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21 Agosto 2014

"Iremos na direção de uma crise ecológico-social de tal magnitude que, ou assumimos o socialismo com esse teor humanístico, ou então não temos como sobreviver", afirma Leonardo Boff, teólogo e escritor.

Eis o artigo. 

A nossa geração viu cair dois muros aparentemente inabaláveis: o muro de Berlim em 1989 e o muro de Wall Street em 2008. Com o muro de Berlim ruíu o socialismo realmene existente, marcado pelo estatismo, o autoritarismo e a violação dos direitos humanos. Com o muro de Wall Street, se desligitimou o neoliberalismo como ideologia política e o capitalismo como modo de produção, com sua arrogância, sua acumulação ilimitada (greed ist good= a ganância é boa), a preço da devastação da natureza e da exploração das pessoas.

Apresentavam-se como duas visões de futuro e duas formas de habitar o planeta, agora incapazes de nos dar esperança e de reorganizar a convivência planetária, na qual todos possam caber e que assegurem as bases naturais que sustentam a vida em avançado grau de erosão.

É neste contexto que ressurgem sejam as propostas vencidas no passado mas que podem ter agora chance de realização (Boaventura de Souza Santos), como a democracia comunitária e o “bem viver” dos andinos seja do socialismo originário, pensado como uma forma avançada de democracia.

O capitalismo realmente existente (a sociedade de mercado) eu descarto de antemão, porque é tão nefasto que a continuar com sua lógica devastadora pode liquidar com a vida humana sobre o planeta. Hoje ele funciona para uma pequena minoria: 737 grupos econômico-financeiros controlam 80% das corporação transnacionias e dentro destes 147 grupos controlam 40% da economia mundial (segundo dados do famoso Instituto Tecnológico Suiço) ou os 85 mais ricos que acumulam o equivalente do que ganham 3,57 bilhões de pobres do mundo (Relatório da Oxfam Intermon de 2014). Tal perversidade não pode prometer nada para a humanidade senão depauperação crescente, fome crônica, sofrimento atroz, morte prematura e, no limite, o armagedon da espécie humana.

Ao socialismo, assumido no Brasil por vários partidos, particularmente o PSB com o lamentado Eduardo Campos, cabem algumas chances. Sabemos que seu nascedouro se encontra entre ativistas cristãos, críticos dos excessos do capitalismo selvagem como Sait-Simon, Proudon, Fourier que se inspiraram nos valores evangélicos e naquilo que se chamou de “A Grande Experiência” que foram os 150 anos da “república comunista cristã dos guaranis (1610-1768). A economia era coletivista, primeiro para as necessidades presentes e futuras e o resto para a comercialização.

Um jesuita suiço Clovis Lugon (1907-1991) expos apaixondamente o intento com seu famoso livro:”A república guarani: os jesuitas no poder”(Paz e Terra 1968). Um procurador da república brasileiro Luiz Francisco Fernandez de Souza (*1962) escreveu um livro de mil páginas:”O socialismo: um utopia cristã”. Pessoalmente vive os ideais que prega: fez voto de pobreza, se veste simplérrimamente e vai ao trabalho com um velho fusca.

Os fundadores do socialismo (Marx pretendeu dar-lhe um caráter científico contra os outros que chamava de utópicos) nunca entenderam o socialismo como simples contraposição ao capitalismo, mas como a realização dos ideais proclamados pela revolução burguesa: a liberdade, a dignidade do cidadão, o seu direito de livre desenvolvimento e a participação na construção da vida coletiva e democrática. Gramsci e Rosa Luxemburgo viam no socialismo como a realização plena da democracia.

A questão básica de Marx (abstraindo da construção teórico-ideológica discutível que criou ao redor disso) era: porque a sociedade burguesa não consegue realizar para todos os ideais que ela proclama? Produz o contrário do que quer. A economia política deveria satisfazer as demandas humanas (comer, vestir, morar, instruir-se, comunicar-se etc) mas na verdade ela atende às necessidades do mercado, em grande parte, artificialmente induzidas e visa crescente lucro.

Para Marx a não consecução dos ideais da revolução burguesa não se deve à má vontade dos indivíduos ou dos grupos sociais. É consequência inevitável do modo de produção capitalista. Este se baseia na apropriação privada dos meios de produção (capital como terras, tecnologia etc) e na subordinação do trabalho aos interesses do capital. Tal lógica dilacera a sociedade em classes, com interesses antagônicos, incidindo em tudo: na política, no direito, na educação etc.

As pessoas na ordem capitalista tendem facilmente, quer queiram ou não, a se tornar desumanas e estruturalmente “egoistas”, pois cada qual se sente urgido a cuidar, primeiro, de seus interesses e somente depois dos interesses coletivos.

Qual é a saída excogitada por Marx e seguidores? Vamos trocar de modo de produção. No lugar da propriedade privada, vamos introduzir a propriedade social. Mas cuidado, adverte Marx: a troca do modo de produção não é ainda a solução. Ela não garante a nova sociedade, apenas oferece as chances de desenvolvimento dos indivíduos que não seriam mais meios e objetos mas fins e sujeitos solidários na construção de um mundo realmente com rosto humano. Mesmo com estas precondições, as pessoas têm que querer viver as novas relações. Caso contrário não surgirá a nova sociedade. Diz mais: “a história não faz nada; é o ser humano concreto e vivo que tudo faz; a história não é outra coisa que a atividade dos seres humanos buscando seus próprios objetivos”.

Minha aposta: iremos na direção de uma crise ecológico-social de tal magnitude que, ou assumimos o socialismo com esse teor humanístico, ou então não temos como sobreviver.


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