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A Polônia que aprisiona migrantes em campos, reféns dos “gênios da manipulação”

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28 Setembro 2023

No dia 15 de outubro, com as eleições gerais, os cidadãos poloneses serão convidados a expressar a sua opinião sobre um referendo xenófobo convocado pelo partido de extrema-direita no poder. Rut Kurkiewicz, coautora do documentário “Somos prisioneiros do Estado Polonês” (“We are prisoners of the Polish State”) e uma das poucas vozes independentes no país, fala sobre a situação das pessoas em trânsito e dos refugiados.

A entrevista é de David Pignata, publicada por Altreconomia, 26-09-2023. A tradução é de Luisa Rabolini.

“Você concorda com a admissão de milhares de imigrantes ilegais do Médio Oriente e de África, em decorrência do mecanismo de relocação forçada imposto pela burocracia europeia?” “Concorda com a remoção das barreiras na fronteira entre a Polônia e a Bielorrússia?”. Essas são duas das quatro questões que aparecem no referendo convocado pelo partido polonês de extrema-direita Direito e Justiça (Prawo i Sprawiedliwość, Pis), atualmente no poder. A votação acontece no dia 15 de outubro, mesmo dia das eleições para governador.

Rut Kurkiewicz, uma das poucas vozes independentes no panorama da informação polonesa sobre a situação dos refugiados e das pessoas em trânsito, chama os criadores dessas perguntas de "gênios da manipulação", que encontram a sua razão no desviar a atenção para um inimigo externo e não para os temas que realmente deveriam encontrar lugar numa campanha eleitoral.

Desde o início da chamada crise de refugiados na fronteira entre a Polônia e a Bielorrússia, no verão de 2021, Kurkiewicz, com o seu trabalho jornalístico, tem relatado o que acontece às pessoas em movimento quando entram no país. Em 2022, juntamente com Wojciech Szumowski, publicou “Somos prisioneiros do Estado Polonês”, um documentário sobre a situação dos centros de detenção na Polônia. Foi transmitido pela televisão nacional, alcançando pelo menos meio milhão de pessoas.

Eis a entrevista.

Kurkiewicz, qual é a situação atual das pessoas em movimento entre a Bielorrússia e a Polônia, dois anos após a chamada crise da fronteira?

Nada mudou. Todos os anos, dezenas de milhares de pessoas tentam atravessar essa fronteira, especialmente no verão. Não se sabe quantas conseguem passar e quantas são barradas; a polícia de fronteira publica todos os dias em seus canais sociais o número de pessoas interceptadas, mas não se sabe quão confiáveis são esses dados. O que temos certeza é que desde 2021, 50 corpos foram encontrados na fronteira. Há também dezenas de desaparecidos. Os grupos ativistas que operam na fronteira são contatados todos os dias por familiares de pessoas das quais não há mais notícias. O tema parece esquecido, tanto na Polônia como no exterior: há três grupos de ativistas que intervêm como podem em base voluntária, mas nenhuma grande organização, nenhum organismo europeu ou internacional.

Qual o papel desempenha a Patrulha da Fronteira em tudo isso?

Todos os dias realiza rejeições, independentemente de quem esteja na sua frente. Recentemente, os ativistas encontraram um garoto somali em estado crítico, respirando com dificuldade e que parecia desidratado. Os voluntários chamaram a ambulância. Em seu lugar chegou a polícia de fronteira, colocou o garoto em um caminhão militar, mandou-o sorrir e enquanto isso o filmaram: o vídeo foi colocado no site da polícia de fronteira, é evidente que o menino está mal. Provavelmente depois foi mandado de volta à Bielorússia, porque não consta dos registos dos centros de detenção. A família perdeu o contato com ele.

Desde fevereiro de 2022, milhões de ucranianos em fuga da guerra cruzaram a fronteira próxima entre a Ucrânia e a Polônia. Nesse caso a grande maioria foi acolhida, não encontrando qualquer obstáculo na fronteira. Por que essa diferença?

