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Os super-ricos no lugar do Estado: uma ameaça à democracia. Artigo de Stefano Zamagni

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17 Fevereiro 2025

“Para os capitalistas woke, finalmente chegou o momento em que as 'verdades alternativas' serão difundidas, por meio da eliminação da verificação de fatos profissional nas principais plataformas, a fim de 'combater a censura'”.

O artigo é economista italiano Stefano Zamagni, professor da Universidade de Bolonha, na Itália, e presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, publicada por Avvenire, 07-02-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo. 

De Trump a Musk, o capitalismo “woke” está implementando um plano para tomar o lugar do bem-estar público em troca de impostos mais baixos. Uma revolução tecnológica e oligárquica. O papel crescente de uma restrita elite na reformulação da ordem social, política e econômica.

Muito já foi dito e continua a ser dito sobre as consequências geoeconômicas da nova presidência dos EUA. O que ainda está faltando é uma consideração adequada sobre os efeitos, tanto na frente política quanto ética, dos eventos que se tornaram de conhecimento público nos últimos meses. Esses eventos, no entanto, têm raízes antigas que remontam à década de 1990.

Não se deve, portanto, cair no erro de pensar que o fenômeno Trusk (Trump + Musk) seria uma espécie de relâmpago em céu sereno, algo inesperado. Na verdade, nos últimos trinta anos, foi se afirmando uma postura dupla, a partir da Califórnia, entre os segmentos mais altos da escala social, em relação ao modelo de ordem social para o qual tende o mundo ocidental.

Por um lado, aquela dos patriotas milionários e, por outro, aquela dos capitalistas woke. Trata-se de sujeitos que pertencem à categoria dos super-ricos. O lema dos primeiros é: “In tax we trust” (Confiamos nos impostos).

Eles pedem aos governos que aumentem a pressão fiscal sobre eles (até 60% da renda auferida) para fornecer o que é necessário para financiar o bem-estar, com a condição de que sejam “deixados em paz” em suas atividades. Não há necessidade de ser mais explícito sobre isso. (Veja-se a entrevista com Giorgiana Notarbartolo no Avvenire de maio de 2024, descendente da família Marzotto e primeira signatária do apelo Patriotic Millionaires, para uma exposição concisa, mas eficaz, da filosofia que orienta a ação dos 260 signatários do apelo).

A proposta apresentada pelos capitalistas woke, entretanto, é diferente. (Cf. C. Rhodes, Il Capitalismo Woke, Turim, 2023). Sua consideração é que, como a política democrática não está mais apta a atender às expectativas de bem-estar dos cidadãos e como as entidades do Terceiro Setor não têm a força, embora tenham a vontade, para suprir a necessidade, os ricos e super-ricos devem substituir o Estado no cumprimento de suas tarefas na área de bem-estar, desde que não sejam sobrecarregados por um imposto fiscal sobre a renda acima de 15%.

Peter Thiel, bilionário digital do PayPal e da Polantir, ditou em 2009 o “Manifesto Político do Vale do Silício Oligárquico”, no qual lemos, entre outras coisas: “Não acredito que a liberdade e a democracia sejam compatíveis entre si porque os subsídios e a assistência aos pobres, o voto às mulheres (sic!) e aos grupos hostis às ideias libertárias tornam a democracia capitalista impossível”. E mais adiante: “A Revolução Francesa já está obsoleta. Para que a Revolução Tecnológica triunfe, é necessária uma oligarquia, onde homens, brancos, empresários coordenem a vida dos súditos consumidores, sem burocracias de qualquer tipo”. O think tank dos capitalistas woke, um grupo que inclui pessoas como J. D. Vance - atual vice-presidente dos EUA -, C. Yarwin, D. Sacks e, mais recentemente, E. Musk, é o “Claremont Institute”, fundado pelos seguidores do filósofo ultraconservador Leo Strauss. Nunca se deve esqueça que magnificência não é a mesma coisa que munificência. A primeira significa transformar riqueza privada em benefício público a fim de reivindicar a honra e o direito de governar. (Cosimo de' Medici de fato salvou, sim, Florença da bancarrota, mas por meio de sua compra!).

