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Quando se vê branco, mas se crê que é preto: as analogias imperfeitas do ministério ordenado. Artigo de Andrea Grillo

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24 Novembro 2023

Como sempre pensamos que o homem também pode agir “in persona ecclesiae” (mesmo não sendo mulher), nada nos impede de pensar que a mulher pode agir “in persona Christi”, mesmo não sendo homem.

O comentário é do teólogo italiano Andrea Grillo, publicado por Come Se Non, 22-11-2023. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Como se sabe, Inácio de Loyola, em seus Exercícios Espirituais, entre as “Regras para sentir com a Igreja”, escreve um texto que se tornou quase proverbial:

“Décima terceira regra. Para em tudo acertar, devemos estar sempre dispostos a que o branco, que eu vejo, acreditar que é negro, se a Igreja hierárquica assim o determina. Porque creio que entre Cristo, nosso Senhor, esposo, e a Igreja, sua esposa, não há senão um mesmo Espírito que nos governa e dirige para a salvação das nossas almas. Porque é pelo mesmo Espírito e Senhor nosso, que nos deu os dez mandamentos que é dirigida e governada a nossa Santa Mãe Igreja” (trad. de Vital Cordeiro Dias Pereira, S.J [n. 365]).

Sobre a famosa expressão com que Santo Inácio expressou a fidelidade ao papa e, em geral, à “Igreja hierárquica”, é interessante notar não só a fórmula com que ela é comunicada, com a diferença entre “ver” e “crer”, entre visibilidade e invisibilidade, mas também a argumentação que sustenta a afirmação.

O horizonte da reflexão é o “esponsal”. Mas de que núpcias se trata? Pode ser interessante identificar bem como funciona a metáfora no uso de Inácio.

Cristo, esposo da Igreja esposa, torna-se, em suas palavras, Cristo esposo da Igreja hierárquica. Na tradição, porém, também tivemos um uso diferente da metáfora: o bispo, esposo da Igreja esposa.

Esse duplo uso da metáfora permite construir um “sistema” no qual, com duas passagens, obtém-se uma dupla configuração:

– Cristo, esposo da Igreja hierárquica;

– o bispo esposo da Igreja não hierárquica.

Outro texto de Inácio que vai na mesma direção diz assim:

“Deposto todo o juízo próprio, devemos ter o espírito preparado e pronto para obedecer em tudo à verdadeira Esposa de Cristo, nosso Senhor, que é a nossa santa Mãe a Igreja hierárquica” (n. 353).

Aqui, como é evidente, o uso da “metáfora esponsal” corre o risco de um grande mal-entendido. Como é que um bispo (ou o papa) pode ser, ao mesmo tempo, esposo de Cristo e esposo da Igreja?

Com um justo esclarecimento, o Papa Francisco tentou esclarecer o uso desenvolto dessas metáforas, que, de vez em quando, criam campos de clareza instrutiva e campos de obscuridade singular.

Na exortação apostólica Amoris laetitia, ele adverte contra a utilização desenvolta da metáfora esponsal, definindo-a como uma “analogia imperfeita”. Leiamos esse texto:

“Embora a analogia entre o casal marido-esposa e Cristo-Igreja seja uma ‘analogia imperfeita’, convida a invocar o Senhor para que derrame o seu amor nas limitações das relações conjugais” (AL 73).

Algumas linhas acima, ele havia escrito, de maneira análoga:

“O matrimônio é uma vocação, sendo uma resposta ao chamado específico para viver o amor conjugal como sinal imperfeito do amor entre Cristo e a Igreja. Por isso, a decisão de se casar e formar uma família deve ser fruto de um discernimento vocacional” (AL 72)

Por outro lado, não é novidade que sejam utilizadas com precisão e com cautela as diversas acepções do termo “núpcias” na linguagem teológica. No início do século XIII, o Papa Inocêncio III escrevera um pequeno tratado sobre a “Figura quadripartida das núpcias”, articulando-a segundo os quatro sentidos da escrita, que identificam as núpcias históricas, as núpcias alegóricas, as núpcias tropológicas e as núpcias anagógicas, que correspondem à relação homem-mulher legítima, Cristo-Igreja santa, Deus-alma justa e Verbo-natureza humana.

