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Desigualdade e destruição ambiental: combinação fatal

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03 Dezembro 2011

As preocupações ambientais e o combate às desigualdades sociais dominaram os debates na manhã desta sexta-feira no 1° Encontro Ibero-americano de Conselhos Econômicos e Sociais, em Porto Alegre. O painel intitulado "A construção de um novo modelo econômico, social e ambiental na Ibero-américa" reuniu o professor da USP, Ricardo Abramovay, o diretor-executivo do Banco Mundial,Rogério Studart, e o secretário-geral da Segib, Enrique Iglésias.

A reportagem é de Ivan Trindade e publicada por Carta Maior, 02-12-2011.

O economista Rogério Studart abriu sua fala deixando claro que exporia suas opiniões pessoais e não as do Banco Mundial, onde representa o Brasil e uma série de outros países. Em primeiro lugar, Studart fez um diagnóstico da crise econômica que aflige o mundo no momento: "Nos últimos 30 anos, a economia mundial estava moldada no crescimento do consumo, liderada pelos Estados Unidos e seguida pela Europa e também pelos países em desenvolvimento. Porém, o crescimento do consumo não foi acompanhado pelo crescimento dos salários, o que levou ao desequilíbrio, a uma piora na distribuição de renda. O quadro foi agravado pelo financiamento das dívidas pelo mercado financeiro".

Além da crise de crédito, Studart considera que um movimento de deslocamento dos pólos econômicos tornou as economias mais vulneráveis: "As corporações transferiram as unidades de produção para os países emergentes, criando em suas sociedades pólos exclusivos de consumo. Esse deslocamento foi incentivado pela busca de legislações ambientais e trabalhistas mais flexíveis".

O terceiro ingrediente para a explosão da crise atual foi a troca da lógica econômica, segundo Studart: "A securitização das dívidas, com a operação dos derivativos, levou a essa troca de lógica, onde a capacidade de transferir o risco passou a ser o bem de maior valor. Essa transferência de risco causou uma crescente fragilidade das instituições locais e o risco sistêmico se alastrou, com instituições financeiras ao redor do mundo afetadas pela falta de liquidez".

Para enfrentar tal situação, Studart sente falta de um órgão de regulação: "Os problemas são globais, mas não temos um mecanismo de regulação global", opinou. O diretor do BID aponta outros dois problemas no modelo econômico e social que está em crise no momento: "Vivemos um momento de descaso ambiental incentivado pela terceirização dos pólos de produção nos países emergentes e de desenvolvimento sem solidariedade.
O crescimento de cada país é responsabilidade exclusiva dele mesmo". A partir desse diagnóstico, Rogério Studart apontou alguns caminhos que podem levar a um novo modelo econômico e social de desenvolvimento, que pode nascer ao fim da crise:

"Você só ganha como país se os seus vizinhos ganham também. No Brasil, as políticas de inclusão econômica e social estão previstas desde a Constituição de 1988 e passaram ser implantadas com maior efeito e de maneira institucional no governo do Presidente Lula. O Brasil hoje é uma economia aberta, com mercado consumidor em crescimento, mas que enfrenta esse desequilíbrio na economia mundial".

Para Studart, os CDES são importantes mecanismos de inclusão social e econômica e devem estar previstos no novo modelo: "A América Latina precisa institucionalizar as experiências de inclusão social e econômica como os CDES. O novo modelo deve entender que as políticas de inclusão e de desenvolvimento solidário podem até representar perdas a curto prazo, mas vão garantir ganhos para todos a longo prazo".

O professor titular da Faculdade de Economia da USP, Ricardo Abramovay, focou sua palestra no custo ambiental do atual modelo econômico e social de desenvolvimento. Ele iniciou com uma frase forte: "A relação atual entre a sociedade humana e a natureza só pode ser classificada como uma doença", enfatizou o professor. A seguir, Abramovayreconheceu que o mundo está mais eficiente nas suas práticas de produção de bens duráveis, mas ainda não o suficiente: "De 1975 até o ano 2000, caiu pela metade o uso de recursos naturais por unidade produzida. Da mesma forma, o PIB mundial de 2002 foi produzido com 26% menos recursos naturais que o de 1998. Mesmo que tenha havido melhora, a conta ainda não fecha e a seguir o ritmo atual, vamos bater com a cabeça na pedra".

Os avanços na questão ambiental, segundo Abramovay, são resultados de um crescimento da responsabilidade socioambiental corporativa. "Nos anos 70, o economistaMilton Friedman chamava de "socialismo’ as preocupações ambientais exageradas das corporações". Da mesma forma, Abramovay apontou o agravamento das desigualdades sociais, que juntamente com as questões ambientais, levarão, na opinião do palestrante, a humanidade ao colapso: "Em 1950, o CEO da General Motorsganhava 50 vezes a mais do que o operário do chão da fábrica. Em 2008, o CEO da rede Wall Mart ganha 900 vezes mais do que o funcionário comum das suas lojas". ParaAbramovay, tamanha desigualdade deixa de ser um problema meramente ético e passa a ser um problema estrutural e prático.

