aceitas”.

A reportagem é de Paolo Rodari, publicada por Repubblica, 18-10-2020. A tradução é de Luisa Rabolini.

O caminho foi iniciado no começo do ano em Frankfurt em uma reunião em que leigos e bispos trabalharam à mesma mesa, sem sujeição dos primeiros aos segundos. Não por acaso, a Missa de abertura foi concelebrada por três prelados, enquanto todos os outros se sentaram entre o povo como simples leigos, como expressão do desejo de equiparar, em alguma medida, a classe clerical e a classe leiga.

As duas orientações da Igreja, aquela mais favorável à abertura e aquela menos, não encontram as mesmas respostas em Roma. Tanto Francisco como Bento XVI são contrários à ordenação sacerdotal das mulheres.

Da mesma posição, porém, há apenas quatro ou cinco bispos alemães, entre eles o cardeal de Colônia Rainer Maria Woelki e o bispo de Ratisbona Rudolf Voderholzer. Certamente, nenhuma mudança virá do Vaticano. Apesar do fato de que há algum tempo na Alemanha há quem pense em mudar.

A impressão é que povo e clero teutônico considerem que Francisco seja o bispo de Roma mais aberto às mudanças, mas não é o caso. Numa entrevista ao Avvenire, D. Schick, arcebispo de Bamberg, confirmou a existência de dois grupos no episcopado: “Há quem proponha novas vias de anúncio; quem uma nova forma de Igreja aberta também ao sacerdócio feminino”. Sobre a possibilidade de um cisma caso os prelados não venham a conseguir impor as mudanças, Schick mostrou-se cauteloso: “Não tenho a impressão de que os membros da assembleia sejam revolucionários. Eles estão buscando um caminho para a Igreja do futuro. Todos querem melhorá-la para enfrentar esse desafio. Essa impressão e convicção me dão a confiança de que, no final, não haverá um cisma. Às vezes, para falar a verdade, tenho receio disso, mas depois a esperança retorna”.

 

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