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O método Milei. Artigo de Washington Uranga

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07 Março 2024

“Milei dirige-se a esse público e conecta-se com ele através do seu discurso ‘antipolítica’ que resume a ideia de que a ‘casta’ é a responsável pela crise. Ataca a ‘casta política’ e o faz com violência porque desta forma capitaliza a frustração de uma parte da sociedade que precisa canalizar a sua raiva sem perceber (ainda) que o presidente e os seus operam a economia contra os interesses da classe média e dos setores populares. A destruição do Estado, essa ‘organização criminosa’ da qual se alimenta a casta, seria a solução”. A reflexão é de Washington Uranga, em artigo publicado por Página/12, 05-03-2024. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

O discurso de Javier Milei na abertura das sessões do Congresso teve todos os requintes e características próprias do personagem que hoje ocupa a Casa Rosada. A encenação, desde a caravana prévia que começou em Olivos e passou pela Casa do Governo, os guarda-costas, o insólito quanto desnecessário destacamento das forças de segurança (pagará Patrícia Bullrich a conta disto?), ao púlpito que foi montado para ler o seu discurso, a manipulação da televisão, as pausas para dar lugar aos aplausos. Tudo.

Milei tem um roteiro que respeita rigorosamente. E o faz porque – pelo menos até agora – continua a ser-lhe lucrativo. Embora os estudos de opinião mostrem que a popularidade do presidente vem caindo, também é verdade que as próprias pesquisas permitem sustentar que é alta a porcentagem daqueles que, mesmo afetados pela crise, continuam a manter as expectativas de uma mudança que modifique a situação a médio prazo.

Milei dirige-se a esse público e conecta-se com ele através do seu discurso “antipolítica” que resume a ideia de que a “casta” é a responsável pela crise. Ataca a “casta política” e o faz com violência porque desta forma capitaliza a frustração de uma parte da sociedade que precisa canalizar a sua raiva sem perceber (ainda) que o presidente e os seus operam a economia contra os interesses da classe média e dos setores populares. A destruição do Estado, essa “organização criminosa” da qual se alimenta a casta, seria a solução.

Em relação a este argumento, o presidente mente, exagera, inventa, ataca, publica e é politicamente violento. Porque esse é o seu estilo ou por conveniência política. Assim alcança o seu principal objetivo: manter-se instalado no centro da cena, continuar com a iniciativa, desviar o debate central da questão econômica, ignorar as vítimas e as consequências da sua gestão e evitar que a atenção se dirija para a ineficácia e a desatenção das responsabilidades do Estado, a inflação, a perda de postos de trabalho e a queda do poder de compra dos salários. Isso sem mencionar o histórico de violação de direitos elementares (à vida, à alimentação e à moradia, entre outros) que La Libertad Avanza alcançou em pouco mais de oitenta dias de governo. Tudo é agravado pela ostentação e o cinismo que alguns de seus porta-vozes e representantes mostram como forma de comemorar cada vez que destroem conquistas que a sociedade soube construir através de debates, lutas e construção de consensos ao longo do tempo.

Milei restabeleceu a violência como método de fazer política na Argentina – Washington Uranga

Com ataques sistemáticos e a identificação de inimigos, Milei restabeleceu (agora no quadro da democracia) a violência como método de fazer política na Argentina. O que inclui a repressão dos protestos como parte essencial. O plano é destruir (sim, destruir!) quem pensa diferente do “dono” da verdade única: aquela proclamada pelo presidente.

Como complemento, acrescenta-se que, a partir da confusão, conseguiu incutir na maioria das vítimas que o ajuste é bom, que é necessário, inevitável e, finalmente, até legítimo passar pelo sofrimento para sair da crise. Todos, inclusive os mais pobres e desamparados, merecemos sofrer, mantém o discurso oficial, ao mesmo tempo que trabalhamos para continuar a beneficiar aqueles que sempre acumularam riqueza e continuam a fazê-lo servindo-se do Estado. Para estes não há sofrimento.

Do ponto de vista político-cultural, Milei sequestrou a ideia de liberdade à qual contrapõe e opõe à justiça social. A liberdade na versão Milei só é compreendida a partir do individualismo e se reflete no salve-se quem puder e a qualquer preço.

Neste caminho, ataca-se também todo sentido de comunidade e de ajuda mútua, e o coletivo é denunciado como uma estratégia perversa dos “esquerdistas”… ou da casta. Cada um se salva sozinho e com recursos próprios, sem ajuda de ninguém. Não existem mais o Estado, os coletivos (comunidades, sindicatos, associações) e, por consequência, também as regras que regulam as relações entre as pessoas.

Com a mesma lógica, Milei propôs “o grande acordo nacional” que apresentou como diálogo, embora na realidade se pareça mais com um ato de rendição de governadores e líderes políticos à única verdade possível: a reformulação dos fundamentos da sociedade argentina a partir da perspectiva libertária. A oferta de “diálogo” tinha um final claro: “Embora não optemos pelo confronto, também não fugimos dele. Se procuram conflito, conflito terão”. O “grande acordo” é muito semelhante à imposição da rendição incondicional para aqueles que se opõem e uma tábua de salvação para aqueles que estão na fila para aderir ao movimento do partido no poder.

Esta é essencialmente a proposta de Milei. Por isso, na sua encenação não houve uma única referência à produção, ao desemprego, ao poder de compra dos salários, dos trabalhadores, dos aposentados, dos que passam fome ou precisam de medicamentos. Nada disso importa. A ideia do presidente é simplesmente destruir tudo o que existe para refundar a sociedade argentina sobre outras bases. Ao preço que o capitalismo exige. Qualquer que seja.

Na comunidade, na sua história, na sua memória e nas suas organizações de todos os tipos, reside a força e também a capacidade de distorcer este desígnio. Mas para isso teremos de reconquistar e convencer novamente muitas pessoas de que ninguém se salva sozinho e que qualquer solução, mesmo das piores crises, é coletiva. Esta convicção deverá também basear-se no reconhecimento dos erros cometidos, na exemplaridade das ações, na generosidade na entrega mútua e na inteligência para rever estratégias e métodos para propor caminhos viáveis e possíveis no curto prazo e na adversidade.

Leia mais

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