• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

A reconciliação de Mandela. Artigo de Vladimir Safatle

Mais Lidos

  • O consenso cresceu como uma onda: "Mais de cem votos para Prévost no Conclave"

    LER MAIS
  • A brilhante jogada do Conclave: o Papa Leão XIV é uma escolha à altura da tarefa da situação geopolítica. Artigo de Marco Politi

    LER MAIS
  • Vozes de Emaús: Leão XIV: a abertura do pontificado. Artigo de Pedro A. Ribeiro de Oliveira

    LER MAIS

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    MPVM - 4º domingo de Páscoa – Ano C – A missão de cuidar da vida e cuidar da humanidade

close

FECHAR

Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

31 Julho 2013

A reconciliação na África do Sul, liderada por Mandela "foi baseada em uma ideia fundamental: só é possível perdoar quem reconhece seu crime. A experiência social do perdão exigiu, em contrapartida, que os responsáveis por atos racistas pedissem perdão e confessassem seus crimes diante das vítimas ou de seus familiares", escreve Vladimir Safatle, professor de Filosofia, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 29-07-2013.

Eis o artigo.

Ao que tudo indica, a África do Sul, dentro de algum tempo, irá se confrontar com as obséquias de seu herói nacional, Nelson Mandela.

É certo que a reconciliação sul-africana está longe de ser uma operação completamente bem-sucedida. Embora uma classe média negra tenha aparecido e negros possam ser encontrados na direção de certas empresas, a desigualdade econômica entre raças ainda é gritante. Casamentos mistos continuam sendo extremamente raros.

A experiência sul-africana liderada por Mandela nos deixa, no entanto, uma questão que merece longa reflexão. O apartheid foi inven- tado por um povo, à sua maneira oprimido.

A colonização branca começou com os holandeses, na região onde hoje se encontra a Cidade do Cabo. A partir do início do século 19 e impulsionados pela luta pela posse dos recursos naturais sul-africanos, os britânicos se estabeleceram no país, começando um longo processo de conquistas que culminou na Guerra dos Bôeres, no final do mesmo século. Nesta guerra entre britânicos e principalmente holandeses (africâneres), apareceram os primeiros campos de concentração nos quais toda uma população foi alvo sistemático de encarceramento.

Foi esse povo oprimido pela experiência do domínio britânico e pelos campos que, logo após a Segunda Guerra Mundial, alimentado por um nacionalismo vivenciado como defesa contra a humilhação, proclamou a República da África do Sul, instaurando o regime do apartheid. Ou seja, a experiência da opressão não levou à alguma forma de consciência social do trauma da colonização. Ela levou à justificação do direito de defender seu povo, custe o que custar, usando o pior sistema ideológico possível.

Talvez tenha sido a consciência do ciclo interminável no qual a vítima de outrora, animada pelo ressentimento, se transforma no próximo agressor que levou Mandela a procurar a reconciliação que acabou por ser implementada. A África do Sul tinha tudo para entrar em uma verdadeira guerra civil, mas ao menos isto não ocorreu.

Essa reconciliação foi, entretanto, baseada em uma ideia fundamental: só é possível perdoar quem reconhece seu crime. A experiência social do perdão exigiu, em contrapartida, que os responsáveis por atos racistas pedissem perdão e confessassem seus crimes diante das vítimas ou de seus familiares.

Isso não significa que a justiça foi feita, mas implica, ao menos, que o solo mínimo da anistia é a culpabilização social de quem praticou crimes contra a humanidade. Por isso, quando Mandela morrer, o Brasil também merecerá parar e pensar.


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados