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De repente chegou a Web. Foi assim que Elon Musk atrapalhou a vida dos indígenas de uma tribo da Amazônia

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06 Junho 2024

O empresário trouxe a conexão através dos serviços de satélite Starlink para a remota vila de Marubo, tirando os habitantes de séculos de isolamento. “No começo o mundo se abriu, mas agora todo mundo está no celular. Eles se tornaram preguiçosos. Eles não falam, não trabalham, não se movem".

A reportagem é de Daniele Mastrogiacomo, publicada por Repubblica, 03-06-2024.

Alguns sorriem, outros gritam. Outros ainda começam a digitar compulsivamente. Imagens, fotos e vídeos que chegam de lugares distantes e desconhecidos aparecem e desaparecem nos celulares. Parecem quase em transe, concentrados em palavras, frases, desenhos, animações, cores que fluem como um rio. Um homem envia uma mensagem via WhatsApp para sua namorada. Ele abre a função de vídeo e ri como um louco, divertido com a reação que vê do outro lado da tela.

A cena se passa no coração da floresta amazônica, em uma das aldeias da tribo Marubo: povo que vive às margens do rio Ituí. São dois mil e permaneceram isolados durante séculos. Não têm contato com o exterior, exceto os vigias encarregados de fazer compras essenciais nas primeiras áreas habitadas. Uma das muitas reservas naturais que o Brasil lhes atribuiu por direito ancestral. Mas no início de setembro este território, que permaneceu imune ao contágio do mundo “civilizado”, sofreu uma reação que lançou em crise a própria estrutura social em que se baseia a sua sobrevivência. Elon Musk teve a ideia de chegar à terra dos Marubo com internet rápida. Ele fez isso por meio do Starlink, serviço da SpaceX, sua empresa espacial. Lançou 6.000 satélites de órbita baixa e conectou áreas remotas em todos os cantos da Terra: do Saara às pradarias da Mongólia, aos atóis do Pacífico. Um salto para a modernidade. Uma oportunidade para populações ancoradas no seu passado eterno.

Depois de nove meses, dois repórteres do New York Times foram à Amazônia para entender como essa revolução tecnológica foi recebida e os efeitos que produziu em uma tribo incontaminada. A experiência foi positiva, mas desestabilizadora. "Quando a rede chegou", explicou Tsainama Marubo, 73 anos, uma das idosas da aldeia, aos dois repórteres, "todos estavam felizes. Houve novidade e muita curiosidade. Dessas telas se abriu um mundo desconhecido para nós. A internet ofereceu muitas vantagens claras. Como bate-papos com entes queridos distantes e a possibilidade de pedir ajuda em caso de emergência. Mas as coisas pioraram agora". Tsainama olha em volta e com um gesto da mão indica a aldeia imersa num silêncio irreal. "Aqui", acrescenta, "estão todos ali, concentrados nos celulares. Eles se tornaram preguiçosos. Eles não falam, não trabalham, não se movem. Eles estão meio atordoados. Eles percorrem as imagens, leem com o tradutor, navegam por horas e horas imersos em um coma assustador".

Enquanto ele continua a misturar as ervas para usar a cor preta como corante, o sábio chefe balança a cabeça em sinal de resignação: “Os jovens estão aprendendo os costumes dos brancos”. Na verdade, depois de apenas nove meses, os Marubo já enfrentam os mesmos desafios que atormentam as famílias urbanizadas há anos: adolescentes colados aos telefones; bate-papos em grupo cheios de fofocas; redes sociais viciantes; estranhos online; videogames violentos; roubos; desinformação; e pornografia.

Dentro de uma maloca, cabana de 15 metros de altura onde os moradores dormem, cozinham e comem juntos, ouvem-se gritos e rufar de tambores. Um grupo de indígenas acompanha uma partida de futebol em três celulares. Tsainama nem se vira para olhar. "Acontece todos os dias. As pessoas da aldeia estão felizes. Isso é bom. Mas a internet foi como um terremoto para nós. Não tivemos tempo de entender, estudar, aprender a usar. Foi um choque". É melhor desistir? "Pelo amor de Deus, haveria uma revolta. Nós também passaremos por essa. Mas não tire a internet".

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