Papa aos jovens: a juventude não é uma sala de espera, é o “agora” de Deus

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28 Janeiro 2019

Depois da noite de vigília, 700 mil jovens participaram da missa de encerramento da JMJ. “Ser jovem” não é “sinônimo de sala de espera”, disse o Papa durante a homilia. A juventude é o “agora”, destacou.

A reportagem é de Domenico Agasso Jr., publicada por Vatican Insider, 27/01/2019. A tradução é de Graziela Wolfart.

No Campo São João Paulo II do Panamá estiveram presentes também os presidentes do Panamá, Costa Rica, Colômbia, Guatemala, Honduras, Portugal e El Salvador.

Ser jovem” não é “sinônimo de sala de espera, de quem aguarda sua vez. E nesse meio tempo, inventamos ou inventam um futuro higienicamente bem embalado e sem consequências, bem armado e garantido com tudo “bem seguro”. Um futuro de laboratório: é a “ficção” da alegria.

Ao invés disso, o Pontífice pede aos jovens de qualquer lugar: “Queridos jovens, não sejam o futuro, mas o presente; não sejam o futuro de Deus, mas o agora de Deus”.

Bergoglio sustenta que “temos que nos esforçar em propiciar canais e espaços onde podemos nos envolver, sonhar e trabalhar o amanhã já desde hoje”. Porém, atenção: não “isoladamente”, mas “juntos, criando um espaço em comum. Um espaço que não se consegue nem se ganharmos na loteria, mas um espaço pelo qual também vocês devem lutar”.

O bispo de Roma adverte e denuncia: quando se pede aos jovens que esperem e se preparem para o futuro “os tranquilizamos e adormecemos para que não façam barulho, para que não se perguntem nem perguntem, para que não se questionem nem questionem; e nesse “meio tempo” seus sonhos perdem voo, começam a adormecer e se tornam sonhos rasteiros, pequenos e tristes”. Ao contrário, “para Jesus não há um “nesse meio tempo”, mas amor de misericórdia que quer aninhar e conquistar o coração”.

Acrescenta o Papa: “Sabem de uma coisa? Muitos jovens gostam disso”, então é necessário ajudá-los “para que escutem o agora de Deus”.

Francisco falou depois do amor de Deus que é “concreto, próximo, real; é alegria festiva que nasce ao optar e participar na pesca milagrosa da esperança e da caridade, da solidariedade e da fraternidade diante de tantos olhares paralisados e paralisantes pelos medos e pela exclusão, pela especulação e pela manipulação”.

Acontece que “nem sempre cremos que Deus possa ser tão concreto e cotidiano, tão próximo e real, e menos ainda, que se faça tão presente e atue através de alguém conhecido, como um vizinho, um amigo, um familiar”. E nem sempre “cremos que o Senhor possa nos convidar a trabalhar junto a Ele em seu Reino de forma tão simples, mas contundente”.

E mais, “preferimos um Deus à distância: lindo, bom, generoso, mas distante e que não incomode. Porque um Deus próximo e diário, amigo e irmão, nos exige aprender de proximidade, de partilha do cotidiano e, sobretudo, de fraternidade. Ele não quis ter uma manifestação angelical ou espetacular, mas quis nos oferecer um rosto irmão e amigo, concreto, familiar”. Deus é real porque o amor é real; Deus é concreto porque o amor é concreto”.

No final, foi feito o anúncio por parte do cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, do lugar onde se celebrará a próxima Jornada Mundial da Juventude: Portugal. Precisamente em Lisboa, em 2022.

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