Voltando ao tema da sustentabilidade, o professor levantou a questão da volta do uso do carvão como meio de geração de energia: "Tal movimento foi rebatizado de Retomada Suja. Infelizmente, o século XXI seguirá sendo um século dos combustíveis fósseis".Abramovay revelou ainda que os documentos preparatórios para a conferência sobre o clima e desenvolvimento sustentável, a Rio +20, que acontece em 2012, no próprio Rio de Janeiro, não tocam nesse assunto.

Para encerrar sua participação, o professor apresentou três sugestões para a busca de um desenvolvimento sustentável: "Transformar os CDES em Conselhos de Desenvolvimento Sustentável, estimular a América Latina a entrar na economia do conhecimento e fortalecer os sistemas de inovações voltadas para a sustentabilidade". Abramovay fechou com uma frase que resumiu suas preocupações: "Se não recolocarmos a ética no coração da economia, não conseguiremos enfrentar os problemas à nossa frente".

O Secretário-Geral da Segib, Enrique Iglésias, fechou a mesa com um histórico dos modelos econômicos do início do século XX até hoje. "As mudanças dos modelos econômicos surgem com as grandes crises", iniciou Iglésias. O uruguaio argumentou que a crise da bolsa de Nova York, em 1929, só foi resolvida em meados da década de 50, 25 anos depois. "Dai surgiu o modelo de intervenção estatal na promoção do desenvolvimento, muito adotado na América Latina, a partir dos anos 60", argumentou.

O modelo estatista, segundo Iglésias, sofreu sua grande crise nos anos 80 do século passado, quando os países enfrentaram dívidas públicas estratosféricas ocasionadas pelos elevados gastos públicos e que levaram à perda de reservas, desvalorização das moedas e processo inflacionário. "Do colapso do modelo estatista, passou-se ao modelo neoliberal, que reduziu a influência do estado na economia e transferiu as decisões ao setor financeiro privado. Surgiram os Bancos Centrais independentes, privatizações e abertura dos mercados internos a agentes estrangeiros", enumerou o dirigente da Segib.

Os efeitos colaterais do neoliberalismo são conhecidos, causados pelas fugas de capitais para mercados mais atraentes, deixando países e regiões sem liquidez: "De 1988 a 2002, foram registradas 38 crises de liquidez em diferentes lugares do mundo. A crise argentina, no início da década dos anos 2000, foi o exemplo mais agudo desses momentos de instabilidade", lembrou Iglésias. Para o dirigente da Segib, o que define os modelos econômicos é a relação entre os três atores; estado, sociedade e mercado: "No modelo estatizante, o estado lida com a sociedade, mas não lida com o mercado, enquanto no modelo neoliberal acontece o contrário", analisa.

A atual crise do capitalismo, que se iniciou em 2008 e segue até os dias atuais criou espaço para um terceiro modelo, que Iglésias chamou de modelo pragmático. "Esse modelo aceita que uma economia aberta é ponto pacífico. É unânime também no combate à inflação", pontua Enrique. Para Iglésias, estão presentes no modelo pragmático as preocupações sociais, pois agentes entendem que quanto maior o mercado consumidor, maior é a saúde da economia. Na América latina, por exemplo, o Brasil é o grande exemplo de sucesso desse modelo, que mantém a autonomia do mercado e não descuida do combate às desigualdades sociais.

O economista uruguaio fechou a mesa com um diagnóstico para o futuro próximo: "A Europa em crise tem que perceber que não está sozinha no mundo e que depende dos outros países, do mesmo jeito que o resto do mundo depende dela. A China terá que fazer ajustes na sua economia, assim como outros países também terão, principalmente no combate às bolhas de consumo". Enquanto isso, os recursos gerados pelas economias fortes, como o Brasil e outros países da AL, devem ser aplicados na solução de problemas estruturais que atrasam o desenvolvimento, como a melhoria da qualidade do ensino:

"Os países emergentes precisam entrar na competição pelo mercado das inovações tecnológicas e industriais. Outras tarefas são a definição da relação entre estado e setor privado e o crescimento sustentável", enumerou Iglésias. Assim como na fala de abertura, nessa quinta-feira, Iglésias conclamou pela integração econômica e social da América Latina:

"Durante 30 anos o consumidor americano moveu a economia mundial, mas hoje ele está desempregado, endividado e não consome quanto antes. A América Latina precisa aproveitar a mudança de eixo econômico". O dirigente recorreu a uma imagem para encerrar sua fala: "Os últimos três séculos podem ser resumidos nos ideais da revolução francesa. No século XIX, lutou-se por liberdade; no século XX, a luta foi por igualdade; e no século XXI, a grande reivindicação será por um desenvolvimento solidário".

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