Abusos: “A denúncia é necessária. Quem fez isso contra um menor agrediu a Cristo”, afirma Francisco

Foto: Freepik

Mais Lidos

  • Alessandra Korap (1985), mais conhecida como Alessandra Munduruku, a mais influente ativista indígena do Brasil, reclama da falta de disposição do presidente brasileiro Lula da Silva em ouvir.

    “O avanço do capitalismo está nos matando”. Entrevista com Alessandra Munduruku, liderança indígena por trás dos protestos na COP30

    LER MAIS
  • Dilexi Te: a crise da autorreferencialidade da Igreja e a opção pelos pobres. Artigo de Jung Mo Sung

    LER MAIS
  • Às leitoras e aos leitores

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

08 Setembro 2020

O Papa Francisco encoraja a denunciar os abusos sexuais. Sem especificar se a denúncia deve ser feita perante os tribunais diocesanos ou perante a polícia, ou aos dois, o pontífice reitera mais uma vez que a omissão deve ser rompida.

A reportagem é de Franca Giansoldati, publicada por Il Messaggero, 06-09-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

“A denúncia necessária sempre deve ser acompanhada de um anúncio que será bom que todos escutemos: ‘Asseguro-te que, cada vez que fizeste isso ao menor dos meus irmãos, foi a mim que o fizeste!’’”, afirmou ele, citando o Evangelho de Mateus, no prefácio que assinou a um livro intitulado “Teologia e prevenção”, um estudo teológico interdisciplinar aprofundado sobre a prevenção dos abusos na Igreja, coordenado pelo Conselho Latino-Americano do Centro de Pesquisa e Formação Interdisciplinar para a Proteção dos Menores (Ceprome), da Pontifícia Universidade do México.

Trata-se de um texto articulado que reúne diversos conteúdos assinados por psicólogos, sacerdotes, especialistas, que, do ponto de vista teológico, convidam a aprofundar “este doloroso mal do abuso sexual que ocorreu na nossa Igreja Católica”, escreve Bergoglio. O texto também deve ser traduzido para o italiano.

“Neste último tempo eclesial, tivemos o desafio de olhar para esse conflito com a cabeça erguida, de assumi-lo e sofrê-lo junto com as vítimas, suas famílias e toda a comunidade para encontrar formas que nos falam dizer: nunca mais à cultura do abuso. Essa realidade nos obriga a trabalhar na conscientização, prevenção e promoção da cultura do cuidado e proteção nas nossas comunidades e na sociedade em geral, para que ninguém possa ver violada ou abusada a sua integridade e dignidade. Lutar contra o abuso significa promover e empoderar comunidades capazes de velar e anunciar que toda vida merece ser respeitada e valorizada, especialmente a dos mais indefesos, que não têm os recursos para fazerem ouvir a sua voz.”

 

Leia mais