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Conspirações e vitimismo: as encarnações atuais do fascismo eterno. Artigo de Marco Aime

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23 Mai 2024

"O desacordo é traição, esse é um ponto de contato extremamente evidente: o caso Scurati, os protestos estudantis, os jornalistas que investigam, toda forma de dissenso (Domani sabe alguma coisa sobre isso), embora civil, é atacada com violência física e verbal. Muitas vezes ouvimos dizer, com inexplicável condescendência, que não estamos no tempo das camisas pretas, mas será que isso deveria bastar para nos tranquilizar?", escreve o antropólogo italiano Marco Aime, professor da Universidade de Gênova, em artigo publicado por Domani, 17-05-2024. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

O livro de Umberto Eco intitulado O Fascismo Eterno pode ajudar-nos a compreender se estamos perante um triste regresso do fascismo ou de um novo tipo que avança. Apanhados no fogo cruzado entre pedido de se declarar antifascista e embaraçosa relutância em afirmá-lo, tento retomar nas mãos um livro intitulado O Fascismo Eterno, no qual Umberto Eco elabora uma lista de características. Vamos tentar ver se essas definições são úteis para entender se estamos diante de um triste retorno ou de um novo tipo que está avançando (que muitas vezes é pior que o antigo).

A primeira característica é o culto da tradição, aspecto que remete a muitas retóricas da Liga do Norte, em que são regularmente evocadas as raízes, mas também os frequentes chamados à italianidade como característica fundadora e decisiva, aliás expressa com um nada italiano "made in Italy".

A rejeição do modernismo, entendido como pensamento racional, basta pensar nas posições No-vax, que questionam a ciência, bem como na negação das mudanças climáticas.

Atitudes que remetem a outro ponto identificado por Eco, ou seja, uma desconfiança inata em relação à cultura e ao mundo intelectual. Ao saber dos “professores” se quer contrapor a retórica do “fazer”, da ação, sem a sombra de uma inspiração futurista. O “fazer” se contrapõe ao “pensar”.

Ao mesmo tempo, porém, de forma contraditória, a direita expressa uma forma de inveja para com a esquerda, capaz de produzir aquela cultura tão detestada, mas cobiçada e necessária. Se, conta-nos Eco, “os intelectuais fascistas oficiais estavam sobretudo empenhados em acusar a cultura moderna e a intelectualidade de terem abandonado os valores tradicionais”, os expoentes da direita atual nem sequer têm essa aspiração: combatem a cultura, porque a temem.

O desacordo é traição, esse é um ponto de contato extremamente evidente: o caso Scurati, os protestos estudantis, os jornalistas que investigam, toda forma de dissenso (Domani sabe alguma coisa sobre isso), embora civil, é atacada com violência física e verbal. Muitas vezes ouvimos dizer, com inexplicável condescendência, que não estamos no tempo das camisas pretas, mas será que isso deveria bastar para nos tranquilizar? Um século se passou, as coisas mudaram, talvez às vezes os meios, mas não os fins. Silenciar toda voz fora do coro e a queda na classificação sobre a liberdade de imprensa é seu sinal alarmante.

Temeroso da diferença, o General Vannacci é, em última análise, a ponta de um iceberg muito maior, que encontrou voz nos delírios do candidato da Liga do Norte às eleições europeias.

A aversão aos homossexuais, aos estrangeiros e aos islâmicos é uma parte central das retóricas desse governo e dos parlamentares a ele ligados. Tudo deve tender para uma suposta “normalidade” correta, a única possível, tranquilizadora.

A obsessão pela conspiração: da Europa que ameaça as nossas escolhas com as suas regras aos tão evocados (mas nunca indicados) poderes fortes, aos magistrados que investigam políticos corruptos. Em nível pessoal, então, a primeira-ministra sempre evoca tramas obscuras contra ela, retratando-se como excluída, marginalizada (azarão), como uma outsider, apesar do seu currículo político.

O pacifismo é conluio com o inimigo: como negar essa atitude? Do governo (e, cabe dizer, até mesmo de uma grande parte da oposição) não chegaram instâncias de paz, mas, pelo contrário, apelos ao rearmamento, ao envio de armas, mas toda ideia de pôr fim às guerras foi regularmente mantida à devida distância, quando não ridicularizada. Eco indica também a atitude machista, que não falta apesar de uma primeira-ministra mulher, bem como a novilíngua de orwelliana memória, hoje potencializada pelos numerosos canais de comunicação, mas sobretudo a atitude que define populismo qualitativo, segundo o qual os indivíduos não têm direitos, é só o “povo” o tem, cujo único intérprete é o líder, e não os governos parlamentares.

O cargo de primeiro-ministro é precisamente isto, a expressão de um populismo que se reduz ao poder do líder. Uma falsa máscara democrática, que esconde um rosto sombrio. “O Ur-Fascismo ainda pode voltar com aparência mais inocente”, conclui Eco. “O nosso dever é desmascará-lo e apontar o dedo a cada uma das suas novas formas – todos os dias em todas as partes do mundo”.

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