Mistério de bondade

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14 Junho 2019

A leitura que a Igreja propõe neste domingo é o Evangelho de Jesus Cristo segundo João 16,12-15 que corresponde à Festa da Santíssima Trindade ciclo C, do Ano Litúrgico. O teólogo espanhol José Antonio Pagola comenta o texto. 

Ouça a Leitura do Evangelho.

 

Eis o texto

Ao longo dos séculos, os teólogos têm-se esforçado por aprofundar o mistério de Deus mergulhando conceitualmente na Sua natureza e expondo suas conclusões com diferentes linguagens. Mas, com frequência, nossas palavras escondem Seu mistério em vez de revelá-lo. Jesus não fala muito de Deus. Oferece-nos simplesmente Sua experiência.

A Deus, Jesus chama-Lhe «Pai» e experimenta-O como um mistério de bondade. Vive-O como uma Presença boa que abençoa a vida e atrai Seus filhos e filhas para lutar contra o que prejudica os seres humanos. Para Ele, o mistério último da realidade que os crentes chamamos de «Deus» é uma presença próxima e amigável que abre caminho no mundo para construir, conosco e junto a nós, uma vida mais humana.

Jesus nunca separa esse Pai do seu projeto de transformar o mundo. Não pode pensar nele como alguém encerrado no Seu mistério insondável, de costas para o sofrimento dos seus filhos e filhas. Por isso, pede aos seus seguidores para se abrir ao mistério desse Deus, acreditar na Boa Nova do Seu projeto, juntar-nos a Ele para trabalhar por um mundo mais justo e feliz para todos, e procurar sempre que a Sua justiça, a Sua verdade e a Sua paz reinem cada vez mais no mundo.

Por outro lado, Jesus experimenta-se a Si mesmo como «Filho» desse Deus, nascido para impulsionar na Terra o projeto humanizador do Pai e para o levar à sua plenitude definitiva acima até mesmo da morte. Por isso, procura a todo o momento o que quer o Pai. A Sua fidelidade a Ele leva-o a buscar sempre o bem dos Seus filhos e filhas. Sua paixão por Deus traduz-se em compaixão por todos os que sofrem.

Por isso, toda a existência de Jesus, o Filho de Deus, consiste em curar a vida e aliviar o sofrimento, defender as vítimas e reclamar para elas justiça, semear gestos de bondade, e oferecer a todos a misericórdia e o perdão gratuito de Deus: a salvação que vem do Pai.

Finalmente, Jesus age sempre impulsionado pelo «Espírito» de Deus. É o amor do Pai que o envia para anunciar aos pobres a Boa Nova do seu projeto salvador. É o alento de Deus o que move a curar a vida. É a Sua força salvadora que se manifesta em toda Sua trajetória profética.

Este Espírito não se extinguirá no mundo quando Jesus estiver ausente. Ele mesmo promete assim aos Seus discípulos. A força do Espírito os fará testemunhas de Jesus, Filho de Deus e colaboradores do plano salvador do Pai. Assim, os cristãos vivem praticamente o mistério da Trindade.

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