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Guatemala. Vitória de Arévalo e risco de “golpe técnico”. Artigo de Bruno Lima Rocha Beaklini

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04 Setembro 2023

"A primeira urgência de Bernardo Arévalo e Karin Herrera é permanecerem vivos; a segunda é formarem um governo; e a terceira, finalmente, é governar. Considerando que o último mandato presidencial com alguma inclinação popular terminou com um golpe promovido por mercenários pagos pela CIA e a United Fruit Company, em junho de 1954, o desafio da moderada social-democracia vai muito além de seu cauteloso programa de governo", escreve Bruno Lima Rocha Beaklini, editor dos canais do Estratégia & Análise, militante socialista libertário de origem árabe-brasileiro, doutor e mestre em Ciência Política pela UFRGS, em artigo publicado por Middle East Monitor – MEMO, 30-08-2023, e enviado ao IHU pelo autor.

Eis o artigo.

No domingo, 20 de agosto, ocorreu o segundo turno das eleições presidenciais da Guatemala. Na ocasião, Bernardo Arévalo (Movimiento Semilla) ganhou com uma enorme vantagem da ex-primeira dama Sandra Torres (UNE). A história política do maior país da América Central se vê diante de uma situação limite. Pela primeira vez desde 1954, a oligarquia dirigente perde o Poder Executivo, embora ainda seja dominante dos poderes fáticos. Vejamos.

A primeira observação é reconhecer que a grande vitória eleitoral foi a da abstenção: 45,10% do eleitorado compareceu às urnas, totalizando 4.208.985 votantes. Deste total, Arévalo obteve 58.01%, com 2.441.661 votos. Já Torres recebeu 37.24%, com 1.567.472 votos, perdendo por quase um milhão de diferença. As atas eleitorais são 24.749 e cem por cento destas foram devidamente apuradas, com averiguação. O resultado final parece não estar mais sob ameaça, não até o momento de finalizar a escrita deste texto. Já as possibilidades concretas de desestabilização, incluindo as chances reais de atentados contra o candidato vencedor, são de razoável probabilidade.

Ameaça contra a vida de Arévalo e a contra ofensiva reacionária

O ato de posse do novo presidente será somente em 14 de janeiro, o que dá tempo de sobra para avançar a conspiração do chamado “golpe de Estado técnico”, protagonizado pelo Ministério Público.

Conspiração

Douglas González, vereador pelo município Ciudad de Guatemala (distrito capital dentre os colégios eleitorais), cientista político e ex-sindicalista, afirma que o país se encontra em um "terceiro turno" (um balotaje del balotaje). Um exemplo da "terceira rodada eleitoral" foi a presença do ganhador, Arévalo, em horário nobre de TV. Pode parecer simples – até esperado – que um político eleito esteja no canal de televisão mais assistido. Mas, na sede do "Mundo Maia", definitivamente isso é uma novidade.

Para o politólogo, no segundo turno, já vencido pelo filho do ex-presidente eleito e também social-democrata, as forças guatemaltecas mais reacionárias se organizaram em torno do chamado "Pacto pela Corrupção". Vejamos quem estava na aliança mais à direita:

"No segundo turno as máscaras caíram. Sem alarde, o Pacto, os empresários que defendem privilégios, as megaigrejas neopentecostais mais preocupadas com os serviços de limpeza a seco do que com o trabalho pastoral e os grupos paramilitares uniram-se numa só voz: não é por ela (Torres), é pelo nosso negócio. O povo compreendeu a manobra em toda a sua dimensão e, esmagadoramente, fez outra opção."

As forças remanescentes neste momento de tensão ainda se aglutinam e ameaçam a existência do partido vitorioso (Movimiento Semilla) e colocam instituições correcionais e do aparelho de Justiça, umas contra outras. Segundo González:

"Ainda há alguns golpes no mapa golpista, cada vez menos: Sandra Torres, algumas empresas do setor privado, uma ligada ao cimento, a outra a uma rede de televisão por cabo, correspondente do empório mexicano. Os fundadores, os imortais, o núcleo da bancada Vamos e o presidente com seu parceiro sentimental. Os juízes já duvidam."

