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A grande coragem de ser pároco. Artigo de Gianfranco Ravasi

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20 Março 2019

“Um dos principais responsáveis, talvez o único responsável, pelo aviltamento das almas é o sacerdote medíocre.” Essa advertência surgia da pena de um escritor que compôs um dos mais afiados e dramáticos retratos sacerdotais. Foi Georges Bernanos que, em 1936, publicou aquela obra-prima que é o “Diário de um pároco de aldeia”, que também se tornou um extraordinário filme de Bresson (1950).

O comentário é do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, prefeito do Pontifício Conselho para a Cultura, em artigo publicado por Il Sole 24 Ore, 17-03-2019. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O protagonista, como se sabe, não é um atleta da fé e da virtude: tímido, desajeitado, doente de câncer, com uma tara hereditária. Porém, nele, o espírito de Deus é epifânico, até mesmo diáfano, porque é transmitido pela sua caridade, por uma interioridade humilde e sofrida, por uma oração transfiguradora, por uma proximidade absoluta com a humanidade sofredora e pecadora.

Ele morreria como o Cristo agonizante, despojado, sujo de sangue, sem o conforto de Deus, assistido apenas por um ex-padre e pela sua companheira, e será precisamente o ex-padre, que ainda tem em si e para sempre o caráter sacerdotal, que o absolveria na confissão, antes de pronunciar, expirando as suas últimas palavras: “O que importa? Tudo é graça”.

Mesmo a uma distância sideral dessa obra, sempre se registrou uma tentativa de escavar na intimidade profunda do padre católico, especialmente neste período em que foi levantado o manto hipócrita com o qual alguns deles se revestiam, tornando-se sepulcros caiados, debaixo de cujas lajes de mármore se ocultam vermes e podridão, de acordo com a bem conhecida imagem evangélica.

Na verdade, a vulgata midiática, a esse respeito, já cunhou um cânone acusatório global que ignora os percentuais (muito mais baixos do que supomos) e os direitos de tutela até a condenação certa. O fato é que o crime desses “sacerdotes celerados” (a expressão estava nas “Recordações” de [Giovanni] Guicciardini, mas dizia respeito a outro vício muitas vezes rotulado pelo Papa Francisco como a ânsia pelo poder clerical) é muito mais grave precisamente por causa da sua identidade. O exame severo, por isso, é mais do que justificado, como foi desejado pelos dois últimos pontífices.

Impiedosa e exagerada, mas com uma verdade parcial e terrível própria, é a afirmação de que um célebre contemporâneo de Guicciardini, Maquiavel, emitia nos seus “Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio”: “Temos com a Igreja e com os padres, nós, italianos, esta primeira obrigação: de termos nos tornado sem religião e maus”. Era a antecipação do axioma de Bernanos sobre o padre medíocre ou, pior ainda, perverso, causa de escândalo e de colapso da fé na comunidade eclesial.

Dizíamos que outros tentaram imitar o escritor francês, mesmo em distâncias abissais. Talvez o mais fino e positivo foi o florentino Nicola Lisi, com o seu “Diário de um pároco do interior” (1942), cujas páginas têm as cores dos “Fioretti” franciscanos. Recentemente (2017), foi a vez de um jornalista esportivo, Gianni Clerici, com seu “Diário de um pároco do lago”, que lida com os contrabandistas da região e com um abandono final do ministério sacerdotal.

O fato é que se multiplicam, ao lado dos panfletos acusatórios mais ou menos escandalizadores, os livros que tentam escavar na vida padrão de um padre para encontrar as suas crises, suas sombras e suas luzes. Às vezes, com resultados um pouco banais e de fácil consumo: é o caso, por exemplo, do sucesso registrado pelo breve romance de um jornalista francês, Jean Mercier, com seu “Il signor parroco ha dato di matto” [O senhor pároco enlouqueceu] (Ed. San Paolo, 2017). O título diz tudo, porque esse padre, amargurado pela superficialidade dos seus fiéis, só conseguirá sacudi-los encastelando-se em uma cela no jardim da casa paroquial, com uma janelinha mínima para a rua, que se transforma em uma espécie de confessionário inédito.

Algo semelhante, mas com uma densidade temática diferente, até porque o relato é autobiográfico e motivado pastoralmente, está na base do testemunho de Thomas Frings, pároco em Münster, com um título desconsolado: “Non posso più fare il parroco” [Não posso mais ser pároco].

De fato, na sua página do Facebook. em fevereiro de 2016, ele anunciou que estava “corrigindo a rota”, abandonando “o esforço inútil” de um ministério eclesial esclerosado e sem sobressaltos espirituais nos fiéis: ele se retiraria para um período de licença e reflexão em um mosteiro beneditino. Nesse ponto, a sua longa sequência crítica em relação a uma missão pastoral cotidiana cinzenta e sem graça, narrada com vivacidade e até com ironia, torna-se paradoxalmente um toque de trombeta.

Outros sacerdotes e fiéis recolhem a provocação, porque se veem refletidos naquele retrato, e, assim, o Pe. Thomas retoma um ministério diferente entre mosteiro, comunidades externas e intervenções públicas. Muitos aspectos podem ser até discutidos, mas se trata de uma radiografia que revela a cárie de um esqueleto secular que precisa de sangue novo, especialmente nesta Europa tão secularizada, sobretudo se quisermos responder à interrogação inicial do título alemão “Aus, Amen, Ende?” (“Fora, amém, fim?”).

Nesse ponto, pode-se aproximar a voz de outro padre mais otimista, Giulio Dellavite, de Bérgamo, que opta por caminhar na delicada crista de dois gêneros, o narrativa e o ensaístico. O título só pode impressionar aqueles que não estão acostumados com a linguagem bíblica: “Se ne ride chi abita i cieli” [Aquele que habita os céus ri] é uma frase do versículo 4 do Salmo 2, que, com um antropomorfismo, representa um Deus bastante sarcástico em relação ao agir humano em relação a ele e ao seu Messias.

Por um lado, portanto, há o registro narrativo do empresário com o carro em pane, que, em uma noite sombria, pede socorro batendo na porta de um mosteiro isolado, com uma série de reviravoltas sucessivas.

Por outro, há o diálogo com os personagens desse pequeno mundo, do abade ao porteiro, do bibliotecário ao verdureiro, e assim por diante, em uma ramificação progressiva de temas que vagam sobre as planícies da existência, mas que também escalam os altos caminhos da reflexão moral e teológica.

Delineia-se, assim, um surpreendente contraponto, em que os papéis podem se inverter quando se inicia o caminho da busca de sentido. É claro que o monge parece ter mais a dizer e a oferecer, tanto que o empresário descobre vislumbres inéditos do ser e da existência e, acima de tudo, percebe que deve retificar precisamente aquele patrimônio de liderança que levantava como sua bandeira.

No entanto, o religioso também não sairá ileso desse longo diálogo, que é substancialmente um ensaio sobre o poder como serviço, tanto que, no fim, elencam-se as fontes do magistério do Papa Francisco adotadas como tecido das páginas desse debate vivo, espiritual, mas não clerical, intelectual.

  • Thomas Frings. Così non posso più fare il parroco. Prefácio de Tullio Citrini. Milão: Ancora, 164 páginas.
  • Giulio Dellavite. Se ne ride chi abita i cieli. L’abate e il manager: lezioni di leadership fra le mura di un monastero. Milão: Mondadori, 220 páginas.

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