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A África deles. As novas colônias. Artigo de Giulio Albanese

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16 Setembro 2024

"Essas iniciativas, de acordo com fontes da sociedade civil africana, fazem parte das ambições mais amplas da China de contrastar a influência ocidental no continente. Além disso, como muitos estudiosos africanos argumentam, a formação partidária e de governança promovida pela China tem o potencial de consolidar modelos dominantes à insígnia do partido único na África", escreve Giulio Albanese, missionário comboniano fundador da Agência Misna, em artigo publicado por Avvenire 15-09-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

A segunda fase começou: a China agora importa mercadorias e exporta seu sistema de poder, abrindo as Escolas de Partido

Algo sem precedentes está surgindo no processo de cooperação sino-africana. Na recente cúpula dedicada ao continente, o governo chinês se declarou parte integrante do Sul Global e membro pleno do cartel dos países em desenvolvimento. O que isso significa concretamente? Se, por um lado, é óbvia a diferença entre o PIB da China, de cerca de 18 trilhões de dólares e o de todo o continente africano, que é de cerca de 3,2 trilhões de dólares, pelo outro, a China se posiciona como defensora dos interesses do Sul Global, incluindo a África, a começar pelas agências multilaterais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial (BM), a Organização Mundial do Comércio (OMC) e até mesmo a ONU.

Mas isso não para aqui. De fato, o Partido Comunista Chinês (PCC) intensificou a formação de funcionários de partido e de governo africanos como parte do “novo modelo de relações entre partes” proposto em 2017 pelo presidente chinês e secretário-geral do PCC, Xi Jinping, especialmente no Sul do mundo. Trata-se de uma virada em relação ao que tem sido até agora o espírito da cooperação sino-africana, centrado nos cinco princípios da chamada “coexistência pacífica”: respeito mútuo pela soberania e integridade territorial; não agressão; não interferência nos assuntos internos; igualdade e benefício mútuo; e coexistência pacífica.

Embora esses princípios permaneçam formalmente válidos, é evidente que o Império do Dragão decidiu exportar seu modelo político-econômico. Aparentemente, é uma iniciativa sob a insígnia do chamado soft power, mas, na verdade, é uma ação invasiva, cujos resultados poderiam ter uma grande reverberação no perímetro do Sul Global, mas também nas relações com o bloco ocidental.

Emblemática foi a inauguração, em 22-02-2022, do primeiro curso da Escola de Liderança Mwalimu Julius Nyerere em Kibaha, na Tanzânia. Na ocasião, Xi Jinping transmitiu uma mensagem de vídeo na qual falou das “grandes mudanças nunca vistas em um século” e da “necessidade urgente de a China e os países africanos fortalecerem a solidariedade, o desenvolvimento comum e a troca de experiências chinesas e o entendimento mútuo na governança”. Esse instituto de formação, que leva o nome do pai fundador da moderna Tanzânia, é um projeto conjunto do PCC e de seis movimentos de libertação que chegaram ao poder na África meridional: Movimento Popular para a Libertação de Angola (Mpla) de Angola, Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Organização Popular do Sudoeste da África (Swapo) da Namíbia, Chama Cha Mapinduzi (Ccm, ou Partido Revolucionário) da Tanzânia, Congresso Nacional Africano (ANC), da África do Sul, e União Nacional Africana - Frente Patriótica (Zanu-Pf) do Zimbábue.

Esses partidos fazem parte de uma coalizão internacional chamada Former liberation movements of Southern Africa (Flmsa), que tem a tarefa de monitorar e analisar as tendências geoestratégicas, os desafios nacionais e globais empenhando seus membros a fornecer apoio mútuo dentro do órgão. A organização é uma reproposta da aliança Frontline States (Fls), uma coalizão livre de países africanos que, da década de 1960 até o início da década de 1990, se empenhou para pôr um fim à segregação racial na África do Sul e no sudoeste da África (atual Namíbia) e ao governo de minoria branca na Rodésia (atual Zimbábue) até 1980. Os FLs incluíam Angola, Botsuana, Lesoto, Moçambique (a partir de 1975), Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue (a partir de 1980).

Os FLs se dissolveram depois que Nelson Mandela se tornou presidente da África do Sul em 1994. O regime de Pequim, durante os anos da Guerra Fria, foi um apoiador ideológico e militar dos seis movimentos de libertação africanos e atualmente é o único parceiro externo da Flmsa. Deve-se observar que a Escola Nyerere é o primeiro instituto a seguir o modelo da Escola Central do Partido Comunista Chinês, que forma os quadros e os líderes mais importantes do Império do Dragão. É também a primeira do seu gênero a atender às exigências de vários partidos políticos africanos. Essa escola é paralela ao Instituto China-África, uma iniciativa continental do Partido Comunista Chinês (PCC) para formar líderes de partido e de governo africanos. O instituto, lançado em 2019, tem sede na Academia Chinesa de Ciências Sociais, em Pequim, e na União Africana (UA), em Adis Abeba. A governança e a formação das novas classes dirigentes da África também acontecem em nível nacional, como evidenciado pela reestruturação da escola de ideologia Herbert Chitepo, a escola do partido no poder na antiga Rodésia, a União Nacional Africana-Frente Patriótica de Zimbábue (Zanu-Pf), concluída em 2023.

A essa altura, cabe se perguntar em que realmente consiste a formação dos que serão os novos quadros políticos africanos, de acordo com os programas de formação sobre as práticas de governança chinesas. Em primeiro lugar, é importante ressaltar que a orientação formativa proposta pela China enfatiza a supremacia do partido sobre o Estado e o governo, um conceito que, de qualquer forma, está em contraposição ao quadro democrático multipartidário exigido pela maioria das constituições africanas e pelas convenções da União Africana. Pequim também usa as sessões formativas para promover diretamente ideias e práticas alinhadas com o modelo de capitalismo político-econômico do Império do Dragão. Além de incentivar a simpatia pelas narrativas chinesas entre as novas levas africanas, os programas também oferecem assistência prática aos países anfitriões para acelerar a aplicação das práticas chinesas. Os cursos também servem para coletar informações diretamente dos participantes, que são solicitados a escrever relatórios detalhando de seus anteriores intercâmbios e empenhos culturais com outros países estrangeiros sobre tópicos sociopolíticos e econômicos específicos.

Essas iniciativas, de acordo com fontes da sociedade civil africana, fazem parte das ambições mais amplas da China de contrastar a influência ocidental no continente. Além disso, como muitos estudiosos africanos argumentam, a formação partidária e de governança promovida pela China tem o potencial de consolidar modelos dominantes à insígnia do partido único na África. Os mesmos programas de formação promovidos pelo PCC são fortemente orientados para interceptar as elites nacionais africanas, mesmo que esteja sempre à espreita o espectro do Estado-nação que causou tantos desastres nas três primeiras décadas da pós-independência africana.

Uma coisa é certa: apesar dos benefícios propiciados pelos investimentos chineses na África, o modelo político de Pequim não parece ser algo a que a maioria dos cidadãos africanos aspira. De acordo com uma pesquisa do Afrobarometer, 80% dos entrevistados rejeitam a ideia do monopartidarismo. Será a história a julgar.

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