Já a direita ou o comando de instituições que aceitou a vitória do moderado político e professor social-democrata, ainda segundo o acima citado politólogo, são esses:

“No mapa do poder, fatores como o exército, a maior parte do setor privado, a Igreja Católica e a maioria dos meios de comunicação social já estão no caminho da democracia nas urnas. Aceitaram a vitória de Arévalo e pedem o fim das ações que ainda tentam descarrilhar o processo democrático. Recentemente, Ángel González concedeu dois espaços de cerca de uma hora cada, em seu horário nobre, para Bernardo Arévalo apresentar suas primeiras impressões após ser eleito. Além disso, permitiu-lhe expor sua opinião sobre a atuação do deputado e sobre os planos de assassinato que se aproximam contra ele, conforme revelado pela CIDH. Um gesto de anjo com uma mensagem implícita: morto o rei, viva o rei."

Vale observar o poder que o Czar das TVs hispano-americanas têm. Ele, Remigio Ángel González, denominou seu grupo de comunicação de “Albavisión” em homenagem a sua esposa (Alba Elvira Lorenzana) e, segundo o conglomerado, “se trata da maior rede de televisão da América Latina”. Considerando que o poderoso tem “tripla nacionalidade”, vivendo em Miami (Florida, EUA) desde 1987, além de ter nascido no México e se naturalizado guatemalteco, ele próprio é um elo condutor dos interesses imperiais e neocolonizados, em que o acionar doméstico no país dos quetzales pode ser diferente dos desígnios de Washington.

A ofensiva interna da oligarquia guatemalteca que não aceitou de fato o resultado eleitoral pode avançar pela via da Lawfare (o uso da lei como arma de guerra). Uma possibilidade é acionar a Suprema Corte do país (Corte de Constitucionalidade da Guatemala), acusando aos usuários do Twitter (o serviço de mensagens que Elon Musk comprou), filiados ao partido vitorioso, de “obstrução de Justiça”. Caso a Corte aceite a denúncia do Ministério Público, é possível que o Poder Judicial comece a fazer seguimentos, quebra de sigilos telefônicos e telemáticos, prisões preventivas, tudo isso baseado em publicações do microblog Twitter!

Se o emprego das operações provocativas legais, através da instrumentalização do aparelho de Justiça e, em especial, pelo Ministério Público, e as forças-tarefa acusatórias não conseguirem impedir a existência do Movimiento Semilla, existe a possibilidade real de magnicídio. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos emitiu a Resolução 48/203 cujo contéudo implica em:

“Medidas cautelares a favor de Cesar Bernardo Arévalo de León e Karin Herrera Aguilar, presidente e vice eleitas, parte do Movimiento Semilla, eleito segundo aos resultados preliminares do Tribunal Supremo Eleitoral, após considerar que se encontram em uma situação grave e urgente de risco de dano irreparável aos seus direitos na Guatemala. Segundo o requerente, Arévalo e Herrera estariam sujeitos a estigmatização, assédio, bullying, exposição pública de suas informações pessoais através de plataformas virtuais, bem como ameaças que incluem a existência de dois planos para atentar contra suas vidas e integridade, um deles inclusive notificado pelo Ministério Público.”

O atual presidente, Alejandro Giammattei, afirmou ter colocado um reforço na proteção e vigilância sobre a dupla eleita, através dos efetivos da Polícia Nacional Civil, por ordem expressa de sua Direção Nacional. Esperamos que seja o bastante para proteger a vida da dupla dignatária eleita, mas pode ser insuficiente.

Uma demonstração cabal de vontade política e firmeza de propósito seria organizar sua própria defesa, como um segundo anel de segurança, considerando que um Plano Colosio (em função do candidato a presidente do México, Luis Donaldo Colosio, assassinado em Tijuan em plena campanha, em março de 1994) estaria em pleno andamento. Por fim, como se fora pouco, é preciso lembrar que o Estado Colonial do Apartheid na Palestina Ocupada é um aliado estratégico do Pacto de Corruptos da oligarquia guatemalteca, assim como a não reconhecida República de Taiwan. Logo, o volume de recursos disponíveis para gerar instabilidade, incluindo espionagem cibernética e campanhas em redes sociais movidas por “deep fakes”, podem realmente criar um caos societário até o momento da posse.

A primeira urgência de Bernardo Arévalo e Karin Herrera é permanecerem vivos; a segunda é formarem um governo; e a terceira, finalmente, é governar. Considerando que o último mandato presidencial com alguma inclinação popular terminou com um golpe promovido por mercenários pagos pela CIA e a United Fruit Company, em junho de 1954, o desafio da moderada social-democracia vai muito além de seu cauteloso programa de governo.

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