Faroeste sanitário

Foto: Marcello Casal / Agência Brasil

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29 Abril 2019

Em uma entrevista dada ao Buzzfeed que circulou graças às críticas ácidas feitas aos filhos de Bolsonaro, o presidente da Câmara Rodrigo Maia revela uma lógica que deve tomar conta do país com a aprovação do Orçamento Impositivo. Diz ele:

“No meu panfletinho, sabe o que faz mais sucesso? Foram minhas emendas de R$ 500 mil, R$ 1 milhão, para os hospitais. O que me deu mais voto foi isso. Era R$ 300 mil para um tomógrafo, R$ 500 mil para um aparelho, para construir novo centro cirúrgico. Isso não é velha política nem nova política, e nem toma-lá-dá-cá. Eu estou eleito para isso, o eleitor me elege para isso, para eu conseguir que tenha escola no bairro dele. Às vezes ele até erra pois ele quer coisa que não cabe ao governo federal… A política é essa. Qual a principal peça de um Parlamento? É o orçamento.”

A informação é publicada por Outra Saúde, 29-04-2019.

Quem acompanha saúde, sabe que, desde sempre, emenda parlamentar é direcionada para comprar ambulância e investir em coisas que possam ser inauguradas. Qual será o impacto disso para todas as ações e serviços menos vistosos, mas igualmente relevantes para a saúde da população? Como fica a vigilância em saúde, tão importante num país assolado por doenças transmitidas por mosquitos e infestação de animais peçonhentos, como escorpiões? E a formação de profissionais? É muito grave a crise de orientação das políticas públicas que se avizinha, especialmente dada a extrema fragilidade propositiva do governo federal. Tem tudo para ser um cada um faroeste sanitário, em que cada parlamentar decide por si e tira os investimentos da cartola.

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