Assassinam o líder camponês José Ángel Flores em Honduras

José Ángel Flores (Fonte: Diagonal)

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20 Outubro 2016

O presidente do Movimento Unificado Campesino de Aguán (MUCA), José Ángel Flores, foi assassinado ontem, terça-feira, 18 de outubro, na comunidade La Confianza, Tocoa, Honduras. Segundo informam a partir da organização Soldepaz Pachakuti, o dirigente do MUCA foi metralhado na oficina de mecânica que a organização campesina possui na comunidade La Confianza, supostamente por quatro homens. Outra pessoa a mais, Silner Dionisio George, também foi vitimado e levado ainda com vida ao Hospital San Isidro de Tocoa, Colón, onde morreu minutos depois.

A reportagem é publicada por Diagonal, 19-10-2016. A tradução é do Cepat.

O presidente do MUCA tinha medidas cautelares outorgadas pela Corte Interamericana dos Direitos Humanos (CIDH), mas tais medidas nunca foram cumpridas pelo governo hondurenho, segundo afirmam a partir de Soldepaz.

Poucos dias após o assassinato de Berta Cáceres, em Esperanza, José Ángel Flores foi detido ilegalmente pela Polícia hondurenha, mas colocado em liberdade horas mais tarde. Nessa ocasião, membros de sua família também foram requeridos pelos corpos de segurança do Estado.

Há poucos dias, a organização que era presidida por Berta Cáceres, o Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (COPINH), cujo coordenador Tomás Gómez sofreu também um atentado com armas de fogo, no último dia 9 de outubro, havia exigido que cessasse a perseguição e os assassinatos em Aguán.

Pela Soldepaz destacam que, pouco após o assassinato, o embaixador dos Estados Unidos, James Nealon, apressou-se em enviar mensagens de condenação, reivindicando “uma investigação imediata e exaustiva”. “É preciso recordar o envolvimento dos Estados Unidos no golpe de estado contra Zelaya e o protagonismo direto da candidata Clinton naquela defenestração antidemocrática que gerou novos atropelos aos direitos humanos, também no vale de Aguán, onde as organizações campesinas estão há dezenas de anos procurando recuperar terras que foram apropriadas por latifundiários da palma de óleo”, apontam a partir da organização.

Nesta região de Colón, justamente, estão fazendo memória dos 19 anos do assassinato de Carlos Escalera, líder ambientalista e dirigente popular de Tocoa, cuja morte o Governo de Honduras assumiu responsabilidade no ano passado.

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