Tentemos agora ler paralelamente o texto de Inácio, que utiliza a “metáfora esponsal” no limite da contradição, e o uso que dela faz o magistério para excluir a ordenação sacerdotal da mulher. Notamos imediatamente que, quando a metáfora é aplicada não ao matrimônio, mas ao ministério ordenado, ela sofre ao mesmo tempo, uma complicação virtuosista e uma simplificação desarmante:

No uso de Inácio, Cristo é o esposo da Igreja hierárquica, que é esposa. Mas Inácio absolutamente não pretende que a metáfora esponsal leve à conclusão de que, portanto, a hierarquia, para ser esposa de Cristo, deve ser feminina. Ele sabe muito bem, e faz bem em saber disto, que o uso da metáfora é compatível com a “sexuação masculina” da Igreja hierárquica.

Diferente, porém, é o modo como a declaração Inter insigniores em 1976 (e depois uma Nota da Congregação para a Doutrina da Fé de 2018) raciocina em torno da mesma metáfora:

“O sacerdote, de fato, age na pessoa de Cristo, esposo da Igreja, e o seu ser homem é um elemento indispensável desta representação sacramental (cf. Congregação para a Doutrina da Fé, Inter insigniores, n. 5).”

O emprego de uma “analogia imperfeita” parece ter que aspirar à “perfeição” somente quando se refere ao gênero sexual dos sujeitos. Conseguimos suportar sem pestanejar, mesmo sem sermos jesuítas, a ousada metáfora empregada por Inácio: se Cristo é esposo da Igreja hierárquica esposa, o sexo masculino dos bispos não nos perturba, talvez porque a ação “in persona ecclesiae” não parece requerer o sexo feminino.

Por outro lado, se representamos a função do ministro ordenado perante sua comunidade, pretendemos que o sexo masculino seja “de substância”, para que a conjugalidade não seja esvaziada em seu sentido “histórico”: perdemos assim toda percepção do sentido alegórico, tropológico e anagógico das núpcias. Assim, a “analogia” perde toda imperfeição, e o signo torna-se repentinamente unívoco.

Talvez, aplicando ao ministério ordenado a mesma “imperfeição analógica” de que estamos cientes para o matrimônio, poderíamos confiar uma menor autoridade à interpretação literal de uma metáfora e reconhecer uma maior autoridade às pessoas das mulheres, assim como as dos homens. Todo ministro ordenado age, ao mesmo tempo, in persona Christi e in persona ecclesiae. Se interpretássemos a “metáfora esponsal” sempre de forma rígida e pensássemos que “agere in persona” significa “personificar”, deveríamos excluir que os homens possam agir in persona ecclesiae, e que as mulheres possam agir in persona Christi.

Mas, como sempre pensamos que o homem também pode agir “in persona ecclesiae” (mesmo não sendo mulher), nada nos impede de pensar que a mulher pode agir “in persona Christi”, mesmo não sendo homem.

Deveríamos nos render ao fato de que a conscientização de fazer uso de uma “analogia imperfeita”, com todas essas importantes consequências, tem valor não só para a teologia do matrimônio, mas também para a teologia do ministério ordenado.

De fato, talvez devêssemos admitir que, se a analogia da relação Cristo-Igreja com a relação marido-mulher parece “imperfeita”, não seria arriscado pensar que ainda “mais imperfeita” deveria ser a analogia entre Cristo-Igreja e Cristo-Bispo, assim como entre Igreja-Cristo e Igreja-Bispo. Desse ponto de vista, para passar do branco ao preto, é preciso uma analogia menos imperfeita.

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