Equador. Candidato da oposição quer aproximar país da Aliança do Pacífico

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Por: João Flores da Cunha | 11 Março 2017

Guillermo Lasso, o candidato da oposição à presidência do Equador, pretende integrar o país à Aliança do Pacífico, caso seja eleito na votação em segundo turno, no dia 2-04. “Nossa proposta é muito clara. Introduzir o Equador na Aliança do Pacífico, que gerou prosperidade para o Chile, Colômbia, Peru e México. É para lá que queremos levar o Equador, para evitar que nosso país chegue ao cenário da Venezuela”, afirmou ele ao diário argentino La Nación no dia 6-03.

A Aliança do Pacífico é um bloco comercial integrado pelos quatro países mencionados por Lasso – todos fazem fronteira com o oceano Pacífico. Os dois países com que o Equador faz fronteira terrestre – Colômbia e Peru – são membros do bloco.

Criada em 2012, a Aliança do Pacífico é tida como mais aberta ao livre-comércio do que o outro bloco comercial da região – o Mercosul, que é formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela (suspensa desde 2016). Antes das mudanças de governo na Argentina e no Brasil, chegou-se a discutir a inclusão do Equador no Mercosul.

A intenção de aproximar o Equador da Aliança do Pacífico, que já havia sido manifestada por Lasso em outros momentos da campanha, significaria um giro de 180 graus na política externa do país. O Equador é membro da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Alba, entidade impulsionada pelo ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez que reúne países alinhados ao bolivarianismo. Lasso também afirmou que retiraria o país da Alba.

Lasso, candidato da direita, irá disputar o segundo turno contra o candidato governista, Lenin Moreno, de esquerda. Este ficou em primeiro lugar na eleição do dia 19-02, tendo obtido 39,36% dos votos – pouco menos que os 40% que teriam encerrado o pleito.

No Equador, é declarado vencedor da eleição no primeiro turno o candidato que obtiver essa marca, desde que mantenha uma diferença de no mínimo dez pontos porcentuais em relação ao segundo colocado. Lasso teve 28,09%.

A campanha para o segundo turno se anuncia acirrada. Segundo pesquisa divulgada pela empresa Cedatos no dia 25-02, Lasso está na frente, com 44,8% das intenções de voto. Moreno tem 41,2%.

Porém, a margem de erro, de 3,4%, faz com que o resultado seja um empate técnico. 81% dos equatorianos já decidiu em quem irá votar, de acordo com a Cedatos.
A campanha recomeçou oficialmente no dia 10-03, embora os candidatos já estivessem em agenda eleitoral desde antes mesmo da confirmação do 2º turno. De acordo com o calendário do Conselho Nacional Eleitoral – CNE, ela irá durar até o dia 30-03.

Diante do cenário de acirramento da eleição, o presidente Rafael Correa, do mesmo partido de Moreno, tem assumido maior participação na campanha. Na última semana, ele acusou Lasso de ter participação no feriado bancário de 1999, um episódio traumático na história do país em que os depósitos dos correntistas foram sequestrados. Essa crise teve resultados desastrosos para o Equador, como a imigração massiva para países desenvolvidos e a perda de sua moeda – o país hoje utiliza o dólar. Lasso, um ex-banqueiro, era ministro da Economia na época.

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