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Simone Weil a "vermelha": a defesa dos pobres, a vocação mística

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12 Fevereiro 2011

"A virgem vermelha" era como chamavam Simone Weil nos tempos em que (uma das primeiras mulheres a serem admitidas) estudava em Paris, na École Normale Supérieure. Uma definição que fazia algum sentido, mas não era certamente suficiente para descrevê-la. Definida habitualmente filósofa, o que com certeza o era, profissionalmente. Mas vê-la somente através deste prisma significaria esquecer dos aspectos de seu caráter e do seu pensamento que, depois da morte, a tornaram um ícone.

O comentário é de Eva Cantarella e publicado pelo jornal Corriere della Sera, 02-02-2011. A tradução é de  Alessandra Gusatto.

Nascida em Paris em 1909 em uma família de intelectuais hebreus, Simone, obteve em 1931 a agrégation (Exame realizado pelo governo francês e que habilita os aprovados a assumirem os mais altos postos de ensino nos liceus ou a lecionar em determinadas faculdades) em Filosofia e começa a lecionar em diversos liceus no interior, onde sua personalidade e seu comportamento logo a tornam uma personagem única, que frequentemente é vista com suspeita.

Incapaz de aceitar qualquer forma de discriminação, Simone organiza cursos para trabalhadores, apoia as revindicações operárias, participa de greves de mineradores desempregados marchando na linha de frente das demonstrações com a bandeira vermelha empunhada. Porém a sua vida não era somente a militância política. Era, de modo não menos vibrante, o ensino e a pesquisa. Entre seus autores prediletos, Platão: os gregos, na sua opinião, elaboraram um modelo de vida superior mesmo que com suas limitações. Não reconheceram o trabalho como valor humano.

A influência de Marx na sua formação é evidente. No entanto nem ele era perfeito: não deu passos conclusivos para uma filosofia do trabalho. O marxismo portanto não era capaz de atender a "necessidade interior" que, como escreve, guiava a sua vida: a busca da verdade, que para ela só poderia ser alcançada em contato com a realidade.  Por isso, em 1931, vai para a Alemanha. Lá os problemas sociais não eram somente debates intelectuais, como na França, eram uma realidade.

Mas a esquerda a desiludiu: nenhum dos partidos revolucionários, incluindo o comunista, tem capacidade de instaurar um verdadeiro regime socialista, no qual o ser humano se reaproprie da soberania de sua natureza, dos instrumentos e da sociedade.

Em 1934 pede um ano de licença do magistério e vai trabalhar numa fábrica, na Renault em Paris. Uma experiência duríssima que amadurece nela a convicção de que as condições de trabalho devem mudar, que é necessário pensar em um "novo regime" nas firmas. Finda a experiência por razões de saúde, em 1936 participa como voluntária na Guerra da Espanha. Emfim, a mudança religiosa e a experiência mística, a "vocação individual" que lhe fornecem "razões legítimas" para perguntar-se se "em uma época na qual grande parte da humanidade está submersa no materialismo, Deus não quer que existam homens e mulheres que se doaram a ele, e que todavia permanecem fora da Igreja" (Attesa di Dio, Adelphi).

Interessante, na sua reflexão sobre a religião, a ligação entre a visão grega do homem e a dos Evangelhos, associadas, por ela, no sentido da miséria humana, a qual os gregos opuseram a virtude, os Evangelhos a graça. Quando se distancia do magistério por motivos raciais, depois de uma breve permanência nos EUA, retorno a Europa para ajudar as Forças francesas liberais na Inglaterra. Porém a sua resistência física já está  no seu limite e em 1934 morre, sozinha, em um sanatório inglês, com somente 34 anos.

Nesta altura é desnecessário dizer que as interpretações da personagem foram muitas e diversificadas. Em vida foi vítima de todos os lugares comuns de que se lançava mão  (e se lança) para ridicularizar as mulheres transgressivas: o aspecto físico, a vestimenta, por fim, os grandes óculos de grau que lhe cobriam o rosto. Para alguns era anoréxica, uma fanática, uma louca... Foi necessário tempo para que lhe fosse feita justiça (na Itália, e se podem ser bem compreendidas as razões, as suas obras foram traduzidas e publicadas graças a Adriano Olivetti). Obviamente a opinião sobre o conteúdo e o valor de seu pensamento filosófico cabe aos especialistas. Mas não é necessário ser um  para compreender a excepcionalidade do seu caráter imbatível e de seu espírito crítico e livre, capaz de nunca delegar aos outros, por nenhuma razão, as próprias escolhas: nem no campo político nem no campo religioso.

 


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