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Trump e o big bang do mundo novo. Artigo de Ezio Mauro

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20 Janeiro 2025

"Vivemos no ponto exato em que a ciência se torna extrema direita. Como isso aconteceu e por quê? Na realidade, no momento em que a tecnologia quer engenheirar a política, a direita é a maneira mais fácil de desconstruir a cultura liberal-democrática", escreve Ezio Mauro,  ex-diretor dos jornais La Stampa e La Repubblica, em artigo publicado por La Repubblica, 19-01-2025. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

É a auréola que estava faltando e que agora desce para rodear o rosto de Donald Trump enquanto ele jura solenemente fidelidade à Constituição, esse acordo de trégua entre os terroristas do Hamas e Israel.

Mesmo com a fragilidade de seu equilíbrio e a precariedade das convicções dos dois lados, marca o horizonte e a ambição da fase que se inaugura amanhã em Washington, não apenas uma nova presidência estadunidense, mas uma nova era para um novo mundo. Nesse sentido, há algo de titânico e temerário na fórmula do rito que Trump pronunciará em frente ao Capitólio e sobre a Bíblia, quase invocando uma bênção revolucionária: “Que Deus me ajude”. Para chegar aonde? Não existe um deus de direita, pronto e disposto a favorecer e proteger, sob demanda, a reforma mais radical da história estadunidense, com o enxugamento da democracia, a redução do estado de direito, a superação do espírito constitucional do pós-guerra, para dar origem ao soberano moderno livre de vínculos, regras e controles, pura expressão de autoridade que se torna comando. Há, no entanto, os novos ídolos pagãos, geniais na invenção contínua do último milagre tecnológico, fascinantes na projeção futurista da nossa vida, extraterrestres no projeto de colonização do cosmos, onipotentes na possibilidade bilionária de comprar almas, corpos, tempo e espaço: sem falar de votos, consenso, lei, política e governo.

Estamos testemunhando o único big-bang não previsto pelos estudiosos, aquele entre o extremismo de direita e o radicalismo científico, entre reação e inovação, ideologia e tecnologia. Tudo dentro das regras, mais ou menos desgastadas e rasgadas, mas tudo com o regular consentimento eleitoral, sob os olhos cansados do parlamento. Porque nestes Vinte Anos ninguém atacará novamente frontalmente a democracia para destroná-la, não há necessidade: a força motriz da inovação tecnológica transformada em arma política é tal que, enquanto nos seduz com seu feitiço diário, faz com que todo o resto envelheça por diferença, torna-o amarelado e gasto como as folhas de outono, por senescência orgânica acelerada.

Desde agora está claro que os dois sujeitos dessa revolução reacionária estão mudando o alfabeto social de nosso tempo, porque eles próprios agem como o hardware do nosso imaginário e o software do desejo, reinventando as linguagens e redefinindo os conceitos. A começar pela ideia de liberdade, que não crescerá mais com a expansão dos direitos, mas com o direito de não ter mais vínculos com a sociedade, que será de fato dissolvida. Sozinhos, destronados de cidadãos a indivíduos, seremos compensados com o acesso ao consumo geral e ao uso privado da próxima tecnomaravilha que simplificará ainda mais as nossas vidas, colorindo-as com novas sugestões e estimulando-as com inéditas emoções.

A verticalização do comando, de fato, implica necessariamente uma capitalização do conhecimento, recurso e garantia do poder, que controlará as cotas de conhecimento consciente a serem distribuídas no circuito para manter o povo partícipe, solicitá-lo e engajá-lo, mas sem libertá-lo. Nenhuma ideologia pede mais isso, nenhuma política promete isso: temos certeza de que precisamos disso? O pós-cidadão, essa nova criatura, pode votar regularmente: não era esse o direito supremo? Como tal, ele permanece intacto, é o mundo inteiro ao redor que muda, o velho conceito de liberdade tropeça inadequado para compreender o poder irresistível da inovação que perfura a superfície do futuro e captura um seu lampejo.

Vivemos no ponto exato em que a ciência se torna extrema direita. Como isso aconteceu e por quê? Na realidade, no momento em que a tecnologia quer engenheirar a política, a direita é a maneira mais fácil de desconstruir a cultura liberal-democrática. Que certamente não pode ser confundida com o demônio, desgastada que está: mas ainda representa o arcabouço sobre o qual o sistema ocidental se sustenta com suas constituições, seu código distintivo do bem e do mal, os preceitos civis e os deveres morais, como a responsabilidade e a solidariedade, até a blasfêmia cívica do senso do limite, que algema a ambição, deprime o talento, lastreia a autoridade. O extremismo da direita não reconhece obrigações, deveres e respeitos. Identificou instintivamente o ponto zero moderno da política, fora da história, indiferente ao passado e alheio à democracia, especialmente quando transformada em fé.

Com base nesse princípio neutro, a tecnociência pode plantar a nova árvore do conhecimento, mas como dona, não como gregária: quer se beneficiar dos frutos, participar do comando, assumir o poder. Não é mais uma estrutura servil, e a política está descobrindo isso. De conselheiro, o magnata tecnológico se torna príncipe, com o mouse substituindo o velho sapo a ser beijado. Por esses motivos, é possível que os dois sujeitos do big bang entrem em conflito. O mais provável é que eles se usem mutuamente por algum tempo, como estão fazendo. Também não se pode descartar a possibilidade de Trump aproveitar o frisson de uma energia política transformada em força constituinte de uma nova ordem mundial e, após a fragilidade da trégua, busque a robustez de uma negociação de paz nas guerras contemporâneas. Isso significaria que a graça do Estado prevalece sobre a natureza e seria a prova inesperada da supremacia da liberdade democrática como religião civil do Ocidente. Afinal, esse é o deus da América: o que Musk está procurando no céu dos EUA, ao contrário, é apenas o bezerro de ouro. 

Leia mais

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  • A eleição de Donald Trump e o sistema mundial. Artigo de José Luís Fiori
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