EUA reconhecem responsabilidade por violência do narcotráfico no México

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Por: João Flores da Cunha | 20 Mai 2017

O governo dos Estados Unidos reconheceu que o país tem responsabilidade pela violência associada ao narcotráfico no México e em outros países da América Latina. Rex Tillerson, o secretário de Estado do governo de Donald Trump, afirmou que “os Estados Unidos devem aceitar a realidade, de que nós somos o mercado” para as drogas.

A declaração foi feita no dia 18-5, em uma reunião em Washington entre representantes do governo de ambos os países. Tillerson disse que “nós, estadunidenses, devemos reconhecer que este problema é nosso”, e não apenas do México.

O secretário de Estado afirmou que “se não fosse por nós, o México não teria o grande problema do crime organizado. Devemos assumir esta responsabilidade”.

Tillerson ocupa o cargo, na estrutura do governo estadunidense, equivalente ao de chanceler (ministro das relações exteriores). Antes de entrar para o governo, ele era CEO da ExxonMobil, a maior empresa petrolífera do mundo.

O secretário de Estado manifestou condolências por conta do assassinato do jornalista Javier Valdez, ocorrido no dia 15-5 em Culiacán, no estado de Sinaloa. Ele se referiu à “trágica morte do importante jornalista no México”. Valdez fazia reportagens sobre as atividades criminosas do cartel de Sinaloa, que atua na região.

Tillerson chegou a associar diretamente a morte de Valdez ao tráfico de drogas, dizendo que ela é “reflexo da violência gerada pelo narcotráfico”. O secretário de segurança nacional, John Kelly, também estabeleceu uma ligação entre a morte de jornalistas e o crime organizado.

Ele assinalou que “se os estadunidenses entenderem que usar drogas por diversão automaticamente resulta na perda de vidas humanas no México, na Colômbia ou na América Central, e na morte de jornalistas, policiais, soldados, juízes e promotores, será reduzido significativamente o dinheiro procedente de drogas e, consequentemente, os lucros que geram”.

A reunião entre Estados Unidos e México teve o objetivo de dar início à renegociação do Nafta, o Tratado de Livre Comércio da América do Norte, que envolve os dois países e o Canadá. A renegociação se impôs a partir de uma demanda do governo Trump, um crítico do acordo. O ministro de relações exteriores do México, Luis Videgaray, afirmou no encontro que “este é um acordo de 25 anos, o mundo mudou muito e podemos melhorá-lo”.

Em relação à barreira física existente entre os dois países, a qual Trump prometeu ampliar, Tillerson afirmou que “o muro não define nossa relação”.

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