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A "Amoris laetitia" lida pela mãe de um jovem gay

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13 Junho 2016

"Há vários anos, quando conheci a homossexualidade do meu filho, eu me comprometi não apenas comigo mesma, mas também com ele e com a Pastoral da Diversidade Sexual (Padis+), da qual eu faço parte. Hoje, graças às mudanças que, como Igreja, temos experimentado em relação às pessoas homossexuais, eu também reconheço um desejo de buscar juntos novos caminhos de inclusão e acolhida para viver o amor nas diversas situações de vida que as famílias experimentam hoje em dia."

A opinião é da leiga católica chilena Carmen Luz Güemes Álvarez, integrante do Grupo de Pais da Pastoral da Diversidade Sexual (Padis+), de Santiago do Chile. O artigo foi publicado no blog Territorio Abierto, da Comunidade de Vida Cristã (CVX) da capital chilena, 25-05-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Quando me propuseram escrever para este espaço, a minha resposta espontânea foi sim. Eu não fiquei dando muitas voltas, apenas pensei, neste momento, que era uma oportunidade para expressar a minha opinião pessoal sobre a exortação do Papa Francisco e também senti que, através de mim, eu podia transmitir o que eu compartilhei com muitas outras pessoas, leigas e leigos membros da Igreja que, como eu, vamos a pé construindo esta Igreja, que é de todos, e dando testemunho da boa nova do Evangelho na cotidianidade das nossas vidas.

Pouco a pouco, fui me dando conta de que não seria tão fácil escrever, porque, ao fazê-lo, eu me exporia e me comprometeria publicamente, e isso às vezes tem os seus custos. No entanto, ao longo da minha vida, eu fui descobrindo e confirmando que eu quero viver a vida intensamente, aproveitando tudo o que me é dado e também o que me é tirado, e, para isso, não posso ser turista nem observar de longe a vida que me cabe viver, mas, ao contrário, ser protagonista dela.

Há vários anos, quando conheci a homossexualidade do meu filho, eu me comprometi não apenas comigo mesma, mas também com ele e com a Pastoral da Diversidade Sexual (Padis+), da qual eu faço parte, para ajudar a minha Igreja a avançar e a reconhecer plenamente a existência de milhares de pessoas que, como o meu filho, buscam um tratamento justo e respeitoso na sociedade e na comunidade cristã. Hoje, graças às mudanças que, como país e como Igreja, temos experimentado em relação às pessoas LGBTI [1], eu também reconheço um desejo de buscar juntos novos caminhos de inclusão e acolhida para viver o amor nas diversas situações de vida que as famílias experimentam hoje em dia.

É por isso que tudo o que foi vivido nos Sínodos prévios ao texto da exortação despertou em mim muitas expectativas e esperanças. Os documentos emitidos em cada uma das Assembleias davam conta de uma abertura, um novo tom pastoral. Muitos esperavam que o Papa Francisco se pronunciasse sobre assuntos que tocavam diretamente na vida dos nossos filhos. Ele mudaria a doutrina, deixariam de falar de "tendências" ou "comportamentos desordenados"? O que ele diria a nós, suas mães, pais, irmãos e amigos? Eu não posso deixar de esperar e confiar que as coisas vão mudar. Talvez não agora, não para nós. Mas sim para as gerações que virão.

Por isso, eu escrevo e, a partir daqui, também quero fazer a minha contribuição e mostrar o que os outros não veem, seja porque não podem, seja porque não querem. Mas eu sim posso, quero e devo fazê-lo. Porque na Padis+, eu encontrei uma nova missão nesta etapa da minha vida, pela qual eu me jogo e me entrego em plenitude.

A partir desse caminho, eu descobri o chamado do Senhor para ser testemunha do Seu amor misericordioso em nosso meio. Para proclamar, louvar e agradecer pela vida da Padis+, a "Alegria do Amor" encarnada.

Minha experiência de acompanhamento pastoral

O que vivemos diariamente na Padis+ [2] fala dessa Igreja acolhedora que queremos e ansiamos; essa Igreja de Jesus Cristo que não pergunta nem questiona, mas que abre os seus braços para acolher a quem se aproxima dela, sem condições de qualquer tipo. Fala de um sacerdote que se comoveu como Jesus fez diante da dor do homem e da mulher do seu tempo; que soube escutar e descobrir naquele primeiro encontro em 2010 o próprio Jesus encarnado naqueles jovens que o visitaram. Eles, assim como nós, "desnudaram" a sua fragilidade, os seus desejos e alegrias. Não lhes exigiu explicações, nem lhes ofereceu grandes respostas.

A Padis+ fala de uma comunidade eclesial, a Comunidade de Vida Cristã (CVX), que, sabendo ler os sinais dos tempos, quis ir à fronteira e embarcar em um caminho inédito de acolhida e inclusão na Igreja chilena para pessoas LGBT, suas mães, pais e família.

