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De humilde jesuíta a papa-rei da Igreja. A parábola de Francisco, falso inovador. Artigo de Lucetta Scaraffia

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19 Dezembro 2023

Onze anos depois emergem os problemas de um pontificado contraditório que liquidou a tradição clerical. Da feliz temporada ambientalista ao papel das mulheres na Cúria, só proclamações, mas nada de cargos influentes.

A opinião é de Lucetta Scaraffia, jornalista e historiadora italiana, em artigo publicado por La Stampa, 18-12-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

Eis o artigo.

Não há dúvida de que para o Papa Francisco o melhor presente de aniversário foi a sentença que condena o Cardeal Becciu. Há três anos, ele o declarou culpado com base nas acusações de um semanário, tirando-lhe os cargos que tinha e as prerrogativas cardinalícias, de forma que para Bergoglio teria sido realmente grave se o longo e atormentado processo que se seguiu tivesse concluído com uma absolvição. Na realidade o risco existia e era forte, porque Becciu foi condenado por culpas sobre as quais, na opinião de quase todos os observadores presentes nas longas sessões de julgamento, o debate levantou muitas dúvidas decisivas: e isso apesar de o próprio Papa ter intervindo bem quatro vezes durante o processo para alterar as regras para torná-las mais utilizáveis para prejuízo do acusado. Todos sabem que num Estado de direito não são admissíveis alterações desse tipo em procedimentos já em curso, mas no Vaticano o Papa rei tem sempre razão e o estado de direito é evidentemente uma mercadoria desconhecida.

Como parece hoje diferente Jorge Mario Bergoglio do pontífice eleito dez anos atrás: quando pela primeira vez um jesuíta de um continente não europeu ascendia ao trono de Pedro, da América latina. Ele se apresentou inicialmente quase como um modesto padre do interior, que não conseguia se acostumar ao luxo do Vaticano, ao isolamento do mundo comum a que o destinava o altíssimo cargo. Escolheu morar num hotel, deslocar-se num carro simples, viajar carregando na velha sacola a sua bagagem de variados papéis. Todas escolhas que surpreenderam e em geral agradaram bastante, exceto no Vaticano, onde não deixaram de criar muitas complicações cerimoniais, bem como muitos problemas relacionados à segurança do pontífice. Assim imediatamente começou a sua contraposição ao mundo curial, que o próprio Bergoglio providenciou para exacerbar com atos de reforma confusos e muitas vezes contraditórios. Basicamente um papa que em público fala muito de espírito sinodal dentro de seu pequeno estado iniciou práticas de comando dignas de um papa rei, ignorando os organismos tradicionais que deveriam ter partilhado as suas escolhas - em primeiro lugar a Secretaria de Estado – para substituí-los por pessoas escolhidas pessoalmente, muitas vezes fora das hierarquias eclesiásticas e muitas vezes demitidas após um curto período de tempo.

Mas o efeito dessa forma autocrática de governar só foi visto com o passar do tempo. Nos primeiros anos uma série de intervenções inesperadas e felizes - como a saída para Pantelleria logo após o naufrágio que custou a vida a muitos migrantes – garantiram-lhe a simpatia do público e dispuseram as almas a muitas esperanças. Um papa com o coração na mão, intencionado a reformar a igreja, a abri-la aos novos tempos e a remediar a muitos erros do passado: essa foi nos primeiros anos a imagem pública de Bergoglio. Também construída com muitas hábeis entrevistas, com presenças na televisão em programas de sucesso não necessariamente religiosos, com uma sucessão de livros de fácil leitura.

A sua mais nova e importante encíclica foi, sem dúvida, a "Laudato Sì", na qual o Papa abraçou o projeto da luta ambientalista, aceitando suas teses de forma um tanto acrítica, mas operando uma inovação importante. De fato, Francisco colocou diante dos olhos de todo o mundo uma realidade escondida: isto é, que a pagar os custos da poluição não eram os países ricos, onde se levantaram as vozes de alarme, mas os pobres que ficavam calados porque não tinham forças e meios de rebelar-se. Essa foi sem dúvida a sua temporada mais feliz. Mesmo que já então tenha aflorado aquela que depois se tornou a reação habitual às suas intervenções: Francisco agrada mais os não-crentes que os católicos, não crentes que, aliás, nem por isso parecem minimamente atraídos pela religião católica. De fato, pelo menos na Europa, as igrejas estão se esvaziando cada vez mais rapidamente, e a Igreja assume cada vez mais a aparência de uma instituição à deriva.

Claro, essa é uma crise em que certamente tem muita importância o escândalo dos abusos sexuais em menores e mulheres religiosas que surgiram em número cada vez maior. Em relação a esse problema, Bergoglio escolheu uma estratégia que se diria familiar a ele: em palavras condenações duríssimas, na realidade apoio substancial e até declarações de solidariedade quando os abusadores são seus amigos. Justamente como acontece com as mulheres: solenes declarações sobre a sua importância na vida da Igreja, sobre a necessidade de abrir para elas cargos importantes, mas na prática atribuição a elas de funções não muito influentes, e as designadas escolhidas sempre por sua obediência.

Ele nunca sequer pensou nem remotamente, por exemplo, em abrir-se à escuta das associações de religiosas combativas e cheias de ideias que poderiam dar uma verdadeira contribuição à Igreja. Com as mulheres, Bergoglio também frequentemente aplicou um método usado para outros temas: proclamar como aberturas inovadoras fundamentais transformações que na realidade já estão em curso há anos, como, por exemplo, a nomeação das mulheres para o leitorado. O mesmo aconteceu com a possibilidade de batizar pessoas trans: quando um cristão alguma vez recusou o batismo a uma pessoa que queria mudar de vida aceitando a moral católica? Mais ainda: proclamou que a comunhão deve ser dada às mães solteiras: mas eu me pergunto, quem a tirou delas? O fato é que a crescente ignorância da tradição religiosa de um lado e uma imprensa demasiado complacente do outro, geralmente permitem que ele comemore cada uma das declarações citadas como verdadeiras aberturas inovadoras.

Finalmente, na política externa, onde se empenhou bastante, eu diria que só teve sucesso a feliz definição do Papa de uma "terceira guerra mundial em pedaços", enquanto as suas tentativas de mediação revelaram a sua dificuldade em ter perspectivas diferentes daquelas típicas de um argentino imbuído de preconceitos anti-estadunidenses.

Na realidade, Francisco foi muito hábil em evitar temas que suscitassem polêmicas, como aqueles relativos à bioética, sobre os quais, de fato, muito raramente se pronunciou e sempre de modo rigorosamente tradicional. Somente a sua consolidada imagem pública de inovador fez com que as mídias cada vez deixassem cair nas sombras essas afirmações, como aconteceu, por exemplo, com aquelas contra o aborto. Depois de quase onze anos, em suma, os nós de um pontificado muitas vezes contraditório, que liquidou uma tradição curial que talvez tivesse algum mérito se a Igreja existe há dois mil anos, estão aparecendo. E infelizmente tornam estes anos mais difíceis para um homem agora idoso e adoentado, a quem, em todo o caso, só se pode augurar que consiga não deixar demasiados problemas abertos ao seu sucessor.

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