A segunda, por outro lado, refere-se ao conceito de dom como gratuidade. Há muitos episódios que confirmam essa tendência. Basta pensar nas fundações empresariais e na nova filantropia, no marketing social e assim por diante. A ideia é estimular a filantropia a se tornar estratégica, em vez de reativa, canalizando recursos profissionalmente para projetos que sejam sinérgicos com as próprias empresas e com a Administração Pública. (Veja-se o último relatório do Observatório Eutax, o Centro de Estudos Europeu dirigido por Gabriel Zucman). Resulta disso que não se questionam os meios, ou seja, como a riqueza é obtida pelos grandes filantropos, porque o fim justifica os meios - mesmo que não se tenha coragem de admitir isso.

É fácil entender qual seria o resultado na frente da democracia - corretamente entendida, como sempre se deveria fazer, de governo do povo, pelo povo e para o povo - se tendências desse tipo viessem a se consolidar e se difundir. Sinais premonitórios disso já podem ser vistos. O recuo dos investimentos sustentáveis (ESG) anunciado pela Larry Fink, o patrono do Black Rock (o fundo que administra um patrimônio que corresponde a seis vezes o PIB da Itália!); a fuga da Meta (Facebook, Instagram, Thread) das políticas em favor da inclusão e da defesa da diversidade; a declaração de Peter Thiel no início do ano ao Financial Times, segundo a qual, graças à chegada de Trump à Casa Branca, “os segredos do antigo regime serão revelados”.

O Federal Reserve já se retirou da Rede de Bancos Centrais e Supervisores (Ngfs) para tornar mais “verde” o sistema financeiro. A decisão do Federal Reserve vem depois de uma decisão semelhante dos grandes bancos de Wall Street (Goldman Sachs, Wells Gargo, Citi, Bank of America, Morgan Stanley e J.P. Morgan). Para os capitalistas woke, finalmente chegou o momento em que as “verdades alternativas” serão difundidas, por meio da eliminação da verificação de fatos profissional nas principais plataformas, a fim de “combater a censura”. Não só isso, mas um tratado ONU, também assinado pelos EUA, declara o espaço sideral como Patrimônio da Humanidade. Ele agora é violado pelo monopólio de Musk com seus atuais 7.000 satélites.

É motivo de grande preocupação para aqueles que consideram a democracia um valor inalienável o resultado de uma pesquisa recente da consultoria britânica Fgs Global (publicada no final de janeiro), que mostra que 21% dos Millennials e da Geração Z prefeririam um sistema político baseado em um líder forte em vez do tradicional modelo democrático. O mesmo que dizer que um em cada cinco jovens do Reino Unido não acredita mais na democracia (em nível da população como um todo, a opção autoritária é apoiada por 14% dos britânicos). O fato é que a democracia não pode suportar a atual concentração de poder político, econômico e tecnológico nas mãos de poucos sujeitos.

O novo capitalismo não precisa mais da democracia liberal - como precisava até meio século atrás - para continuar a acumular lucros. E o grande risco é que as empresas também se alinhem ao novo espírito dos tempos em termos de sustentabilidade. Em outras palavras, o verdadeiro risco é que as empresas que se reconhecem no capitalismo woke se tornem o Estado, colocando uma hierarquia privada (a empresa) para desempenhar tarefas de interesse público. Essa é a desdemocratização da democracia. Dessa autêntica res nova, o mundo da intelectualidade e especialmente aqueles dedicados a investigar a realidade econômica e social deveriam tomar ciência, intervindo com mais força e independência no debate público. É motivo de satisfação, nesse sentido, tornar conhecida a recente decisão de cerca de sessenta instituições acadêmicas e de pesquisa alemãs em Hessen de abandonar a plataforma social X (antigo Twitter). A motivação é a incompatibilidade entre os valores fundamentais das instituições acadêmicas e a nova orientação imposta por Musk à plataforma, cujo algoritmo é voltado para a desinformação e, acima de tudo, para a manipulação de mentes. Esta é, portanto, uma batalha em que o mundo católico, mas não só, deveria se engajar. Assim como há oito séculos a Grã-Bretanha conseguiu introduzir o direito ao habeas corpus - do qual conhecemos o grande impacto positivo -, hoje é necessário lutar para ver afirmado o habeas mentem, introduzindo na declaração universal dos direitos humanos o direito de não ser submetido à manipulação da mente, como está fazendo a crescente massa de fake truths (não confundir com fake news). O cristão, se não quiser trair sua fonte, não pode aceitar que isso aconteça.

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