Dou fé e posso dar testemunho de como a boa nova do Evangelho se faz vida em cada pai e mãe que chega desesperançado e angustiado ao grupo, buscando formas de ajudar e acompanhar o seu filho ou filha depois de conhecer a sua homossexualidade. Muitos de nós experimentaram a rejeição e as culpas que, durante anos, nos paralisaram e afastaram dos nossos filhos, a vergonha e a falta de sentido, a violência e a agressão que alguns receberam, inclusive em nossas comunidades cristãs e a partir das nossas próprias famílias.

A Padis+ nos deu um olhar esperançoso e nos permitiu sair do círculo que nos mantinha trancados e estancados. Nela, reafirmamos que, apesar de todas as nossas dúvidas e temores, o amor pelos nossos filhos e filhas não muda, que a alegria que eles nos deram com as suas vidas segue intacta e que o nosso compromisso como mães e pais permanece, mesmo quando acreditamos que tudo está perdido.

Todos chegaram com dúvidas e dores. No entanto, apesar do desgarramento e da incerteza, nos alegramos e nos enchemos de alegria ao encontrar na Pastoral da Diversidade Sexual esse lugar que, no seio da Igreja, dá a vida e presenteia esperança.

Reconhecermo-nos em comunidade e saber que somos acompanhados por outros no caminho faz com que todos aqueles que fazem parte dessa Pastoral possam ter experimentado o Tabor de que Jesus nos fala no Evangelho, exclamando juntos, assim como os discípulos: "Como é bom estarmos aqui, armemos as nossas tendas". Ansiamos isso não só para nós, mas também para os nossos filhos e para todos os que ainda não se sentem plenamente convidados a instalar as suas tendas na Igreja.

A partir desse lugar é que eu valorizo o tom pastoral da exortação e me alegro que a sua chave de leitura seja o amor. Eu vejo o papa sendo consequente com aquilo que ele foi nos mostrando desde que assumiu como bispo de Roma, de querer ser bispo com cheiro de ovelhas, que saiu e convidou a Igreja a buscar a todos, sem exceção, sem discriminação de qualquer tipo.

O seu convite para que sejamos uma Igreja que sirva como hospital de campanha, distribuindo misericórdia e em atitude de escuta, nos lembra mais uma vez que a nossa fé deve ser "arruaceira" [callejera], que Jesus sai conosco e deve ir ao encontro do outro. Essa imagem é a que reencantou e reafirmou muitos de nós em nossas esperanças.

Tudo isso foi e é ar novo para a Igreja, e, através de Francisco, sentimos e reconhecemos o sopro do Espírito como um grito de socorro para recuperar o caminho que a Igreja tinha descuidado. O papa tem estado dialogando constantemente com a sociedade e também foi autocrítico sobre a sua ação e a de seus companheiros sacerdotes, convidando-os a serem humildes e próximos, a reconhecer que eles também foram responsáveis pelas maneiras com que apresentaram as nossas convicções e crenças como Igreja, especialmente em matérias relacionadas com a nossa sexualidade e vida afetiva.

Eu valorizo enormemente que se restitua a pessoa como centro da ação pastoral, e que parte do seu trabalho como pastores seja formar e acompanhar as nossas consciências, em nenhum caso substituí-las. Porque "a Igreja não é uma alfândega; é a casa paterna, onde há lugar para todos com a sua vida fadigosa" (AL, n. 310).

Os desafios

Nesse sentido, eu não posso ficar somente na complacência da novidade que o papa nos mostra em seu tom e enfoque pastoral. No entanto, a Igreja fica em dívida, assim como o Papa Francisco. Não vou me deter sobre todos os pontos da exortação, mas vou me referir, sim, à linguagem utilizada para descrever a realidade dos nossos filhos e àquilo que acontece a nós como famílias ao conhecer a sua homossexualidade.

Embora eu valorize enormemente que não apareça nenhuma menção às frases com que o Catecismo descreve a sexualidade dos nossos filhos ("comportamentos intrinsecamente desordenados"), preocupa-me constatar que, para a Igreja, a nossa situação como famílias continua sendo compreendida como uma situação problemática e irregular. Como se ter um filho gay ou uma filha lésbica sempre fosse motivo de pena e dor, um fardo do qual temos que nos sentir culpados.

Agradeço pelo fato de que se considere a nossa realidade, por anos omitida, mas acho que a aproximação deveria sempre começar pelo positivo, não assumindo de entrada que o que vivemos é, per se, uma situação complexa.

Explicitamente, a exortação se refere à nossa realidade no artigo 250, dentro do capítulo sobre "Algumas situações complexas". E o faz descrevendo a situação das famílias "que vivem a experiência de ter no seu seio pessoas com tendência homossexual" (AL, n. 250).

