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21 Fevereiro 2012

Vinte anos depois de pedido de desculpas de Wojtyla, a revista La Civiltà Cattolica, dos jesuítas italianos, recusa um artigo do padre Ennio Brovedani, apaixonado estudioso do cientista de Pisa. Como cada página é submetida ao controlo prévio da Secretaria de Estado, por trás da rejeição, alguns veem a mão do cardeal Bertone.

A análise é de Riccardo Chiaberge, publicada no caderno Saturno, do jornal Il Fatto Quotidiano, 10-02-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eppur si muove [E, no entanto, se move]. Sim, mas para trás, como os camarões. A Igreja repensa o pedido de desculpas a Galileu, e, 20 anos depois da histórica reviravolta de Wojtyla (31 de outubro de 1992) voltam a florescer no mundo católico mal humores e conflitos. A publicação dos jesuítas La Civiltà Cattolica rejeitou um artigo sobre o assunto do padre Ennio Brovedani, que é um estudante apaixonado do cientista de Pisa e que, em maio de 2009, promoveu um memorável congresso em Florença, com os maiores especialistas mundiais, ateus e crentes, na presença de Giorgio Napolitano.

Administração de rotina, se dirá. A censura, no clero e nos seu órgãos de imprensa, é algo de todos os dias. Mas o caso Brovedani provoca mais indignação do que de costume por causa do assunto e da estatura do personagem.

E, depois, cada página da La Civiltà Cattolica é submetida ao controlo prévio da Secretaria de Estado, de modo que, por trás da rejeição, alguns entreveem a mão do cardeal Bertone. Aparentemente, enfim, o Vaticano que abençoa o técnico Monti (ex-estudante modelo de um colégio dos jesuítas) ainda não digeriu, depois de nada menos do que quatro séculos, o técnico Galileu.

Mas eis os fatos. Em abril passado, saíram as atas do Congresso Florentino (editado pela Olschki), e a La Civiltà Cattolica convidou o padre Ennio, presidente da Fundação Stensen e animador da iniciativa, para escrever um artigo que resumisse os principais resultados daqueles cinco dias de discussão. Ele trabalhou nisso por muito tempo e, para se tranquilizar, enviou o texto para a leitura de alguns dos participantes, incluindo o filósofo supersecular Paolo Rossi Monti (que nos deixou, aos 88 anos, no dia 14 de janeiro), e todos apreciaram o equilíbrio da sua síntese.

Confortado por esses pareceres, Brovedani enviou o texto à revista dos jesuítas, mas – surpresa! –, ao rever os rascunhos, encontrou cortes que não lhe pareceram casuais ou devido a pura falta de espaço.

Desapareceu, por exemplo, uma passagem sobre o significado atual da condenação de Galileu no âmbito das relações Estado-Igreja, que reafirmava "o respeito devido à liberdade de consciência e à autonomia e responsabilidade pessoais, que, do ponto antropológico e teológico, representam a manifestação mais alta da dignidade e da criaturalidade humanas".

A liberdade de consciência mais importante da Verdade, da qual o papa se proclama único guardião? Zac! O historiador Alberto Melloni, à luz do Concílio, alertava para o risco de que "a mentalidade que havia presidido ao erro de 1633 se repropusesse sobre novos temas" como a contracepção? Zac!

Uma bela aparada também ao discurso do padre Coyne, ex-diretor do Observatório do Vaticano, que se detinha um pouco demais sobre as disputas entre os membros da comissão de estudo instituída por João Paulo II e presidida pelo cardeal Poupard (aquele que, para nos entendermos, depois, celebraria o casamento Briatore-Gregoraci, na presença de Berlusconi): não foi por nada que os trabalhos duraram 11 anos, e o documento final é cheio de reticências e de omissões. O fato de que as conclusões foram confiadas a um discurso solene do papa, observa o sacerdote-astrônomo, gera "profundos contrastes e perplexidade" dentro da Comissão. Zac!

Mais adianta, citando novamente Coyne, Brovedani escreve que "a admoestação do cardeal Bellarmino desempenharia um papel-chave na condenação de Galileu em 1633. Quais teriam sido – se pergunta – as consequências se, nesse caso, em vez de exercer a sua autoridade, a Igreja tivesse suspendido o julgamento?". Que perguntas. Zac de novo! As tesouras dos jesuítas não pouparam nem o parágrafo final, sobre como evitar novos "casos Galileu": desapareceu a referência à "crescente interculturalidade e inter-religiosidade" da civilização contemporânea, termos eliminados do dicionário ratzingeriano.

Já assim, eram censuras pesadas. Mas, como bom servidor de Cristo, o padre Ennio já havia se resignado a engoli-las, quando alguém da redação o alertou por escrito de que o assunto não terminava aí, e que novas modificações e cortes seriam solicitados pela Secretaria de Estado. Bem, isso já era demais, protestou Brovedani. O que dirão aqueles que leram e aprovaram o texto original? E depois o que há de mal no meu artigo, além disso solicitado por vocês? Erros doutrinais? Expressões ofensivas contra a Igreja ou o papa? Nada disso. E o Congresso não havia sido saudado como uma antecipação do Átrio dos Gentios, o espaço comum entre ateus e crentes desejado pelo cardeal Ravasi?

Fôlego desperdiçado. Os guardiões da La Civiltà Cattolica não se deixaram comover. Confabularam por muito tempo e, no fim, decidiram que, a fim de evitar incidentes, seria melhor postergar. Esse artigo nunca mais vai ser publicado. E saber que o novo diretor da revista dos jesuítas, Antonio Spadaro, de 45 anos, instalado há poucos meses, tem fama de inovador. Um ciberteólogo onipresente na web, com blogs sobre Flannery O'Connor e a revista online Bombacarta. "O cristão – defende – é chamado a realizar uma obra de mediação entre o Logos e a cultura digital". Evidentemente, há mediações das quais nem ele é capaz.

A verdade é que, para a Igreja de Ratzinger, o caso Galileu não está encerrado, de fato. Seria muito cômodo religá-lo a um passado distante, "contextualizá-lo" no contexto de uma época de conflitos religiosos exasperados, como se não tivesse mais nada a nos ensinar. O risco do confronto ciência-religião está sempre à espreita, especialmente com os desenvolvimentos vertiginosos das tecnologias biomédicas, da engenharia genética, da pesquisa com células-tronco, da reprodução assistida, que atacam os fundamentos da filosofia natural católica.

E enquanto o biólogo não crente (e grafomaníaco) Edoardo Boncinelli nos explica que La scienza non ha bisogno di Dio [A ciência não precisa de Deus] (Ed. Rizzoli, quatro bilhões de anos de evolução em 164 páginas), e ninguém o censura, homens de fé como o padre Brovedani se esforçam para conciliar o Evangelho com a liberdade de pesquisa. E, por isso, são reduzidos ao silêncio.

Em discurso no congresso da CEI sobre Jesus, nosso contemporâneo, na Universidade da Confindustria, em Roma, o arcebispo de Milão, Angelo Scola disse que "toda a censura feita à história está condenada a fracassar, justamente porque é uma espécie de atentado objetivo contra a liberdade". Perfeito, eminência. Tente dizer isso ao seu colega Bertone.


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