Em ambas as fronteiras há pessoas que fogem das guerras. De um lado, iraquianos, afegãos, sírios, do outro, ucranianos. Mas os padrões de comportamentos são os opostos: de um lado, rejeições e violência, do outro, abertura e acolhimento. Existe racismo institucionalizado nas fronteiras e nesse caso foi flagrante. Quem era negro, mesmo na fronteira entre a Ucrânia e a Polônia, era detido, os brancos não. Essa diferença também foi observada na reação dos cidadãos poloneses: houve uma enorme mobilização para acolher o povo ucraniano, muitas pessoas comuns abriram as portas de suas casas, foi bom. Ao mesmo tempo, para as pessoas não-ucranianas, nada disso. No meu círculo de amigos, alguns acolhem ucranianos durante semanas. Uma vez tentei pedir-lhes que hospedassem um iraquiano por duas noites: não consegui ninguém. Há medo, um racismo profundo em nossas mentes. Os Estados Unidos fizeram um excelente trabalho depois do 11 de setembro: venceram, agora toda a Europa é racista.

No seu último documentário “Somos prisioneiros do Estado polonês” você fala sobre a situação carcerária a que as pessoas são forçadas uma vez na Polônia. Qual é a situação atual?

Existem agora cinco campos de detenção na Polônia, dentro dos quais vivem cerca de 500 pessoas, no final de 2021 havia muitos mais. Depois das reportagens de alguns jornais e associações, o maior campo de Wędrzyn fechou as portas, era como o inferno.

Porque é que as pessoas que pretendem requerer asilo, uma vez na Polônia são trancadas em centros de detenção?

Quando as pessoas em movimento atravessam “ilegalmente” a fronteira, se forem interceptadas pela polícia de fronteira polonesa e não forem mandadas de volta à Bielorrússia, são muito provavelmente levadas para um centro de detenção. É paradoxal: por um lado, a Polônia não quer os migrantes, por outro, uma vez que entram, não quer que saiam do país, trancando-os num centro. A situação legal não é clara: algumas pessoas ficam lá dois anos, outras três meses, mesmo que venham do mesmo país, mesmo que tenham uma história semelhante. Não dá para entender qual é a lógica.

No dia 5 de setembro, no campo de detenção de Prezmy, as pessoas detidas iniciaram uma greve de fome para protestar contra as condições prisionais. Você acha que isso vai mudar alguma coisa?

Esperamos. É um evento único, já houve outras greves de fome, mas é a primeira vez que quase todas as pessoas que estão dentro do campo participam. São 100 detentos em greve de fome. Protestam contra o tratamento desumano dos guardas do centro. Estes utilizam taser para fazer cumprir a ordem, identificam os presos com números e não com nomes e sobrenomes. Nos campos não podem ser utilizadas as redes sociais, evitando assim que os reclusos tenham contato com familiares e amigos. Alimentos e itens de higiene são distribuídos com conta-gotas. Há algumas semanas, um jovem sírio de 27 anos morreu no centro. A polícia inicialmente encobriu o ocorrido, mas agora o caso já está na Justiça. Ele estava doente, pediu várias vezes para ser atendido por um médico. Bateram nele para pôr um fim às suas exigências. No final, ele morreu no campo de detenção, sem a intervenção de ninguém. A polícia nos campos sente-se acima das leis nacionais e internacionais. Em Prezmy estão protestando contra tudo isso.

O seu documentário sobre os centros de detenção foi transmitido em horário nobre pela televisão polonesa. Foram organizadas exibições noutros países da União Europeia. Qual o impacto que esse seu importante trabalho está tendo sobre a opinião pública?

Difícil de dizer. A vantagem de um documentário que é exibido na televisão, em comparação com artigos ou reportagens de jornais, é que alcança um público mais amplo: 500 mil já o viram. Já aconteceu de algumas pessoas me pararem nas ruas, nas lojas, para me dizer: “Não sabíamos que isso estava acontecendo, é terrível”. Contudo, nada mudou em termos concretos, os guardas policiais dos centros de detenção continuam a agir da mesma forma. Porém, gostaria de acreditar que nosso trabalho tenha mudado a opinião de alguém. Os poloneses não poderão mais dizer: “Não sabíamos”. Agora sabem da existência dessa enorme opressão.

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