“A Igreja não se nega a dialogar sobre o casamento homossexual”, diz o novo cardeal chileno

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Por: André | 21 Janeiro 2014

Em entrevista concedida ao jornal El Mercurio, o arcebispo Ricardo Ezzati referiu-se ao aborto e ao casamento homossexual, entre outras temáticas. Consultado sobre o papel que a Igreja exerceria em um debate sobre o casamento homossexual e o aborto, disse que “a Igreja não se nega a dialogar sobre estes temas, como dizem alguns; é importantíssimo fazê-lo desde a busca da verdade e do bem das pessoas, chamadas a ser plenamente felizes”.

A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 19-0102014. A tradução é de André Langer.

Ezzati discorda de comentários da opinião pública em que se acusa a Igreja de querer impor sua visão à sociedade. “Não, apenas queremos apontar a nossa visão ao país que é majoritariamente cristão. Os membros da Igreja católica são cidadãos como todos os outros, com direito de participar e com o dever de respeitar a legislação que o país se dá”.

Mons. Ricardo Ezzati, recentemente criado cardeal eleitor da Igreja pelo Papa Francisco, referiu-se também à Reforma Educacional proposta pelo Governo de Michelle Bachelet, afirmando não ver “suficientemente refletidas” as propostas.

“Não vejo esses objetivos suficientemente refletidos e apresentados nos projetos”, declarou Ezzati na entrevista ao El Mercurio, acrescentando que medidas como a gratuidade são um caminho e é importante “clarear a meta”.

O presidente da Conferência dos Bispos do Chile, em base aos seus vínculos com os projetos educacionais que se realizaram no país apelou para “definir bem o que é uma boa educação” antes de empreender as reformas para melhorar o ensino no país.

“Educar é uma coisa muito complexa, e quando se reduz simplesmente a um bem, mas que não compreende a globalidade, infelizmente resolvemos um problema, mas abrimos o caminho para muitos outros”, assinalou.

Educação católica

“No dia seguinte às eleições, visitamos, enquanto comitê permanente da Conferência dos Bispos, a Presidenta eleita”, comentou o religioso ítalo-chileno, assinalando que na conversa com a Presidenta reconheceu sua afinidade com o projeto de ensino proposto.

“Ela nos disse que tem uma grande admiração pela educação católica e nos assegurou que serão respeitadas as orientações de cada grupo”, afirmou Ezzati, acrescentando por sua vez que sabe que há outros grupos “que pensam diferente”.

Mons. Ricardo Ezzati recomendou, além disso, indicar um bem comum na próxima Reforma Educacional. “Sobraram reformas de caráter individual ou de grupos, e falta-nos a busca generosa de uma marca comum”, esclareceu.

“A educação não deve atender os interesses de um grupo ou de uma ideologia, mas de um país que busca o bem comum e tem que ser construído por todos”, concluiu Ezzati.

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