Para além dos problemas de tradução [3] entre as diversas versões da Amoris laetitia, o texto se expressa de maneira incorreta e inaceitável para mim. Os nossos filhos e filhas NÃO têm tendências homossexuais, nem se tornam homossexuais ou estão em uma fase homossexual do seu desenvolvimento. Eles SÃO homossexuais, essa é a sua natureza, presenteada e querida por Deus. Não pode ser outra coisa.

A palavra "tendências" me fala de algo que se pode tirar ou mudar com força de vontade e capricho. É a armadilha em que muitos pais e mães caem, quando preferem não acreditar nos nossos filhos e os mandam para terapias para que mudem e corrijam as suas "tendências". Não é o que eu vejo no meu filho, em seus amigos e amigas; não é a forma pela qual eu me refiro aos heterossexuais. Não entendo por que insistir nessa linguagem.

Talvez, nessa insistência, esconda-se a dificuldade da Igreja de ajustar a sua doutrina à realidade das pessoas LGBTI. Não reconhecer a homossexualidade como outra expressão da sexualidade humana só nos mantém no mesmo estado de invisibilidade que a Igreja nos manteve ao longo da história e não dá luzes de querer ser essa Igreja profética que faz bagunça [hace lío] e se indigna com as injustiças, a violência e os maus tratos.

Como disse Pedro Labrín SJ em uma entrevista de rádio, não é necessário mudar a doutrina para que a Igreja erradique e condene todo tipo de práticas discriminatórias, injustas e violentas em relação às pessoas LGBTI. Quando entendermos que a linguagem também causa dano, e muito, compreenderemos por que muitos de nós continuamos considerando ofensivo que se reduza a experiência dos nossos filhos a um mero conjunto de tendências.

Isso também faz com que a Igreja continue olhando com receio e sensação de ameaça qualquer iniciativa que reconheça o direito universal ao amor e o cuidado entre pessoas do mesmo sexo. Eu desejo que o meu filho seja feliz. Se a sua vocação é o amor, e por sua própria natureza esse amor é com uma pessoa do seu mesmo sexo, eu vou apoiá-lo e vou lutar pela sua felicidade e pela de muitos mais. Porque a felicidade dos meus filhos, eu a desejo para todos igualmente.

Mais adiante, no oitavo capítulo da Amoris laetitia, o papa nos fala da Pastoral do Acompanhamento e assinala que "os sacerdotes têm o dever de acompanhar as pessoas interessadas pelo caminho do discernimento segundo a doutrina da Igreja e as orientações do bispo" (AL, n. 300).

Eu me pergunto: quem e como se acompanha os presbíteros, para que eles também possam fazer esse itinerário de acompanhamento e de discernimento? Para todos aqueles que são Igreja, leigos, religiosos e presbíteros, somos chamados a fazer esse itinerário.

A lógica da misericórdia pastoral que nos é proposta pelo papa é para todos. "Às vezes custa-nos muito dar lugar, na pastoral, ao amor incondicional de Deus" (AL, n. 311), e, para que possamos ser essa Igreja acolhedora que distribui misericórdia, a casa paterna onde há lugar para todos, devemos avançar todos juntos.

O mundo homossexual também espera e está necessitado da compreensão, perdão e inclusão plena, para continuar crescendo e participando da Igreja. Ninguém deveria se ver obrigado a escolher entre a sua fé e a sua sexualidade. A Igreja deve favorecer os processos, e não impedi-los, muito menos contribuir para que a vida seja um problema.

Como leigos que somos, devemos confiar em nossas autoridades eclesiásticas e esperar delas o modo como esse documento vai ser "baixado". Deus continua nos conduzindo na Igreja, apesar de todas as nossas fragilidades. A Padis+ é um dos meios que Deus presenteou à Igreja. Assim como nós, há muitos mais trabalhando por uma sociedade mais justa, respeitosa e inclusiva. Oxalá o clero chileno e a sociedade como um todo possam trabalhar unidos e de forma colaborativa, para que nenhuma pessoa se sinta filho de segunda classe.

Que este tempo de Pentecostes nos permita sair dos nossos confinamentos e reconhecer a vida que existe fora dos nossos círculos. Que o espírito de discernimento nos seja dado e sopre forte em nosso meio, especialmente entre aqueles que terão a responsabilidade de "baixar" a exortação e fazer da "Alegria do Amor" uma experiência que toque a todos igualmente.

Notas:

1. Sigla que identifica as pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e intersexuais.

2. Para conhecer mais sobre o que fazemos na Padis+, recomendo-lhes a leitura desta reportagem da revista Viernes: "Papás por la Diversidad Sexual" [disponível aqui, em espanhol].

3. A esse respeito, recomendo-lhes a leitura da declaração da Rede Global de Católicos Arco-Íris, da qual a Padis+ faz parte [disponível aqui, em espanhol].


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