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20 Fevereiro 2024

"Em relação ao possível mau uso da ferramenta tecnológica, o pontífice argentino se limita a dizer que é necessário 'criminalizar o crime, não a ferramenta'. Pura sabedoria".

O artigo é de Juan Arias, jornalista e escritor espanhol, publicado por El País, 15-02-2024. 

Segundo ele, "hoje o papa Francisco não apenas não condena a IA como se ela fosse criar um novo inferno na terra, mas a vê como uma nova conquista da inteligência humana". 

Eis o artigo.

Quem conhece a história da Igreja, do papado e seus obscurantismos da Idade Média, com as fogueiras da Inquisição, e quem se lembra da perseguição e das condenações à morte dos grandes gênios da ciência como Savonarola, Copérnico ou Galileu Galilei, poderá entender melhor a ousadia do papa Francisco, que abençoou a tão temida Inteligência Artificial (IA).

O papa argentino nos acostumou, durante seu rico pontificado, a nos surpreender ao abordar temas que eram tabus na Igreja, desde a bênção aos homossexuais até a ressurreição da força primitiva da mulher nas primeiras comunidades cristãs. O papa, logo após ser eleito, lembrou que vinha "da periferia da Igreja", que até ele havia sido eurocêntrica. E quebrou nesse mesmo dia todos os protocolos de séculos, ao não querer ser chamado de Papa, herança do influência do Império Romano, mas apenas bispo de Roma. Por isso, recusou-se a viver nos luxuosos palácios, preferindo o quarto de um pequeno hotel romano.

Mas talvez sua maior ousadia, que acabou de ser lembrada aqui no Brasil por Alesandre Chiavegatto no jornal O Estado de São Paulo, tenha sido a defesa aberta e sem rodeios da tão discutida IA. Conheci em meu trabalho como jornalista meia dúzia de papas, mas nenhum tão ousado quanto Francisco, que quebrou velhos preconceitos inquisitoriais e abriu as portas da Igreja para a modernidade.

"O bom uso da IA", afirma Francisco, "introduzirá importantes inovações na agricultura, na melhoria do ensino e na cultura. Uma melhoria na vida das nações e o crescimento da fraternidade humana e da amizade social". O Papa, após conversas com os gurus da Microsoft, lançou prêmios do Vaticano para as melhores teses de doutorado sobre a IA.

Segundo Francisco, a IA, que preocupa a Igreja tradicional dos dogmas, anátemas e excomunhões do passado, é apenas "um reflexo da dignidade humana e de nossa capacidade de criar". Não é que Francisco ignore os possíveis perigos e desafios que a nova invenção pode trazer para a humanidade se for mal utilizada, como para a criação de armas ainda mais mortais. Ele sabe disso, mas ao contrário do passado, em que o que dominava na Igreja oficial era o medo e a condenação de toda novidade científica, Francisco preferiu focar nos aspectos positivos dos novos horizontes abertos para o Homo sapiens.

Segundo Francisco, "a resposta à IA não está escrita; depende de nós. Cabe ao homem decidir se vai se tornar alimento para os algoritmos ou nutrir seu coração de liberdade". E os medos de que a IA possa desafiar a inteligência humana e seguir caminhos desconhecidos? Diante desse temor, o Papa preferiu olhar para seus aspectos positivos. E em relação ao possível mau uso da nova ferramenta, ele se limitou a dizer que é necessário "criminalizar o crime, não a ferramenta". Pura sabedoria.

Às vezes, para aqueles de nós que estudamos a história do papado e as flutuações seculares da Igreja, não deixa de nos admirar a mente aberta do Papa argentino. O primeiro pontífice que olha, com serenidade e até esperança, as novas e revolucionárias descobertas da ciência, à qual a Igreja, por séculos, temeu, condenando seus protagonistas.

Estamos vivendo um momento histórico de perplexidades globais, de medos em relação a um futuro cada vez mais imprevisível. Uma época onde tudo parece se configurar como incerteza e onde, pela primeira vez, se começa a vislumbrar o desaparecimento do Homo sapiens, cuja inteligência até hoje era considerada superior ao restante da criação. E talvez por isso, a defesa por parte da maior autoridade da Igreja da tão temida IA, vista à luz dos antigos obscurantismos científicos, não deixa de surpreender e até escandalizar a Igreja tradicional das antigas excomunhões. Mais ainda, abre novas esperanças de que a fé, seja ela qual for, a do além inevitável, já não apareça tingida de medos, mas de novas e inesperadas esperanças de tempos melhores.

Sim, o papa Francisco parece ter perdido os antigos medos da Igreja em relação à ciência e suas descobertas, como a ilusão de um arco-íris que surgiu após as antigas tempestades do obscurantismo radical tingido de medos.

A Igreja chegou a defender durante séculos não apenas a existência física do inferno e do purgatório, mas também do limbo, onde iriam parar as crianças não batizadas. Como ainda não haviam pecado, não podiam ser condenadas ao inferno, mas também não podiam desfrutar do céu. Iam para o limbo, onde não sofriam, mas também não desfrutavam. Foi o conservador papa João Paulo II quem declarou que o limbo não existia e o eliminou do catecismo oficial católico. O motivo? Ele mesmo contou. Já como Papa, ele quis reunir em uma única sepultura toda sua família, exceto uma irmã que nasceu morta. Seus pais, que eram católicos fervorosos, não puderam batizar a filha nem enterrá-la.

O papa polonês não se conformou que sua irmã, sem ter pecado, não estivesse no céu, mas no limbo. Dito e feito. Declarou que o limbo, assim como o céu e o inferno, não eram "lugares físicos" onde se desfruta ou se sofre, mas estados espirituais. Ou seja, eles não existem.

Hoje o papa Francisco não apenas não condena a IA como se ela fosse criar um novo inferno na terra, mas a vê como uma nova conquista da inteligência humana. É uma pena que não possam ressuscitar aqueles que foram sacrificados nas fogueiras das inquisições por desafiar os dogmatismos do Vaticano, que hoje estão lentamente se dissipando sob a nova primavera de um pontificado que faz história.

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